O tema de Transformação Digital tem ganhado todo tipo de conotação, e já podemos ter vertigem das alturas que este “hype” já tomou.

Você já deve ter urtigas ao ouvir o termo “Inovação”, e “Digital Transformation”.

E dependendo de quem criou ou está comentando o conteúdo sobre Transformação Digital, o tema ganha uma perspectiva diferente: a questão é que estas mensagens vêm em fragmentos, e cabe a você montar esse quebra-cabeça holográfico.

Agências Digitais se emprestam do termo para direcionar ações de Marketing Digital ou Inbound Marketing integradas às redes sociais, mas isto é somente uma pequena fração do que é transformação digital efetivamente, sendo que essas ações de marketing são somente para terem um espaço no mercado sem ao menos ter uma cultura que transpire Transformação Digital ou saiba de fato o que esse termo é na prática.

Se vier de consultorias, vai perceber que estão falando de mudanças de processos de negócio, cultura, métodos e práticas.

Se vier de provedores de TI, como plataformas, software ou recursos técnicos para integração, você vai perceber que transformação digital para elas é a implantação de soluções de tecnologia nos domínios de Mobilidade, Internet das Coisas, Analíticos, Inteligência Artificial e tantos outros.

O que temos é uma visão fragmentada e, diga-se de passagem, desconectada, que se empresta do termo para argumentação de venda, e assim, quem sabe, fazer com que executivos sintam que estão passando por uma transformação digital.

Aí que você se engana, pois não estão.

Como assim, Richard? Deixa eu te explicar.

De fato, eles apenas adentraram a uma iniciativa das mais complexas e abrangentes já vista em nossa história de civilização, que demanda a transformação do que cremos (nossa mente ou consciência), do que pensamos (nosso cérebro ou modo de raciocinar) e de como atuamos (nosso corpo, iterações com o mundo concreto).

Parece conversa de bar, só que não é não. A transformação digital é a completa transformação, não de partes metafísicas e físicas isoladamente. E ela começa com você e pessoas, e não com tecnologia.

Continue a leitura e entenda!

Mudanças aparentes não são transformações

Então você tem um bom Marketing Digital, isto até pode te trazer mais oportunidades de negócio e vendas, mas não irá fidelizar os seus clientes se os seus processos, tomadas de decisão e produtos não corresponderem aos fatos.

Investir em consultorias unicamente para prover novas maneiras de desenvolver negócios, gestão das equipes, estilos de liderança e adoção de “Agile”, vai te ajudar a perceber alguns ganhos e um momento mais engajador das equipes e pessoas.

Vamos contextualizar a teoria antes de chegar na prática e nos desafios de implementação. Aguarde até o final para conseguir o pote de ouro no final do arco-íris.

Se a solução de implementação e operação dessas mudanças é feito de cima para baixo, e não pela própria organização e pessoas que irão executar essas transformação, haverá não só resistência, mas levará a desmotivação e ao fracasso na manutenção da iniciativa, já que faltaram as plataformas e ferramentas que dariam maiores condições de produtividade, eliminação ou automação de processos e geração de dados e informações.

E, finalmente, implantar uma plataforma, software ou tecnologia sem o entendimento real de necessidades de seus clientes, funcionários, visão, estratégia e motivações, irá apenas adicionar mais um bloco de construção à prateleira de tantos outros, com baixa adoção ou pouco impacto na eficiência e eficácia dos resultados.

E vale mencionar que não adianta jogar milhares de reais como um investimento esperando resultados surpreendentes, se não houver um método, jornada e planejamento adequado para a sua realização.

Não basta contratar a consultoria ou provedores. Para toda obra necessária de transformação, há a necessidade de orquestração de complexidades e uma afinação forte de tom e ritmo de toda a organização para essa transformação ser levada a cabo.

Um dos grandes resultados de uma transformação digital é o rearranjo e total alinhamento da organização orientada por ondas, ciclos humanizados, incrementais e contínuos, alinhados a objetivos de curto e médio prazos, com a bússola apontando para a visão idealista e missões de alto valor e impacto na sociedade.

Então, não vai adiantar o CEO pensar essa estratégia por si só ou junto ao Board, pois a construção desta visão, missão e estratégias demandam uma nova abordagem e escola de gestão e administração – e, por que não dizer, de pensamento?

Algumas empresas decidem, por exemplo, introduzir o papel do CDO (Chief Digital Officer), e este cargo ou pessoa não irá perdurar por muito tempo, assim como abrir o novo departamento de inovação ou digital irá apenas prover vislumbres e possibilidades, mas dificilmente irão gerar os resultados estimados.

Em suma, ou se abraça uma jornada sem volta para a transformação digital, ou a organização ficará nas ações isoladas e cosméticas, que em pouco irão lhe dar sustento e capacidades inerentes a todos os negócios que estão surgindo, limitando ou até restringindo sua competitividade e até te levando a falência.

Eu digo isto para que ao menos você saiba no que vai se meter…

Fato é que não é nada fácil, mas não dá para empresas atuarem no morno.

Cada dia que passa sem uma ação concreta em direção da transformação digital é um dia perdido no futuro, um dia a menos de sobrevivência, ou nos melhores dos mundos, de crescimento exponencial.

Agora sem mais falacias, vamos às estratégias que você pode implementar na sua empresa para que a transformação ocorra.

Estratégias para a Transformação Digital

Há e irão se apresentar continuamente novas estratégias para o início da jornada de transformação digital, a questão aqui é avaliar de forma introspectiva junto a todos os funcionários da empresa, qual é o ponto de partida ideal para a sua realização.

1. Abrir projetos, iniciativas e frentes de trabalho

Após tomada a decisão de trilhar neste caminho, é importante compreender grandes diferenças entre todos os projetos e iniciativas anteriores que você tenha trabalhado, as quais atuavam de forma focada na entrega de soluções de TI e mudanças de processos.

Primeiramente, estes projetos eram e ainda são muito caros, no geral com preços fixos, e construídos em cima de Business Cases (Casos de Negócio), com data e fim, e em quanto tempo se pagaria.

Esse modelo segue a linha que chamamos de modelo aritmético, ou de pensamento linear, onde se realizavam resultados com margem linear ou fixa.

O projeto irá ter 2 anos, se pagará em 5 anos, e em 10 anos irá retornar uma taxa de 50% do investimento. Esse modelo não funciona mais hoje em dia, pois não vivemos em um mundo estável e previsível mais.

Também não podemos nos dar ao luxo de tamanho investimento e tempo para se dar conta que a estratégia e decisão não eram tão boas assim, ou no decorrer do tempo perderam potencial. Mas é um caminho, ainda que árduo, muito complexo, e que causa muitos impactos negativos as organizações.

Aqui pode-se iniciar o processo de TI Bimodal, ou seja, separar a organização que dá suporte e operação na empresa do novo modelo de desenvolvimento.

Você pode iniciar através de uma equipe, porém terá que acelerar o processo de conversão da organização, pois em alguns meses a organização pode perder o estímulo e assumir o status quo anterior.

Dentro desta TI Bimodal, já deve se iniciar não somente as práticas de Agile, mas também de DevOps, e ir tombando todas as equipes operacionais para uma única equipe responsável por algum domínio, serviço ou produto.

Isso vai te proporcionar agilidade, aprendizado rápido, redução de riscos e dar uma guinada nos ânimos das pessoas, e na conclusão, é apenas uma das etapas de transformação, mas o ponto positivo, é que começou por pessoas, e não por tecnologia, processos, etc.

2. Se transformar por transição

É outra abordagem, vem da abertura, aquisição ou associação a uma nova empresa, a qual está em estágio inicial, e que haverá uma migração ao decorrer do tempo para essa nova empresa.

Essa transformação se usa do mecanismo de transições e é uma maneira radical para se transformar, porém há vários riscos, visto que o resultado final pode não ser bem o que havia em mente como marca, produto, e resultados – mas apresenta melhores resultados financeiros se esse é um dos principais objetivos.

Dependendo do tamanho, complexidades de processos, produtos e legados, pode ser um caminho possível, já que a transformação digital efetivamente tomaria muito investimento e esforço para ser feita dentro de casa, e quem sabe fazer um spin off dessa empresa possa contribuir com investimentos na nova empresa.

Se o produto ainda ressoa com os clientes da antiga empresa, pode-se tombar essa carteira de clientes para a nova empresa.

3. Abraçar a transfiguração

Isso já muda essa abordagem. Ela não se usa de Business Cases, mas sim de aceitar as inconstâncias e a imprevisibilidade do mundo de hoje e, o mais importante, permite uma abordagem voltada ao aprendizado, a experimentar junto aos seus clientes, mercado e parceiros, na construção de produtos e serviços que agregam valor a problemas reais, eliminando o desperdício e que concebem soluções que são exponenciais.

Na minha opinião, esta é jornada mais complexa e arriscada, porém é a mais coerente e realista, visto que põe o cliente no centro de tudo de uma vez por todas e cria junto a ele os serviços que lhe são adequados.

Esse modelo é o mesmo travado por Startups de verdade, porém essas nascem sem os vícios, desafios de legados, processos e principalmente de mentes adestradas e limitadas pela cultura de gestão anteriores.

4. Mudar de ramo

Sim, algumas empresas têm praticamente vendido, ou reduzido a níveis meramente operacionais as suas empresas anteriores, e se transformaram em grupos de investimentos, como Venture Capitals, Aceleradoras e Incubadoras.

O seu negócio agora é gerir potenciais inovações de Startups ou até de empresas digitalmente maduras para geração de retornos em seus investimentos.

Esse caminho não parece ser uma transformação digital, mas é o resultado de uma ação. A grande questão quando a empresa abraça verdadeiramente essa jornada e que ela não sabe exatamente os rumos e caminhos que está tomando, e no decorrer desse processo, há questionamento introspectivos profundos que podem trazer à luz novas oportunidades e soluções nunca pensadas antes.

O Gorila de 300 Kg no meio da sala

O que é importante e prioritário na transformação digital então? Bom, o que sempre fica por último, ou sem atenção alguma: clientes e funcionários.

As empresas insistem continuamente em dar prioridades aos resultados financeiros, seus planos de negócios, processos, controles, reports e tecnologia, e, por último, lançar suas campanhas de marketing e divulgação de seus produtos e serviços para um cliente que ainda não existe, que não foi ouvido.

Vários projetos sendo executados paralelamente sem uma clara visão e preparação adequada das pessoas – os funcionários – que vivem a constante pressão do modelo de empurrar de projetos, ao invés do modelo de puxar projetos.

A receita é bem conhecida. Ações agressivas e irrealistas de vendas a soluções que buscam o problema, e não o contrário, pressão por resultados exercendo mais pressão, seguidos de desmotivação, críticas, turnover  e, depois de muito tempo, a entrega dos projetos, vinda com demais projetos para ajustar, adaptar e evoluir os anteriores.

Às vezes dá certo, mas é por um ou dois ciclos, depois já não tem mais efeito, e então vem um novo CEO ou CIO para dar mais sobrevida ao mesmo modelo, insustentável, sem propósitos e significados de impacto para clientes e funcionários.

A questão é que o maior desafio das empresas é detectar, olhar de frente e enfrentar este Gorila de 300Kg no meio da sala. Parece que é necessário um óculos de realidade virtual para que eles possam vê-lo e compreender o seu tamanho e impacto sobre a empresa.

Tomando as rédeas do seu destino

Nessa nova revolução industrial, nos deparamos com o ilógico e incoerente, nossos sentidos não podem mais ser confiados, e o motivo é simples, volume, tamanho, frequência, variedade e relações das informações.

O cérebro humano, mesmo que inconscientemente realizando vários cálculos para ter dar aquela intuição para dar direcionamentos a empresa, não consegue ter a amplitude longitudinal e latitudinal em nível global para calcular os vastos oceanos de dados, notícias e conteúdos, seu nível de assertividade é praticamente nulo.

Se não há previsibilidade do futuro, incertezas até internas a empresa, quem dirá saber os rumos que devemos dar às empresas.

Então o que nos sobra é a coragem, audácia, confiança pessoal e criar junto aos clientes e funcionários o futuro olhando adiante o abismo e a escuridão que ganha forma a cada dia através dos passos sólidos em direção a transformação digital.

Ao menos essa jornada será cheia de aventuras, aprendizado, confiança e entregas sustentadas a sua proposta de valor e de impacto social.

Então abra a sua mente, estude e participe dos eventos sociais e de educação junto a Startups, Aceleradoras, Hackathons, sessões de Design Thinking e Business Modeling, crie o seu ecossistema, abrace o acervo das tecnologias e as veja como aliados em diferentes instâncias da sua organização, e principalmente, levante a bunda da sua cadeira e saia do seu escritório, e vá para rua, e busque seus clientes, vire fã deles, seja apaixonado e engajado sobre seus problemas.

Escute-os do fundo do seu coração, e de lá você irá aprender e desenvolver soluções as quais eles irão se apaixonar, fidelizar, engajar e ser a voz ativa de sua marca, e não vai ser de primeira nem de segunda tentativa que irá dar certo, mas não desista e ache o coração desta cebola entre as suas camadas, que é o encontro do real e verdadeiro problema que a sua organização irá resolver para o mundo.

Avançando efetivamente na criação da Jornada de Transformação Digital

É desafiador começar, mas nós temos o que você precisa! Este processo não precisa ser tão improvisado ou rodar muitos testes e aprendizados. Já muito se foi pensado, avaliado e criado para ajudar as empresas nessa difícil transformação.

O Digital Transformation Canvas é uma poderosa ferramenta desenvolvida pela digifly.me que aborda muito além destes temas apresentados neste artigo, e atinge diretamente toda organização em assimilar, compreender, se posicionar, e o mais importante, empoderar as pessoas para a construção do futuro da empresa.

A Jornada do Digerati ajuda a empresa a entrar no modo introspectivo e acelerar a concepção da Jornada de Transformação Digital que pode levar meses ou até anos, para acontecer em dias.

A digifly.me cria, desenvolve e transforma você e sua organização radicalmente para a entrega da jornada de transformação digital de sua empresa e seus clientes com alta produtividade, eficiência e eficácia.

Conheça um pouco mais sobre a digifly.me, e como abordamos de forma inovadora e transformadora os grandes desafios encarados pelas empresas nos dias de hoje, ao determinar, desenhar e definir suas estratégias digitais.

“Transformação Digital = (Clientes + Funcionários) X (Pessoas + Valores + Experiência do Usuário + Tecnologia + Parceiros + Negócios)”

As motivações para uma verdadeira e consistente transformação digital vem das necessidades de seus clientes, somadas a uma missão, princípios e valores os quais os funcionários aspiram e se engajam.

A porta ou as portas de entrada para demandas de iniciativas digitais podem vir dentre os diferentes domínios das organizações, porém concatenar os 6 domínios estratégicos para qualquer organização que busca a transformação motivada por seus clientes e funcionários, são os reais motivadores os quais nos levam a uma transformação digital com resultados concretos e de sucesso.

Qualquer empresa, negócio ou incluso provedores de serviços de TI podem alavancar o poder de transformação da digifly.me para abrir as suas cabeças e mentes no desenvolvimento da jornada da transformação digital que é adequada e viável para sua organização ou de seus clientes.

Começando por você e demais equipes adquirindo, vivenciando, praticando e atuando sobre os conhecimentos de tendências desta Era Digital, avaliando casos de fracasso e sucesso, alinhando e melhor se comunicando entre os envolvidos pela iniciativa.

Criando equipes motivadas e engajadas na criação da Jornada de Transformação Digital, ou melhor dizendo, A Jornada do Digerati.

Comece já a transformar você, suas equipes e clientes para o desenvolvimento de competências e capacidades digitais de forma produtiva e eficiente, assim como poder contar novas histórias da sua jornada de transformação digital, criando maior intimidade entre as áreas de Negócios e TI, angariando maior clareza dos objetivos e explorando melhores negócios para você, seu negócio e seu cliente.

Quer entender essas mudanças desde o início? Então aprenda o que é Transformação Digital.

Richard Hechenbichler

Fundador & Chief Digital Strategist na Digifly.me “Transformação Digital começa com você, não com a tecnologia…"

transformacao-digitalTransformação Digital
Marketing Os novos objetivos do marketing na Transformação Digital
Futuro do Trabalho TI x Marketing: por que CTOs têm mais chances de virar CEOs do que os CMOs?
[contact-form-7 id="21113" title="ebook"]