A Transformação Digital no governo e a Transformação Digital em órgãos públicos têm o potencial de mudar completamente as relações entre os cidadãos e seus governos, além de aumentar a eficiência da administração pública, o que é um dos grandes objetivos da Constituição Federal.

Com isso, quem ganha é a população brasileira, que terá mais mecanismos de transparência e cobrança aos governantes, além de serviços aprimorados:

O cenário da maturidade digital nos órgãos governamentais

O que separa os líderes digitais dos demais é uma estratégia digital clara aliada a uma cultura e a uma liderança prontas para impulsionar a transformação. Isso não deve ser surpreendente dado que a história do avanço tecnológico está cheia de exemplos de organizações que se concentram em tecnologias sem investir em capacidades organizacionais que garantam seu impacto.

Os governos têm sido particularmente propensos a essa armadilha. Vamos a um exemplo do que frequentemente ocorre no Brasil no ramo da educação: os esforços para colocar computadores nas escolas não resultam em melhorias de desempenho porque não acompanham mudanças fundamentais nos métodos de ensino adequados à tecnologia.

Ou seja, investe-se na transformação digital sem que ela se converta em benefícios, pois os gestores acreditam que basta implementar a tecnologia para que ela faça toda a sua mágica.

A maturação digital está intimamente relacionada com uma estratégia digital

maturidade digital de uma organização é influenciada, em grande medida, pela sua estratégia digital. As organizações que amadurecem digitalmente têm uma estratégia clara visando à transformação fundamental. A Deloitte realizou uma pesquisa com funcionários de agências governamentais nos primeiros estágios de maturidade digital: apenas 14% dizem que suas organizações têm uma estratégia digital clara e coerente.

No caso de organizações mais maduras digitalmente, o número cresce seis vezes: 86% respondem positivamente a essa pergunta. Isso certamente significa que, em algum estágio do amadurecimento digital, os entes governamentais passam a perceber a relevância de uma estratégia clara e objetiva. Assim, nessas organizações, a falta de estratégia digital não figura sequer entre os cinco primeiros lugares no ranking de empecilhos à digitalização.

À medida que as organizações em fase inicial amadurecem, a falta de estratégia cai e as barreiras se tornam muito mais sobre gerenciamento de portfólio, financiamento e gerenciamento da segurança cibernética.

A maturação digital está relacionada a saber os mais diversos impactos da tecnologia nos governos

O impacto potencial de uma estratégia digital é amplamente determinado por sua intenção e seu alcance.

Em uma entrevista dada à Deloitte, Rajendra Kumar, secretário-adjunto do Departamento de Eletrônica e Tecnologia da Informação da Índia, resume as metas da TD nos governos: “O objetivo da estratégia digital da Índia é transformar a governança de todo o país com intervenções digitais.

Leia também: [INFOGRÁFICO] A Transformação Digital na Ásia

A ideia é que cada domínio do governo deve ser capaz de implantar e usar tecnologias digitais de forma a aumentar os padrões de nível de serviço, melhorar as interações com os cidadãos e aumentar a eficiência.

Em contraste com essas ambições, as estratégias digitais iniciais em entidades governamentais têm um foco mais operacional, com alguns objetivos, como o aumento da eficiência. Poucos trabalham para transformar seu modelo de governança como objetivo.

As tecnologias digitais desempenham um papel fundamental em ajudar as organizações em vias de atingir os objetivos estratégicos. Quase 81% dos entrevistados dizem que as estratégias digitais de sua agência impulsionam a transformação dos processos de negócios. A transformação digital em órgãos públicos significa mais do que consertar sites de governo fora do ar.

É muito mais profundo do que isso: deve agir nas organizações por trás dos sites. Há uma lógica para isso: mudar o design de serviço digital significa projetar todo o serviço, não apenas os bits digitais. Se você está redesenhando um serviço, precisa parar para pensar na organização como um todo.

Estudo de caso: como os EUA têm implementado estratégias de transformação digital no governo para revolucionar a gestão pública?

A inovação técnica em todo o mundo continua aumentando e redefinindo a TI, os negócios e a vida cotidiana. Nas empresas, as organizações estão avaliando as formas como as tecnologias disruptivas podem funcionar em harmonia para criar algo maior.

Sabemos que as organizações governamentais são diferentes, amplas e complexas. No entanto, isso não pode se transformar em um pretexto para os governos continuarem adiando a transformação digital em órgãos públicos.

Tecnologias de reengenharia

A adaptação incremental a mudanças técnicas e interrupções já não é suficiente. As organizações devem tomar medidas positivas para acompanhar a inovação. Para fazer isso, primeiro considere a modernização da infraestrutura de TI para melhorar a eficiência e oferecer serviços de novas maneiras. Em seguida, racionalize os processos de orçamentação, organização e entrega de TI para ajudar a impulsionar o sucesso da missão.

Para atender a esses objetivos, a Alfândega e a Proteção das Fronteiras (CBP) dos EUA está mudando radicalmente. Para inovar, eles simplificaram processos para identificar oportunidades, gerar ideias e incubar e pilotar novas soluções. Para apoiar a modernização rápida e incremental, eles estão adotando plataformas baseadas em nuvem, no DevOps e na mentalidade de “falha rápida”. Para conseguir modernizar as organizações nesse sentido, é preciso:

  • modernizar a infraestrutura de TI: para apoiar a transição para a inovação futura, comece por garantir que seus sistemas possam suportá-la;
  • atualizar seu talentos: novas tecnologias e processos podem exigir que os trabalhadores existentes se atualizem se quiserem prosperar. Assim, é preciso tanto oferecer treinamento aos trabalhadores existentes quanto considerar complementá-los com talentos externos.

Leia também: Reter talentos na era digital: 7 movimentos estratégicos

Mão de obra sem colarinho

Automação, inteligência artificial (IA) e tecnologias cognitivas estão mudando a maneira de trabalhar. As organizações devem redesenhar sistemas e talentos para acomodar o aumento do uso de agentes cognitivos, bots e outras tecnologias orientadas por IA — a força de trabalho sem colarinho. Em vez de máquinas que substituem pessoas, elas trabalharão juntas como uma força de trabalho aumentada. Os governos devem planejar a gestão desse novo modelo.

Nos EUA, Ohio, Texas e outros estados estão analisando a automação de processos robotizados para desenvolver “bots”. Esses novos “funcionários”, alimentados pela tecnologia IA, assumirão tarefas administrativas repetitivas, simplificarão o trabalho e permitirão aos funcionários dedicar capacidade intelectual a atividades estratégicas de nível superior. Como começar?

  • questione-se: que atividades repetitivas não têm trabalho exclusivamente humano e podem ser automatizadas?
  • partilhe com os outros: converse com empresas e outras entidades governamentais que podem já estar atualizadas com “bots”.

Soberania de dados

Uma combinação de automatização e aprendizado de máquinas possibilita a “liberação” de dados dos sistemas que os criam e mantêm. Novas tecnologias dão às organizações novas formas de gerenciar inter-relações, armazenamento e segurança de dados empresariais, ao mesmo tempo em que melhoram drasticamente a disponibilidade e a segurança.

O US Census Bureau está buscando revolucionar sua gestão de dados, movendo-se para um moderno “pool de dados empresariais”. A tecnologia apoiará o objetivo de uma Secretaria de Ciência de Dados segura e escalável e ajudará a permitir o processamento de levantamentos, análise de pesquisa, pesquisa, dados e análises de ligação e preditivas.

Para começar, questione-se: “Quanto dinheiro e tempo você está gastando em dados — e onde?”. Além disso, não deixe de explorar novas tecnologias, como administradores de dados cognitivos e recursos de inteligência corporativa para ver se eles ajudam com seus problemas.

Revolução digital

A inovação digital redefiniu as experiências dos clientes — e, hoje, as principais organizações estão expandindo essas inovações em sistemas de back office e mid-office. Começando com algumas áreas, como finanças e cadeia de suprimentos, algumas tecnologias, como (Blockchain (a cadeia de blocos), o Machine Learning (inteligência das máquinas) e a IoT (Internet das Coisas), estão apresentando oportunidades para modernizar o back office e apoiar uma melhor inovação e crescimento para os constituintes.

O Informed Delivery da USPS (agência de correiros do governo americano) criou uma reflexão digital da cadeia de suprimentos, permitindo aos usuários visualizar digitalmente seus e-mails e gerenciar seus pacotes por meio de notificação por e-mail, painel de controle on-line ou aplicativo para celular.

O serviço oferece aos consumidores a conveniência de ver o que está chegando à sua caixa de correio física por meio de canais digitais. Para começar:

  • aprenda com os outros: outras organizações líderes podem já ter uma melhor compreensão do potencial da tendência. Você pode aprender com seus sucessos e falhas;
  • planeje: crie um roteiro de transformação que comece com casos de uso que tenham tido sucesso em outras organizações.

Realidade digital

A combinação de realidade aumentada (AR) e da realidade virtual (VR) está começando a ultrapassar as provas de conceito para a implementação no cotidiano. Os casos de uso do governo podem incluir treinamento para tarefas complexas e colaboração grupal. As organizações devem considerar como integrar essas tecnologias em suas infraestruturas existentes e obter conselhos sobre a navegação na evolução da tecnologia e em padrões de governança.

A cidade de Nova York está desenvolvendo uma encubadora de realidade virtual que prototiza soluções inovadoras para ajudar a resolver os problemas da cidade, desenvolver um pipeline de talentos em toda a região e promover o crescimento do emprego. O objetivo é criar startups e ajudar as empresas existentes a crescer.

Blockchains

As tecnologias Blockchains estão passando pelo estágio de exploração e encontrando a adoção do mundo real. As organizações estão aumentando o escopo, a escala e a complexidade de seus aplicativos de cadeias de blocos, e algumas organizações com múltiplas cadeias de blocos estão pilotando as formas mais eficazes de integrá-las.

As organizações devem identificar os casos de uso para que possam aprender sobre as novas tecnologias e suas implicações.

O Departamento de Tesouraria dos EUA está investigando o uso do Blockchain para rastrear digitalmente o movimento de ativos físicos, como smartphones e computadores. Isso substitui um processo manual e permitirá que eles tenham uma visão instantânea de seu inventário, melhorando a eficiência, a rastreabilidade e a auditabilidade no gerenciamento de ativos.

Por isso, avalie possíveis casos de uso e comece com provas de conceito para entender as implicações da tecnologia. Blockchain tem implicações operacionais, governamentais e de talentos, que se tornam muito mais complexas à medida que as organizações passam dos pilotos para a comercialização.

APIs

As interfaces de programação de aplicativos (APIs) têm sido, há muito tempo, elementos fundamentais para a integração, a interoperabilidade e a modularidade de sistemas e aplicativos. Agora, as organizações estão tornando os dados mais acessíveis ao tratar as APIs não como mecanismos de integração de dados, mas como produtos. Mover-se para uma mentalidade de produto exige novas tecnologias e talentos, mas pode levar a agilidades, escalabilidades e velocidades aprimoradas.

O Departamento de Tecnologia, Gerenciamento e Orçamento do Michigan, nos EUA, testou uma camada de API em cima dos serviços corporativos existentes para melhorar a acessibilidade e a integração de dados em suas organizações de Saúde e Serviços Humanos. Para aplicar essa mesma lógica em sua organização governamental:

  • crie uma cultura: recompense aqueles que abraçam a reutilização de APIs e celebram as vitórias dentro da organização que geram valor;
  • desenvolva KPIs: use indicadores de desempenho para determinar como as APIs suportam as metas de sua organização para melhorar o impacto geral da API.

Tecnologia exponencial

Inteligência artificial, criptografia quântica e outras tecnologias exponenciais podem parecer demandar anos, mas a tecnologia se move rapidamente. As organizações devem começar a desenvolver parcerias e capacidades para pesquisar, investigar, incubar e dimensionar essas tecnologias quando elas chegam. As medidas provisórias tomadas agora podem sentar as bases para medidas adicionais e ajudar a preparar os riscos potenciais à medida que as tecnologias emergem.

A Diretoria de Ciência e Tecnologia do Departamento de Segurança Interna dos EUA realiza pesquisas de tecnologia, escaneamento de horizonte e análise de mercado para identificar, recomendar e informar sobre tecnologias emergentes e startups no mercado, que podem ser aplicadas à missão do departamento. Quais são os primeiros passos?

  • prepare-se agora: dadas as vulnerabilidades ao hacking quântico, considere reforçar a criptografia e outras tecnologias para mitigar os riscos;
  • colabore com parceiros: procure oportunidades para colaborar com entidades governamentais e privadas para explorar tanto o potencial quanto os riscos de tecnologias exponenciais presentes.

Como o governo brasileiro tem trabalhado a transformação digital em órgãos públicos?

Recentemente, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) do Brasil realizou uma consulta pública em que pedia sugestões de gestores e cidadãos a respeito das inovações em TI em algumas áreas. A seguir, estão os objetivos fornecidos na própria consulta pública do MCTIC.

Ampliação de acesso e uso das TICS:

  • ampliação da cobertura móvel em todos os municípios, incluindo distritos não sede;
  • expansão da rede de transporte de dados nacional em fibra ótica, incluindo avaliação do uso de diferentes fontes de recursos e da definição de compromissos de metas de investimento;
  • ampliação das redes de alta velocidade que integram os centros de P&D;
  • expansão de iniciativas de banda larga nas escolas — tanto banda larga fixa quanto banda larga por satélite —, priorizando as escolas mais aptas ao recebimento de conexão de alta capacidade.

Dimensão internacional:

  • defesa dos princípios de abordagem multilateral e democrática na governança da Internet, em que se reconhece diferentes papéis e responsabilidades entre os stakeholders, tal como enunciado na CMSI/WSIS;
  • reforço de espaços multilaterais na gestão de recursos e de infraestrutura crítica da Internet, elevando o nível de tratamento em foros e mecanismos internacionais;
  • estímulo à cooperação, ao acesso à tecnologia e a oportunidades de negócios, no âmbito dos acordos bilaterais e dos processos de integração multilateral;
  • promoção da expansão de exportações via comércio eletrônico, mapeando oportunidades e barreiras e apoiando a inserção de empresas brasileiras;
  • desenvolvimento de parcerias com marketplaces digitais, com base em reciprocidade, para promover a exportação de produtos e serviços brasileiros no ambiente digital.

Confiança no ambiente digital:

  • desenvolvimento de mecanismos de cooperação entre instituições públicas e privadas para a proteção de direitos humanos no ambiente digital;
  • criação de lei específica para proteção de dados pessoais;
  • fortalecimento de mecanismos de defesa do consumidor no ambiente digital;
  • formulação de uma política nacional de segurança cibernética, com plano nacional de prevenção;
  • resposta a incidentes e mitigação de ameaças;
  • estabelecimento de mecanismos de cooperação entre agentes públicos e privados para compartilhamento de informações e padrões adequados de segurança;
  • investimento em recursos humanos especializados e na formação em segurança cibernética para profissionais e para o público geral.

Educação e capacitação:

  • formulação de nova política nacional de tecnologia educacional, articulando infraestrutura, competências, conteúdos e recursos educacionais digitais;
  • promoção do acesso à Internet em escolas rurais não atendidas pelas redes de telecomunicações, bem como ampliação da velocidade nas escolas urbanas e rurais já atendidas;
  • inclusão do uso de tecnologia digital na formação de professores da educação básica.
  • fomento à produção de conteúdos digitais aos professores e estudantes;
  • revisão de políticas tradicionais de conteúdos e tecnologias para acelerar a transição para o modelo digital;
  • inclusão do ensino de conteúdos e competências para o mundo digital, com foco em letramento digital, linguagem de programação e robótica, no currículo do ensino básico;
  • reforço de disciplinas do grupo STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) no modelo do Novo Ensino Médio, estimulando a atuação em setores da economia digital, com foco em empreendedorismo.

Pesquisa e desenvolvimento:

  • estímulo ao PD&I com foco na modernização da estrutura produtiva (microeletrônica, robótica, supercomputação, IA, Big Data, 5G etc.);
  • priorização de áreas que podem trazer ganhos de competitividade (segurança, saúde, educação, agropecuária, cidades inteligentes etc.);
  • integração de instrumentos de promoção da PD&I e infraestruturas de pesquisa para tecnologias digitais;
  • utilização do poder de compra do Estado para estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras baseadas em tecnologias digitais;
  • estímulo à interação entre universidades, instituições de pesquisa (ICTs) e empresas em ações de PD&I em tecnologias digitais, a partir do uso de mecanismos de fomento;
  • atualização dos marcos legais (Código de CT&I e leis de incentivos fiscais), de modo a assegurar a segurança jurídica e a previsibilidade do fomento a atividades de PD&I.

Economia baseada em dados:

  • elaboração de políticas que favoreçam o uso e o gerenciamento de dados, possibilitando um ecossistema de dados robusto no Brasil;
  • incentivo a ferramentas, sistemas e novos processos baseados em dados, inclusive por meio de política de dados abertos;
  • apoio a iniciativas baseadas em dados que aprimorem competitividade e qualidade de produtos e serviços aos cidadãos, com atenção às PMEs;
  • promoção da interação entre autoridades e agentes para facilitar a troca de conhecimentos e tecnologias importantes para dados, assim como a avaliação do ambiente regulatório e normativo do mercado de dados em âmbito nacional e internacional (incluindo questões concorrenciais e de comércio transfronteiriço);
  • adoção da política de dados em nuvem como estrutura tecnológica para serviços, com a liderança da administração pública;
  • ampliação de competências especializadas em dados como forma de aumentar o valor do setor e gerar oportunidades de emprego e negócios, bem como incentivar ferramentas, sistemas e novos processos baseados em dados, inclusive por meio de política de dados abertos;
  • apoio a iniciativas baseadas em dados que aprimorem competitividade e qualidade de produtos e serviços aos cidadãos, com atenção às PMEs;
  • promoção da interação entre autoridades e agentes para facilitar a troca de conhecimentos e tecnologias importantes para dados, assim como a avaliação do ambiente regulatório e normativo do mercado de dados em âmbito nacional e internacional (incluindo questões concorrenciais e de comércio transfronteiriço);
  • adoção de política de dados em nuvem como estrutura tecnológica para serviços, com a liderança da administração pública;
  • ampliação de competências especializadas em dados como forma de aumentar o valor do setor e gerar oportunidades de emprego e negócios.

Plataformas digitais:

  • criação de um ambiente normativo objetivo e confiável em relação à regulação setorial, concorrência justa e propriedade intelectual, considerando os benefícios das inovações disruptivas e as especificidades dos mercados on-line;
  • criação de um ambiente favorável e frutífero ao desenvolvimento do mercado brasileiro de plataformas digitais, com atenção especial às PMEs;
  • avaliação do marco regulatório (incluindo normas antitruste) visando a incentivar o investimento, a inovação e o crescimento, prevenindo abuso de poder de mercado e garantindo autonomia informacional de consumidores;
  • avaliação da implementação de mecanismos que assegurem transparência, segurança e portabilidade de dados, tendo em vista a tendência a efeitos de rede e de lock-in decorrentes da escala das plataformas digitais;
  • atuação junto aos organismos internacionais com vistas a promover regras multilaterais relativas à transparência e à remuneração em plataformas digitais.

Cidadania e governo:

  • continuidade à Plataforma de Cidadania Digital e implementação integral do Portal de Serviços do Governo Federal, para impulsionar a transformação digital no governo e permitir que todos os serviços sejam acessíveis por um canal centralizado;
  • implementação da Política de Dados Abertos do Governo Federal, consolidando cultura de transparência, controle social e inovação, e promovendo um ecossistema que estimule novos modelos de negócio para a prestação de serviços;
  • implementação da dispensa total de certidões e documentos para serviços públicos digitais que já constem das bases de dados do governo;
  • implementação de um sistema de autenticação única ao cidadão, agregando os principais níveis de segurança em uma única ferramenta;
  • promoção do Sistema de Processo Eletrônico em todos os órgãos e entidades da administração pública federal, compondo o Processo Eletrônico Nacional – PEN;
  • aprimoramento da infraestrutura de redes e bancos de dados da administração pública federal, promovendo a migração do modelo de armazenamento para dados em nuvem segura, ampliando a inteligência e o potencial de cruzamento de bases de dados;
  • incentivo dos órgãos e entidades da administração pública federal, bem como dos Estados e dos municípios, a implementar e monitorar políticas de governança digital;
  • manutenção e aprimoramento de uma plataforma digital de participação social, como espaço privilegiado para o diálogo entre a administração pública federal e a sociedade civil.

Portanto, podemos perceber que a Transformação Digital no governo e em órgãos públicos tem um grande potencial de fornecer, aos cidadãos, mecanismos mais eficazes de participação nas decisões.

Além disso, a TD pode, finalmente, acabar com o excesso de burocracia e ineficiência que tanto causa insatisfação nos usuários do serviço público brasileiro.

Você acha mesmo que, com a TD, o cenário pode mudar? Então comente no nosso post!


Continue aprendendo

Vanessa Aguiar

Gerente de Marketing da Unidade de Gestão Pública da Softplan Gerente de Marketing da Unidade de Gestão Pública da Softplan. Jornalista com especialização em Ciências Sociais e MBA em Marketing. Trabalhou em grandes empresas, fundou o Social Good Brasil e foi comunicadora pública. Há 15 anos utiliza a comunicação e o marketing para transformar organizações.

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