O mercado de consumo está mudando e podemos esperar uma série de novidades nos próximos anos. Mas como se preparar para todas as transformações que vão ocorrer no futuro?

Com novas tecnologias surgindo todos os dias e os hábitos de consumo da população sendo alterados, é preciso estar constantemente atento às mudanças para se manter competitivo.

Neste artigo, vamos mostrar para você as principais tendências do mercado de consumo até 2030 e como você deve se preparar para mitigar riscos e aproveitar oportunidades. Vamos lá?

O mercado de consumo

A McKinsey, uma das principais consultorias do mundo, lançou uma série de dados sobre as tendências que podem impactar o mercado de consumo até 2030. Esse é um espaço de tempo bem longo e se pararmos para analisar, muita coisa pode mudar.

Pensando em uma retrospectiva e retornando até o ano de 2000, muita coisa mudou e era praticamente impossível prever como a tecnologia faria parte integrante de nossas vidas como é hoje.

Para que você observe a discrepância com os dias de hoje, separamos alguns pontos interessantes sobre esse ano:

  • cerca de 30% da população dos países subdesenvolvidos estavam na extrema pobreza, hoje são 15%;
  • apenas 12% tinham um celular, hoje são mais de 60%;
  • a maior rede social do mundo, o Facebook, com mais de 1,5 bilhão de usuários ainda nem havia sido lançado.

Esses e outros pontos foram fundamentais para as transformações na maneira com que os consumidores pensam, vivem e, principalmente, fazem suas compras.

Daqui para a frente, as mudanças vão acelerar cada vez mais, pois as tecnologias estão cada vez mais disruptivas e fazendo surgir novos modelos de negócio que impactam o consumo.

As empresas que não se adaptam a essas mudanças sofrem consequências. A Kmart era uma das líderes do varejo no ano 2000 com um faturamento de U$36 bilhões de dólares. Em 2014, a empresa já havia perdido cerca de dois terços de seu lucro em vendas.

Já a Amazon, uma das organizações que apostaram na disrupção, viu seu faturamento saltar de U$ 2,8 bilhões para U$ 89 bilhões no mesmo período.

Esse pequeno exemplo de duas companhias nos mostra a importância de estar atento às tendências do mercado e a transformação digital que os setores vêm sofrendo.

Principais tendências

De acordo com os dados apresentados pela McKinsey, as principais mudanças podem ser separadas em cinco categorias distintas.

  • face mutável do consumidor;
  • evolução da dinâmica geopolítica;
  • novos padrões de consumo pessoal;
  • avanços tecnológicos;
  • mudanças estruturais da indústria.

Algumas dessas tendências poderão se alterar até 2030, afinal, estamos falando de um período relativamente longo (mais de uma década). Porém, é possível que os gastos entre os consumidores aumentem em até três vezes, uma vez que os mercados emergentes estão se desenvolvendo.

Outro ponto muito interessante e que deve ser levado em consideração, é que até 2030, mais de 75% da população mundial deverá possuir um smartphone, o que pesa para a experiência do cliente e formas de consumo.

Outras tecnologias também podem contribuir para as mudanças esperadas — é o caso da impressão 3D, que vem se tornando mais barata e um recurso viável para a reestruturação da indústria.

Além disso, cada tendência poderá ter um nível maior de impacto sobre uma determinada região em relação às outras. Algumas devem afetar mais a forma de consumo, outras, os gastos e até mesmo a maneira com que se produz.

Nesta lista, reunimos as principais tecnologias que podem influenciar o mercado de consumo até 2030.

É claro que essa é uma lista simplificada, uma vez que várias outras tecnologias de grande impacto e potencial de mudança ainda estão em fase de desenvolvimento.

Além disso, é preciso ter em mente que outro ponto de grande impacto nos padrões de consumo até 2030 é a chegada de um grande número de Millennials ao mercado de trabalho.

A geração dos nascidos digitais têm uma maneira peculiar de se relacionar com empresas e marcas e esperam que as organizações possam suprir suas necessidades com experiências positivas.

Outra informação relevante é a taxa de crescimento das cidades de cerca de 65 milhões de pessoas ao ano. O que indica que a força consumidora do futuro será urbana.

Os consumidores serão um pouco mais velhos, uma vez que a taxa de envelhecimento da população está superando o de nascimentos em termos demográficos.

É claro que em países em desenvolvimento, esse envelhecimento pode demorar um pouco mais, uma vez que se tratam de nações mais jovens, porém, é um fenômeno mundial.

Questões a serem consideradas

Para se preparar para a nova era do consumo que nos espera em cerca de uma década, é preciso fazer perguntas que ajudem a identificar o que precisa ser feito.

Qual o seu diferencial?

Em mercados nos quais há chances de surgir um novo player disruptivo a qualquer momento, é preciso identificar os diferenciais que farão os consumidores optarem por sua empresa e não pela concorrência.

É preciso repensar seu modelo de negócios constantemente e buscar alternativas e oportunidades de crescimento, investindo em melhorarias na experiência do cliente e se tornar único no mercado.

Como envolver o consumidor?

As empresas precisam, cada vez mais, se esforçar para compreender as expectativas de seu consumidor com o intuito de entregar exatamente aquilo que ele busca.

As mídias sociais e a análise de dados são ferramentas incríveis para isso, permitindo a coleta de dados e desenvolvimento de perfis e segmentação para personalizar suas abordagens.

É possível realocar recursos rapidamente?

O mercado é volátil e a sobrevivência de uma empresa pode estar na capacidade que ela tem de realocar seus recursos e dar uma guinada nos negócios buscando por novas oportunidades.

O case da Kodak é um ótimo exemplo de como as coisas mudam rapidamente. A líder no segmento de fotografia, há alguns anos, viu seu império desmoronar em pouco tempo e, pro mais que tenha tentado reformular seu modelo de negócio, já não havia mais tempo para isso.

Quais as estratégias a seguir?

As estratégias para o futuro devem ser pautadas em inovação e transformação digital, com a busca por novas oportunidades de negócio e melhor gerenciamento da cadeia de suprimentos.

Podemos esperar que, nos próximos anos, a maioria das empresas busque por uma “coopetição”, um misto entre competir e cooperar com outras organizações em busca de inovação.

Como a tecnologia pode ajudar?

As grandes empresas da atualidade não são líderes apenas em seu nicho de negócio, elas também se destacam pelo uso da tecnologia. Temos grandes exemplos em várias áreas como Amazon, Google e Netflix.

Para conquistar o consumidor e se destacar no mercado, o uso da tecnologia de uma forma disruptiva – ou, pelo menos, que responda às expectativas do consumidor – é fundamental. Ela é o motor do crescimento e desenvolvimento de negócios.

O mercado de consumo está em plena transformação e ainda veremos muitas mudanças até 2030. Preparado para o futuro?

Tiago Magnus

Fundador do Transformação Digital Tiago Magnus atuou nos últimos 10 anos em projetos digitais, trabalhando com marcas como Lenovo, Carmen Steffens, Mormaii, VTEX, Carrefour, Centauro, entre outras, e como sócio de uma das principais agências digitais do Brasil. Hoje, é Diretor de Transformação Digital na ADVB e Fundador do TransformacaoDigital.com.

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