As regras mudaram. Algo grande está acontecendo, diferente de tudo que já vimos antes.
A transformação das empresas não é mais uma questão de “e se acontecer”, mas sim uma questão de “quando vai acontecer”, e a resposta está em nossa cara: agora.
Muito além dos aspectos de nossa vida pessoal, a tecnologia está influenciando drasticamente os setores empresariais. Ter toda sua comunicação voltada ao universo digital se tornou apenas o primeiro passo em direção ao progresso, e são exatamente esses fatores que vamos abordar daqui para frente.
Conheça os pilares, os números, as principais práticas de quem já acordou para essa nova era e descubra como você pode seguir o mesmo caminho para não parar no tempo.
Bem-vindo à Transformação Digital.
Entenda o que é a Transformação Digital, como ela está mudando o mercado e a forma como as empresas precisam se adaptar a ela o mais rápido possível.
Contexto histórico das transformações até chegarmos à era digital e as disrupturas que cada uma delas causou.
Embasamento para a atual força da Transformação Digital nos mais variados ramos do mercado.
Os principais pilares para que a Transformação Digital se torne uma verdade dentro das empresas.
Quais KPIs devem ser analisados para a implementação de mudanças eficazes nas empresas.
Principais ativadores da transformação digital e que devem fazer parte das equipes nesta nova era.
Análise do estágio digital de empresas que já adotaram componente de um programa de transformação.
Principais dados de investimentos e resultados de empresas que já aderiram à Transformação.
Os atuais números da Transformação Digital no mercado nacional e a situação brasileira quanto ao cenário mundial.
As empresas que já adotaram mudanças e estão se tornando líderes de mercado e gigantes da Transformação Digital.
As principais mudanças que devem ser feitas para que a sua empresa seja um agente da Transformação.
As oportunidades criadas pela Transformação Digital e uma prévia do que o futuro nos guarda.
Desenvolva habilidades e fique à frente.
Transformação digital é muito mais do que você imagina
A comunicação tem na tecnologia agora o seu canal direto, responsável por ler e traduzir a voz do cliente e direcionar as ações de toda empresa.
Seu produto pode não ser tecnologia, você pode não vender um aplicativo, mas a sua empresa é conhecida, reconhecida, comunicada e julgada por meio da tecnologia. Todas as empresas devem ser capazes de se conectar e satisfazer seus clientes através de experiências baseadas em softwares. É isso ou ficarão para trás!
“Até 2020, a experiência do cliente superará o preço e o produto como o diferenciador-chave da marca. 86% dos compradores pagarão mais para terem uma melhor experiência.”
CEI Survey
Para transformar o seu negócio e permitir que esses novos canais gerem valor real para você, é preciso repensar as ações e integrar o digital no core do funcionamento da empresa, tornando-o parte do seu DNA.
Para isso, é importante estar atento e saber interagir perfeitamente com os drivers da transformação. E, acima de tudo, agir com velocidade. O seu negócio precisa se transformar agora, e não daqui a alguns anos.
A sua marca é a experiência digital que você oferece para o seu cliente, lembre-se disso.
“No triênio de 2018-2020, os investimentos em Transformação Digital devem somar US$ 6,3 trilhões.”
IDC
A experiência que você oferece para seus clientes deve ser dinâmica e contínua. O digital está entrando na sua empresa para movimentar processos estáticos, lentidão e desconhecimento do seu consumidor. Você deve estar disponível agora, não daqui a dez dias. A informação acontece ao vivo.
Processo de transformação digital
Os profissionais de TI que vinham por anos apenas implantando softwares e hardwares, agora partem para funções cada vez mais importantes. Devem ser profissionais capazes de analisar necessidades do usuário. Nunca antes o conhecimento sobre técnicas de CRM e UX foram tão primordiais para estes profissionais. Entretanto, a maioria deles não está atenta para essa necessidade.
Assim como a TI tem que evoluir e se adequar às novas necessidades, todos os setores devem mirar seus esforços em criar processos ágeis, modelos de negócio mutantes e digitais.
No final de 2017, 70% das empresas listadas na “FORTUNE 500” já tinham times dedicados apenas à transformação digital, voltados a analisar e otimizar a experiência do consumidor, já que atualmente 67% da jornada do comprador é feita digitalmente.
Então, basicamente, a transformação digital propõe uma mudança radical na maneira como as empresas operam atualmente, incorporando processos digitais para que garantam seu lugar no futuro.
É melhor a disrupção acontecer internamente do que o mercado se encarregar disso.
O processo de transformação digital tem início com uma estratégia de avaliação do negócio, em um cenário predominado por incertezas e que exige foco nos desafios que virão.
É necessário imaginar como as tecnologias digitais poderão impactar o negócio, pensando em todas as possíveis rupturas do mercado, estando aberto às mudanças e reestruturações nos seus processos para, então, traçar o destino a ser alcançado.
A transformação digital atingirá de maneira disruptiva todos os setores e mercados mais rápido do que imaginamos. Empresas estão sob sucesso e o risco do desaparecimento do próprio negócio, pois mesmo com o suporte das tecnologias, dependem muito da capacidade de compreenderem a amplitude da transformação que precisam e do desafio de implementarem suas estratégias digitais o mais rapidamente possível.
A essência da transformação digital consiste basicamente em:
digitalização → desmaterialização → desmonetização → democratização → disrupção.
O fato é que as empresas precisam se antecipar, criando a auto-ruptura, antes que outro negócio provoque a disrupção. Para não ser pego de surpresa, você mesmo a provoca, gerando desafios e riscos e abrindo novas oportunidades para o seu negócio.
Transformação digital não é uma adoção massiva de novas tecnologias, mas uma revolução digital no mundo dos negócios.
Tecnologia é a base e as pessoas estão no topo.
Quando falamos de transformação digital dentro de organizações tradicionais, a primeira pergunta que fazemos é se a empresa já tem presença digital ou se já iniciou a mudança para acompanhar o mercado.
Afinal, muitas das pessoas que nem imaginavam o quanto a tecnologia evoluiria estão inseridas atualmente como usuários.
O exemplo mais expressivo é a utilização de smartphones. Tão fáceis de utilizar e tão intuitivos, que a comum resistência a novas tecnologias se esvaiu.
Mesmo com maturidade digital baixa, pessoas que se defrontaram com a era da TI após seus 40 anos utilizam ferramentas e aplicativos. Essa mudança de comportamento transformou claramente a forma de nos relacionarmos e, consequentemente, a forma como consumimos.
Foram tantos benefícios que o mercado naturalmente foi se adaptando numa velocidade avassaladora. Com a democratização da banda larga há alguns anos, as informações que precisávamos estavam literalmente em nossas mãos: um endereço, um telefone, uma receita, uma dúvida em meio a uma discussão, uma notícia, o site de um eletroeletrônico que esclarece detalhes técnicos de um produto e até um outro comparando preços do mesmo produto em diferentes lojas.
Toda essa praticidade aliada à economia de tempo e dinheiro fez com que fosse criado um conceito de como os produtos devem atender o usuário - independente da faixa etária.
“Já no final de 2017, o crescimento da receita de produtos baseados na informação foi o dobro do restante do portfólio de produtos/serviços, para um terço de todas as empresas”.
Fortune 500
Hoje, o relacionamento de marcas com pessoas devem ir muito além do que é feito pelo setor de marketing. Toda a jornada do consumidor deve ser desenhada com foco na melhor experiência do cliente, oferecendo suporte de qualidade não só nos touchpoints, mas sim em todo o processo.
Resumindo, essa revolução - chamada transformação digital - tem como base a tecnologia em prol do SER HUMANO - suas preferências e suas novas necessidades.
Trabalhando os pilares da transformação digital dentro da sua empresa.
Analisando a indústria e seus atuantes, percebemos que a mudança das organizações e seus mindsets para se adaptar ao novo cenário é uma necessidade fundamental - e aqui falamos em termos de sobrevivência.
Uma estrutura hierarquizada e rígida não resistirá ao dinamismo da digitalização.
Inicialmente, consideramos se a empresa já tem um site, perfil nas redes sociais, automação de e-mail... ou seja, formas de se comunicar com o público conectado. No entanto, a transformação digital vai muito além do marketing. Dentro do processo empresarial, essa mudança é fundamentada em três pilares:
A transformação digital tem a tecnologia como o centro do seu processo e interfere em todas as áreas da empresa. São utilizados amplamente conceitos de metodologias ágeis, que visam a adoção de processos automatizados entre diferentes setores para a produção rápida e segura de aplicações e serviços, que reduzem custos e tempo.
Porém, para que essas operações se tornem reais, as verdadeiras mudanças devem acontecer primeiramente no mindset da empresa. Durante sua transformação, toda e qualquer organização precisa apoiar e investir esforços na cultura digital.
Muitas vezes, quem dá o primeiro passo são early adopters que, aos poucos, mostram às lideranças qual o caminho que deve ser trilhado. Mas nada impede que a própria C-suite entenda a necessidade de inovar antes de seus colaboradores.
O mais importante aqui é que a cultura digital seja entendida e abraçada por todos os funcionários, de modo que as equipes compartilhem informações e encontrem - muitas vezes em ferramentas digitais - formas de otimizar as entregas em prol de metas comuns.
A implementação de ferramentas para acelerar os resultados e melhorar a gestão contribui não só para diminuir retrabalho e obter mais dados de desempenho, mas também colabora significativamente para que a empresa tome decisões mais rapidamente e possa estar a frente do mercado.
Diante da transformação digital, todas as áreas são impactadas. Uma vez que o movimento realizado é colocar o cliente em primeiro lugar, até mesmo os setores que não mantém relacionamento direto com o cliente necessitam de profissionais capacitados para essa nova era. Seja a área de qualidade, para garantir que serão cumpridos os processos e o cliente ficará satisfeito com o atendimento prestado; seja o produto, que será criado com base na experiência do usuário; ou até mesmo o setor financeiro, na busca de soluções ágeis para pagamento, que reduzem os esforços do cliente e minimizam a inadimplência.
Há um novo movimento que se inicia pensando na jornada completa do consumidor. Na experiência que ele terá com o produto/serviço desde a fase de atração, a nutrição para condução da tomada de decisão de compra e durante a utilização do produto ou prestação de serviço. O esforço é realizado não só para fidelizar, mas também para engajar, a ponto de transformar o cliente em um divulgador da empresa.
Para isso, é necessário entender profundamente o perfil do cliente para oferecer aquilo que vai lhe agradar e tornar prazerosa a experiência com a marca. Seja criar um produto melhor, disponibilizar o canal de interação mais adequado ou atender de forma mais eficiente.
Abaixo, citamos diferentes formas de buscar dados que possibilitam conhecer melhor seu cliente para mantê-lo o mais satisfeito possível e, paralelamente, progredir sua empresa:
O terceiro pilar afeta diretamente a estratégia da organização. Devido à mudança nos hábitos de consumo, há a necessidade de reestruturar o modelo de negócio, como exemplo vamos citar a área comercial. Agora tem de pensar nos diferentes canais que seus clientes estão, quais as melhores formas de prospectá-los, quais ferramentas podem utilizar para otimizar seu desempenho - seja para monitorar a leitura de emails de propostas comerciais ou a utilização de discadores automáticos para acelerar a produtividade. Ainda há questões sobre qual o melhor formato da equipe, a importância da hiperespecialização, entre diversos outros aspectos que permeiam a globalização digital.
Além do modelo de negócio voltado para o digital, há também a possibilidade de criar novos negócios online. Um exemplo simples são os jornais, que tinham somente o produto impresso há alguns anos e agora já tem a versão digital para comercialização. Há diversas outras formas de inovar com a tecnologia nesse sentido, como mesclar produtos tradicionais com inteligência: um ar-condicionado que mede a previsão do tempo e liga automaticamente, por exemplo, também se enquadra como um caso de novos negócios digitais.
Scorecard de impacto da transformação digital.
Na transformação digital, os clientes estão interagindo com a empresa de novas maneiras e a experiência do usuário está influenciando fortemente nas decisões de compra. Em outras palavras, as expectativas do cliente de desempenho e segurança, em diferentes pontos de contato digitais, estão colocando demandas sem precedentes no negócio. Por isso, as organizações estão estudando como incorporar novas tecnologias para atender a essas exigências de forma eficiente, de modo a impulsionar o crescimento de novos negócios e se manter à frente de seus concorrentes.
O primeiro passo para iniciar essas mudanças consiste em seus dirigentes analisarem o impacto da transformação digital no desempenho do negócio, avaliando quais ferramentas podem torná-lo mais eficiente e quais as práticas que devem ser adotadas para sustentar essa mudança de mindset.
Para medir esse impacto, sugerimos analisar 14 indicadores-chave de desempenho (KPI’s), divididos dentro dos 3 pilares citados acima, que lhe permitirão comparar sua organização com a realidade do mercado. Estamos falando de foco no cliente, eficiência operacional e modelo de negócio, no qual dividimos em duas partes: agilidade e crescimento.
Foco no cliente
Eficiência operacional
Modelo de negócio - agilidade empresarial
Modelo de negócio - crescimento
Uma pesquisa global realizada com a participação de 1.770 executivos seniores de negócios e TI em maio e junho de 2016, em 21 países, buscou medir o impacto da transformação digital nas organizações. Utilizaremos como base o resultado dessa indexação sobre o scorecard para mostrar a extensão do desempenho das empresas após a transformação digital.
Um exemplo de como manter foco no cliente é garantir um alto nível do serviço digital. Os clientes têm mais propensão a interagir com a empresa através de um aplicativo ou site do que com um funcionário. Com as facilidades da web, o usuário está cada vez mais exigente, visto que consegue interagir com muito mais empresas em menos tempo - e a comparação é inevitável.
Isso significa que na era digital, seus aplicativos, site e redes sociais são a sua marca. A Gartner Research afirma que até 2020, os clientes irão administrar 85% de seu relacionamento sem falar com um ser humano.
74% dos entrevistados reportaram que melhoraram a experiência do cliente após a transformação digital e que a satisfação e retenção de clientes cresceram 40% e 38% respectivamente.
Eficiência é crucial para as organizações se moverem com velocidade: isso é sinônimo de economia. Com esse cenário, a empresa consegue liberar recursos para investir em atualização, além de atração e retenção de talentos para impulsionarem tais iniciativas. Em seguida, falaremos sobre os facilitadores da transformação digital e ficará mais fácil de entender como se organizar para ter ganhos operacionais.
No entanto, algo que não pode ser esquecido é que as pessoas são fundamentais para desenhar a estratégia adequada para sua empresa e conduzir com inteligência tais processos. Tanto que 70% das organizações se tornaram mais efetivas no recrutamento e retenção de funcionários com a transformação digital.
Na pesquisa, constatamos que dois elementos centrais de eficiência melhoraram em quase dois quintos: a produtividade dos trabalhadores aumentou 39% e a eficiência operacional em 38%.
de aumento na produtividade dos trabalhadores
de aumento da eficiência operacional
de melhoria da efetividade de recrutamento e retenção de funcionários
Fonte: Coleman Parkes Research
Hoje, os usuários de aplicativos exigem atualizações cada vez mais rápidas em relação a melhorias e necessidades. Como exemplo podemos citar o Instagram: quando lançado, tratava-se do compartilhamento de fotos com opções de privacidade. Em 2016, já era possível postar vídeos, tanto na sua timeline, quanto nas histórias que ficam disponíveis por apenas 24h - fazendo frente ao concorrente Snapchat.
Em 2017, lançaram a possibilidade de curtir comentários - antes só respondidos. Também tornou-se possível enviar histórias apenas para um usuário - via Direct Message - e até bloquear o aparecimento das mesmas para algum perfil específico. Dentre outras mudanças, tais como animações, fontes e efeitos.
Como neste caso, os ciclos dos softwares são de apenas algumas semanas, reduzir o tempo de decisão e colocação no mercado é essencial. Após a implantação do processo de transformação digital, foi constatado que a velocidade de colocação de um produto no mercado aumentou 33% e o tempo necessário para tomar decisões diminuiu em 32%.
KPI | Números de semanas (pré transformação digital) |
Números de semanas (pós transformação digital) |
Melhoria |
---|---|---|---|
Tempo de decisão para novas oportunidades | 13,76 Semanas |
9,36 Semanas |
32% |
Velocidade para o mercado (desenvolver, testar e lançar novos produtos) |
16,62 Semanas |
11,19 Semanas |
33% |
Fonte: Coleman Parkes Research
A transformação digital tem impulsionado, em média, 37% do crescimento de receita advinda de novos negócios - em sua maioria devido à combinação de novas tecnologias digitais e melhoria da oferta.
Mais de 76% de empresas informaram ter melhorado a capacidade de atingir seus clientes - alcance digital - e 69% relataram melhor diferenciação competitiva.
Crescimento de receita advinda de novos negócios
das empresas relataram melhora na capacidade de alcance com os clientes
das empresas relataram melhora na sua diferenciação competitiva
Fonte: Coleman Parkes Research
Drivers da transformação digital.
As tecnologias digitais estão no topo da estratégia de negócios para as empresas líderes. Há uma forte correlação entre o desempenho do negócio e tecnologias mais inteligentes que sustentam as transformações digitais.
A economia digital exige que você repense o papel do software na sua organização. Seu negócio passa a ser um negócio de software, seja qual for o modelo de receita, mas, como a própria transformação digital em si, as pessoas são o core de toda a operação.
Isto significa compartilhar constantemente conhecimentos com a equipe e investir no treinamento de colaboradores; construir e integrar agilidade e DevOps na sua cultura e explorar API’s para impulsionar eficiência e alavancar a inovação entre os seus parceiros. Significa ainda compreender a importância de proteger identidades, mantendo a qualidade da experiência do cliente.
Sua empresa está pronta para ser uma digital master?
Fonte: Coleman Parkes Research
A performance da organização está diretamente ligada ao seu nível de maturidade digital. Quanto mais evoluídos os componentes de um programa de transformação, como processos centrados em tecnologias inteligentes, pessoas capacitadas e ferramentas, melhor o desempenho comercial das empresas.
À medida em que a empresa evolui para o nível digital avançado, apresenta melhor desempenho, chegando a ser 50% superior às corporações que estão no nível básico. Por exemplo: o resultado é melhor em 52% quando tratamos de gerenciamento de API’s. Esses níveis de melhores práticas ficam em 35% e 33% quando observamos DevOps e metodologias ágeis, respectivamente. Já em segurança centrada na identidade, o índice de desempenho é 24%.
No entanto, muitas empresas ainda não iniciaram o processo da transformação digital. Em sua grande maioria, contém sites e redes sociais, mas não exploram comercialmente esse canais. Há outras que evoluíram e iniciaram o desenvolvimento de marketing para apresentação da marca, adotando o inbound marketing, automação de e-mails e conteúdos para conduzir o cliente pela jornada do comprador. Mas a maior parte do mercado não deu o terceiro passo, ou seja, não tornaram este o processo central da empresa.
“15% das organizações globais estão atrasadas, 32% só acompanham a marca e 34% estão avaliando a transformação digital.”
Dell
Segundo a Dell, 15% das organizações globais estão atrasadas, 32% só acompanham a marca e 34% estão avaliando a transformação digital. Apenas 19% das organizações estão concentradas em explorar essa via de mão dupla, interagindo digitalmente com os usuários com o intuito de expandir seus resultados, destacando-se em canais, vendas, novos serviços e experiências de clientes - desde a atração até o pós-venda, quando é trabalhada a fidelização e condução para que os usuários se tornem embaixadores da marca.
Podemos afirmar que, quanto maior a empresa e menor a sua adaptabilidade à transformação digital, maiores serão suas perdas de receita - isso porque a corporação atinge um número maior de pessoas que estão migrando suas formas de consumo. Em contrapartida, empresas com menor capacidade de liderança de mercado ganham espaço quando adeptos a práticas subjacentes à transformação digital. A eficiência da geração de receita está intimamente ligada a esse movimento digital, como podemos comprovar por meio dos indicadores da pesquisa realizada.
No gráfico abaixo, observamos como se dá a eficiência de geração de receita através da relação entre a capacidade digital e liderança de mercado.
Fonte: Oracle Open World 2014 - Dr Didier Bonnet
Conheça os mercados mais aptos à mudança no cenário mundial
Nada disso, temos o terceiro maior potencial de transformação digital do mundo. Atrás apenas da Índia e Tailândia, o Brasil reúne todas as características necessárias para ser um dos países com maior índice de empresas digitais do mundo.
Definido pelo índice de maturidade digital, possuímos empresas relativamente novas no mercado e mais preparadas para aceitar e executar planos que aceleram as suas transformações.
As empresas de países emergentes conseguem ter maior impacto nas suas iniciativas digitais. O que pode ser visto inicialmente como um problema, acaba alavancando o potencial evolutivo das empresas.
Cada nova iniciativa digital tem o poder de acelerar o desenvolvimento de uma empresa e dar ainda mais vantagens competitivas ao seu segmento. Mercados com empresas jovens e abertas para novas tecnologias em todos os setores favorecem a criação de novos processos e mudanças de modelos de negócios.
Na contramão da maioria das economias de países super desenvolvidos, as empresas brasileiras não possuem um legado de décadas de mercado para defender a estagnação digital - empresas estas que já estão migrando para economias baseadas em aplicativos e maior interação com o consumidor, criando um ambiente de desenvolvimento rápido e retorno expressivo.
Não podemos esquecer que mesmo em época de recessão, 200 milhões de pessoas ainda possuem poder de compra. 40 milhões de novos consumidores acabaram de alcançar a classe média na última década.
“69% das pequenas e médias empresas brasileiras consideram usar a tecnologia para otimizar a eficiência do seu negócio.”
Economist Intelligence Unit
Gigantes da transformação digital
O ano era 2011, e a gigante dos aluguéis de vídeos Blockbuster declara falência e se coloca à venda por embaraçosos $290 milhões.
Pouco menos de 6 meses antes da falência, a empresa ainda declarava “Temos todas as razões para acreditar que sairemos do processo de recapitalização financeiramente mais fortes e mais competitivamente posicionado para o futuro”. Aparentemente, as coisas não funcionaram exatamente assim.
No caso da Netflix, eles começaram com envio de DVDs via correio para casa de seus clientes, assim como a Blockbuster. Mas não demorou muito para perceberem que o real serviço já havia mudado, a necessidade do cliente era outra. As pessoas precisavam de algo diferente e a tecnologia estava avançada o suficiente para que todo aquele conteúdo físico se transformasse em streaming de vídeos sob demanda, tudo feito totalmente no ambiente digital.
O que dividiu o mercado, e determinou quem sairia bem-sucedido ou não, foi o tempo de resposta. A empresa que estava com o mindset apropriado e coragem de acelerar em direção ao novo horizonte venceu.
A cegueira da Blockbuster se mostra quando, em meados dos anos 2000, diversas propostas de venda da própria Netflix foram recusadas pelos executivos da empresa, na época a proposta posta à mesa era de apenas $50 milhões. O fato de estar faturando bilhões na época fez com que a Blockbuster não percebesse a movimentação digital ao seu redor. Uma visão clássica de empresas estabelecidas no mercado: se estamos faturando bem, não há motivos para pensarmos no formato do serviço, afinal de contas “em time que está ganhando não se mexe”.
Esta aplicação do Machine Learning é capaz de analisar a preferência dos ouvintes em um nível extremamente alto, possibilitando que a Spotify crie narrativas mais eficientes e auxilie as pessoas a encontrar novas músicas que provavelmente serão do seu gosto. Tudo em seu ecossistema tem como objetivo ajudar os ouvintes a descobrir e compartilhar novas músicas.
Ao integrar essa mesma informação na análise de spots de TV por exemplo, a Spotify possui um produto B2B extremamente eficaz em identificar qual é o gosto musical de determinado grupo no mercado, criando resultados ainda mais expressivos nessas campanhas.
Desde seu início como vendedor de livros físicos, a Amazon tem tido a coragem de acabar com seus próprios produtos e serviços. Isso começou quando a empresa lançou o Kindle, seu leitor de e-book, à custa da notória queda das suas vendas de livros físicos.
Atitude similar a que a Apple tomou ao canibalizar o seu querido iPod, que mesmo tendo um papel decisivo na retomada de mercado pela empresa, foi substituído pelo seu sucessor iPhone.
Em 2010, o Kindle já era responsável por 62,8% de todos os e-readers em todo o mundo. Agora, a Amazon é líder em promoção e vendas de conteúdo digital em um mercado de e-book no valor de US$ 1,6 bilhão.
A Amazon também está se canibalizando com o lançamento do Amazon Prime - serviço de streaming de filmes e séries, provocando uma significativa queda nas suas vendas de DVDs. Além disso, a Amazon fez outras apostas de longo prazo com a intenção de inovar ainda mais: Amazon Go, Amazon Web Services, Drones de entrega e o recente Amazon Fresh Pickup.
O sucesso da empresa é impulsionado, principalmente, pela liderança audaciosa do CEO Jeff Bezos e uma cultura corporativa inovadora, definida por um grau relativamente alto de autonomia e colocando o cliente no centro de todo o processo.
Mate seu produto você mesmo, antes que os seus concorrentes acabem com ele e com você ao mesmo tempo.
A hora de agir é agora
Avaliar o impacto da transformação digital no desempenho do negócio.
Estudar quais ferramentas podem torná-lo mais eficiente.
Redesenhar os processos atuais da empresa em torno de ferramentas digitais.
Adequar as práticas que devem ser adotadas para sustentar essa mudança de mindset.
Digitalizar seu atual produto ou serviço.
Usar o digital para explorar novos mercados e modelos de negócio.
Promover o desempenho comercial da marca através de conteúdo online.
Usar o digital para repensar relacionamentos com parceiros estratégicos.
Fazer com que seus clientes sintam-se donos da marca com você.
As portas do futuro estão abertas.
As revoluções industriais anteriores libertaram a humanidade do poder animal, tornaram possível a produção em massa e trouxeram capacidades digitais a bilhões de pessoas. Esta Quarta Revolução Industrial é, no entanto, fundamentalmente diferente. É caracterizada por uma gama de novas tecnologias que estão fundindo os mundos físico, digital e biológico, impactando todas as disciplinas, economias e indústrias, e até mesmo desafiando ideias sobre o que significa ser humano.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as transformações atuais carregam fatores que marcam uma nova revolução: a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas.
Essa mudança foi possível pela tendência à automatização dessa nova era, possibilitada pela internet das coisas (IoT) e pela computação na nuvem.
A Primeira Revolução Industrial utilizou a força do vapor para mecanizar a produção.
A Segunda usou energia elétrica para criar produção em massa.
A Terceira usou a eletrônica e a tecnologia da informação para automatizar a produção.
A Quarta está usando sistemas que integram o digital e o físico para satisfazer as novas necessidades das pessoas.
Esta última revolução tecnológica está acontecendo exatamente agora. O Uber, por exemplo, está levando o transporte ao próximo nível.
Todos estão maravilhados com a ascensão do Uber sobre os aparentemente obsoletos taxistas. As facilidades que eles oferecem - pagamentos simplificados, acompanhamento das rotas, estimativas do valor das corridas e principalmente o fato de qualquer um poder empreender com o seu próprio carro e se tornar um funcionário dessa empresa multi-continental tão bem-sucedida. E se adicionasse uma notícia a esse possível mar azul?
Sentado dentro da cabine de seu caminhão está Walt Martin, mas ele está fora do volante, o que dirige a 90km/h o caminhão de 18 rodas carregado com 50.000 cervejas é o sistema autômato desenvolvido pela startup Otto de São Francisco CA.
Além do Uber, outras empresas e governos também estão atentos a essas mudanças. No início de 2017, Elon Musk se reuniu com Mohammad Al Gergawi, Ministro dos Assuntos de Gabinete e o Futuro dos Emirados Árabes Unidos, firmando o envio de 200 carros autônomos da Tesla Motors para fazer parte da frota de táxis de Dubai.
Será que em poucos anos os carros autômatos serão prática nas ruas do mundo todo, substituindo os empregos que eles estão gerando agora? Será que as pessoas vão perder seus empregos para máquinas? Segundo a Cognizant, durante o painel da SXSW, em março de 2017 em Austin, Texas, apenas 12% dos empregos serão substituídos por máquinas. Outros 75% serão melhorados e 13% serão reinventados.
Desenvolva habilidades e fique à frente!
Essa é a hora de desenvolver habilidades para se manter relevante no futuro.
Transformação digital não é apenas adoção de novas tecnologias ou automatização de processos. É bem mais amplo do que isso e envolve uma mudança significativa no modelo mental e nos conceitos da empresa e das pessoas.
Até 2020, os colaboradores das empresas deverão ter um aumento de performance de, em média, 15% para que os negócios continuem ativos no mercado.
Veja quais as competências precisam ser desenvolvidas agora!
Fonte: Cognizant Center for the Future of Work, 2016
Segundo Chuck Robbins, CEO da Cisco, até 2025, 40% das empresas “FORTUNE 500” não existirão mais devido à incapacidade de adaptação aos novos tempos. E estamos falando de empresas consolidadas há décadas, como EXXON Mobil, J.P. Morgan Chase, Boeing, Coca-Cola e GM. Não importa o tamanho, ou a empresa evolui o pensamento digital ou deixará de existir.