Com a chegada das novas tecnologias e a transformação digital atingindo todos os negócios, você já deve ter se perguntado sobre qual será o futuro das agências de comunicação e como elas se portarão daqui para frente.

O marketing e a publicidade já não são mais os mesmos. Como a nova geração de nativos digitais está se tornando a maioria da massa consumidora, é preciso cada vez mais se apoiar na tecnologia para conquistar mercado.

Neste artigo, busco compartilhar um guia completo para ajudar você a entender como será o futuro das agências digitais, como elas podem lidar com todas as transformações que estão ocorrendo e diversas outras informações interessantes. Vamos lá?

A evolução do marketing e da publicidade digital

Desde a invenção da prensa, em 1450 por Gutenberg, o marketing e a publicidade passaram a fazer parte de nossas vidas. Sempre que uma mídia surgia, as técnicas de propaganda se adaptavam às novas regras.

Contudo, essa evolução lenta e padronizada acabou com a chegada da internet. Hoje, a cada momento surge uma nova forma de divulgar ideias e alcançar novas audiências.

Desde a massificação da internet, já passamos por vários períodos de adaptação em pouco tempo, do foco em SEO ao Social Media Marketing, uso de vídeos no YouTube, Marketing de Conteúdo, entre outros.

Como a velocidade das transformações digitais só aumenta, cada vez mais é preciso que as agências estejam prontas para o futuro e as próximas mudanças que podem ocorrer em suas estratégias e ferramentas.

O futuro das agências e as mudanças esperadas

Um estudo publicado pela Forrester, recentemente, demonstrou que, entre a maioria dos profissionais de marketing entrevistados, 35% já está agindo para garantir a evolução das agências para o próximo nível tecnológico, enquanto que 58% está discutindo alterações em suas estratégias.

De todos eles, apenas 7% não está fazendo nada com relação às mudanças tecnológicas do setor, ou seja, grande parte dos profissionais já tratam com urgência a evolução das agências, mirando no futuro.

Alguns pontos que também são muito importantes no relatório são:

  • tempo para a convergência digital: cerca de 40% dos entrevistados acredita que sua agência estará pronta para o futuro nos próximos 2 anos;
  • preocupação com barreiras para a evolução: 42% visualizam dificuldades na comunicação interna e 32% se preocupam com o preço da tecnologia;
  • consolidação do uso de dados: 89% citam o e-mail como um dos dados mais importantes do cliente, o que demonstra a busca por aproximação;
  • criação de experiência: 52% acreditam que a satisfação do cliente deve ser o principal objetivo, enquanto que 48% citaram também a personalização da jornada de compra.

Algumas mudanças são esperadas e outras verdades serão acentuadas no futuro, exigindo que as agências se moldem de acordo com a nova realidade do mercado.

A seguir, explorarei alguns pontos observados:

Consolidação do marketing de desempenho

O marketing de desempenho nada mais é que o fornecimento de anúncios segmentados, de forma rápida e simples. Atualmente, é possível trabalhar a hipersegmentação, graças a plataformas, como o Google e o Facebook, que oferecem tecnologias de criação de anúncios desse tipo.

Com isso, as agências podem criar o anúncio certo, para o público-alvo, no horário ideal, tornando a comunicação muito mais eficaz e relevante, porém, o desafio para o futuro é a construção da credibilidade.

Imagine que um restaurante resolve investir em uma campanha junto a uma determinada agência. Após algumas reuniões, fica decidida a criação de anúncios segmentados no Facebook, baseado em geolocalização, buscando atingir pessoas que moram ou trabalham próximo ao estabelecimento.

Ocorre que diversos outros restaurantes também utilizarão a mesma ferramenta, com idêntica estratégia, bombardeando os usuários com anúncios que podem acabar sendo simplesmente ignorados.

Isso acaba fazendo com que muitos comecem a migrar para plataformas sem anúncios ou paguem contas premium das redes que já utilizam para não ter de visualizar nenhuma peça publicitária.

Dessa forma, o trabalho da agência do futuro terá de ser mais tático, buscando entender a audiência de uma determinada plataforma para utilizar anúncios que tragam confiabilidade e capturem a atenção.

Utilização de influenciadores digitais

marketing de influência continuará sendo uma das melhores estratégias para o futuro, tendo disparado nos últimos anos. O conceito é bem simples, as pessoas têm uma maior tendência de confiar em outras do que em anúncios comuns.

Logo, as agências podem canalizar suas mensagens a um determinado público por meio da figura do influenciador, alguém que mantém um grande número de seguidores e relevância nas redes sociais, garantindo assim a confiabilidade do público.

Os influenciadores podem, ainda, auxiliar na divulgação de uma marca, ampliando a sua visibilidade na rede. É possível utilizar esse artifício de várias maneiras, desde a criação de um post simples até o desenvolvimento de toda uma campanha baseada no influenciador.

O que muda nos próximos é a tendência da utilização de micro influenciadores para fugir da concorrência mainstream e atingir o público em cheio. Afinal, micro influenciadores se mostram muito mais próximos dos seguidores, tornando sua opinião mais forte na mente desses possíveis consumidores da marca de seu cliente.

Implantação da inteligência artificial

Boa parte das agências digitais já conta com algum tipo de sistema que utilize a Inteligência Artificial para a automatização de algumas tarefas, como o envio de e-mail marketing. Isso permite agregar valor ao trabalho da agência, uma vez que atividades simples podem ser realizadas automaticamente.

No futuro, a inteligência artificial promete utilizar outras tecnologias, como Big Data, Análise de Dados e Machine Learning para automatizar e otimizar a busca por audiências, além de realizar orçamentos de campanhas nas mais diversas plataformas, como Google, Facebook e Instagram.

Esse é só um dos exemplos do papel da IA no futuro das agências digitais, auxiliando os profissionais nas tarefas comuns e repetitivas, permitindo que eles possam focar nos pontos criativos do trabalho.

Mesmo que a inteligência artificial seja vista com desconfiança por boa parte dos profissionais, que teme pelos seus empregos, dificilmente, por mais avançada que seja, uma aplicação de IA poderá substituir a criatividade de um colaborador.

A utilização do recurso deve ser vista como um benefício, algo vantajoso para os profissionais, que poderão voltar seus esforços apenas para a criação de maneiras de alcançar o público.

Popularização da publicidade como entretenimento

A inundação de anúncios sofrida pelos usuários está promovendo uma debandada geral em direção às plataformas premium, que estão livres da publicidade.

Com a migração de segmentos inteiros para esse tipo de plataforma, o desafio para as agências torna-se imenso, pois elas se veem provocadas a utilizar a estratégia de marketing de desempenho, uma das principais armas de hoje.

A saída para isso pode estar no uso do entretenimento e na criação de conteúdo longo e relevante para atrair e envolver o público-alvo.

Você já deve ter ouvido falar no filme “Uma Aventura Lego”, não é mesmo? A própria película já é a publicidade, a empresa de blocos de montar utilizou-se de uma mídia anterior à era digital como forma de divulgar os seus produtos, com a criação de um conteúdo de qualidade.

A publicidade por meio do entretenimento resolve a questão da interrupção, pois o usuário não tem que parar de consumir para visualizar o anúncio, uma vez que o próprio conteúdo já contém a mensagem publicitária, ou seja, com uma boa criação, a marca oferece uma experiência única ao cliente e o leva em uma jornada instigante, ao invés de simplesmente tentar vender alguma coisa em 5 segundos.

As agências podem se adaptar a esse cenário e atuar como intermediadoras entre as marcas, que buscam por uma atenção que não podem mais comprar, e as produtoras de conteúdo.

Contudo, esse modelo de marketing não está disponível para qualquer empresa, uma vez que as pequenas marcas não têm condições financeiras para grandes investimentos, como os necessários para a produção de conteúdos longos.

Mesmo assim, é possível combinar o marketing de influência com o de entretenimento para criar conteúdos mais simples, porém, relevantes, alcançando boa parte do público.

Aumento do uso de marketing de plataforma

Algumas empresas já entenderam que os clientes não estão mais buscando apenas por produtos. Eles querem experiências que podem ser vividas por meio da compra desses itens.

Podemos concluir que, quanto mais facilitadora for uma marca para a vida de um determinado cliente, mais ele se envolverá, comprará e indicará os produtos em seu meio de convivência e redes sociais. Dessa forma, não há interrupções, a própria plataforma é a experiência.

Um exemplo claro de como algumas empresas estão utilizando esse conceito é o usado, de forma pioneira, pela Nike. A companhia não vende apenas produtos, ela oferece um sistema de manutenção da saúde aos seus clientes.

O app Nike+ Running permite que o usuário controle diversos pontos de sua saúde e do lazer, além de contar com diversas dicas e desafios que estimulam as atividades diárias. Ao mesmo tempo, a empresa coleta dados fundamentais sobre seus clientes para gerar engajamento e traçar suas estratégias de marketing para o futuro.

O papel das agências no futuro será o de trabalhar junto às marcas para criar plataformas que criem cada vez mais valor ao usuário e, com isso, possam auxiliar em todo o processo de coleta de dados e análise de resultados.

Além disso, a criação de plataformas próprias, que possam reunir o segmento de uma marca, auxilia na diminuição de custos com marketing de segmento e o problema de interrupção, formando uma experiência de publicidade muito mais agradável aos clientes.

A nova gestão interna

A transformação digital está sendo responsável por aumentar novas vias de atuação para as agências e possibilidades de orçamentos, contudo, a facilidade de trabalhar no meio também possibilitou o surgimento de novos players no mercado.

Hoje, agências são criadas com facilidade. Até mesmo pessoas físicas, muitas vezes ex-colaboradores de grandes agências, estão prestando serviços na internet, aumentando a concorrência. No futuro, sentiremos ainda mais esse efeito!

Com essa disputa por clientes e alta oferta de serviços de publicidade e marketing digital, as agências terão de alterar seu modus operandi para garantir a continuidade de suas atividades.

Indicarei agora as atitudes a se tomar para que uma agência continue competitiva nesse mercado competitivo:

Ampliação da missão

As agências sempre focaram na criação de anúncios criativos e que tivessem um grande alcance junto ao público-alvo, contudo, a competitividade do mercado faz com que as empresas busquem por retorno sobre investimentos, ou seja, quem ainda pensa apenas em criatividade tende a desaparecer, pois seus clientes diretos estão querendo resultados rápidos e mensuráveis.

Para isso, é preciso uma mudança de missão dentro da agência, buscando entender o que o cliente pretende com uma determinada campanha e entregando eficiência e resultados.

Retenção de talentos

O ambiente altamente estressante de uma agência, que possui muitos clientes, tem feito com que diversas empresas do meio percam talentos facilmente, além de passar por dificuldades de contratação.

Mesmo que a tecnologia possa automatizar diversas atividades, a criatividade desenvolvida por bons profissionais não é facilmente substituída, o que demanda uma grande concentração na atração e retenção de talentos.

Outro ponto que deve ser uma preocupação no futuro é a preparação dos profissionais, por meio de treinamentos, para lidar com as novas tecnologias e a criação de anúncios para as mais diversas plataformas.

Flexibilidade

Um dos principais focos para o futuro das agências deve ser a adaptabilidade e flexibilidade para lidar com as mudanças rápidas do mercado. O marketing passou por mais alterações nos últimos dez anos do que em toda a sua história.

Por conta disso, as agências deverão investir cada vez mais em trabalhos baseados em projetos pontuais (job > fee mensal), garantindo que um novo modelo possa ser utilizado a cada trabalho e permitindo adaptações de forma simples.

Para agências que utilizam uma estrutura fixa, alterar o modo de trabalho pode ser um problema, mas é preciso lembrar que a falta de flexibilidade pode levar, até mesmo, ao fechamento de empresas tradicionais em um futuro próximo.

As pequenas agências

Por muitos anos, as grandes agências têm ditado o jogo na publicidade, atraindo os maiores clientes e contando com bons orçamentos para a criação de campanhas. Contudo, o modelo de agência do futuro é pequeno e descentralizado.

Até pouco tempo, as pequenas agências eram capazes de produzir bons resultados, porém, não havia a possibilidade de desenvolverem em larga escala, o que prejudicava a sua atuação e utilização por parte das grandes marcas.

No entanto, a era dos grandes orçamentos está acabando e, como já mencionamos, as marcas estão buscando por resultados rápidos e eficientes, algo entregue pelas pequenas agências. Graças à tecnologia, elas têm se mostrado uma ótima opção para orçamentos cada vez menores e a exigência por retorno.

Um dos pontos que transformará as menores agências nos motores da publicidade do futuro é a necessidade das marcas de estarem presentes em várias plataformas ao mesmo tempo.

Sendo assim, contratar diversos especialistas faz muito mais sentido que contar com uma agência grande que não tem uma especialidade digital, tanto no sentido financeiro quanto no publicitário.

Além disso, as pequenas agências também levam vantagem por conta de sua estrutura mais enxuta, que permite que ela se reinvente sempre que necessário e se adapte com facilidade às novas tecnologias.

Existem três vantagens básicas que fazem com que o modelo de agências menores seja a melhor opção para o futuro:

Velocidade

O primeiro ponto a ser considerado é a velocidade com que as pequenas agências podem criar conteúdo e campanhas para as marcas, uma mudança possível graças a adaptação às novas tecnologias.

As marcas, no futuro, não buscarão por algo muito elaborado, e sim por campanhas que possam causar um grande impacto, de forma simples e rápida nas redes sociais, chamando a atenção do público e aumentando a sua visualização.

Para tanto, por meio de uma estrutura leve e simples, contando com poucos profissionais, as pequenas agências podem se destacar ao criar e divulgar campanhas em um tempo muito menor que as agências digitais tradicionais.

Além disso, no caso de falta de mão de obra, as pequenas agências podem contar com um número cada vez maior de profissionais freelancers para garantir uma entrega ainda mais rápida.

No futuro, podemos esperar mais espaços de coworking, nos quais várias pequenas agências e profissionais freelancers possam trabalhar de forma colaborativa  e em conjunto, por meio de projetos, para entregar resultados eficazes.

Especialização

Grandes agências, geralmente, querem fornecer o máximo de serviços possível para atrair o maior número de clientes. Agora, quando falamos nas pequenas empresas de publicidade, é preciso escolher algumas plataformas estratégicas.

Surge então outro diferencial das agências menores, a especialização. Já que elas não podem competir com as maiores, a busca por se especializar em determinados tipos de campanha, tecnologia ou plataforma foi a saída para a diferenciação e no futuro se tornará um dos principais atrativos.

Uma vez que as marcas necessitam, cada vez mais, de especialistas para desenvolver anúncios em determinadas plataformas, as pequenas agências acabam por se tornar a escolha natural.

Criatividade

Em mundo altamente conectado, no qual as pessoas não querem perder tempo com aquilo que não lhes interessa, o valor da criatividade tem aumentado muito, afinal, os profissionais de marketing não têm mais que poucos segundos para chamar a atenção de alguém.

As pequenas empresas de publicidade levam vantagem por conseguirem turbinar o seu poder criativo com a contratação de profissionais freelancers e com processos muito mais simples que não inibem a criação.

Portanto, aliando a sua gestão simples com a capacidade de adaptação, as pequenas agências levam vantagem na criação de peças publicitárias de qualidade e com mais facilidade de alcançar o público.

Os desafios a serem enfrentados pelo setor

É claro que para ter sucesso no futuro, as agências devem enfrentar uma série de grandes desafios. A seguir, listaremos algumas das principais barreiras para a evolução das empresas de publicidade.

Convergência digital

Mesmo que diversos profissionais de marketing saibam da importância da convergência digital e adoção das novas tecnologias como forma de melhorar e simplificar processos, a maioria deles não entende como aplicar as ferramentas.

O universo de soluções que surgem todos os dias pode prejudicar as grandes agências, pois elas contam com estruturas bem definidas e um grande número de colaboradores, sem condições de se adaptar à nova realidade.

O custo da transformação digital pode ser alto, mas a convergência para as novas tecnologias será a diferença entre manter um negócio ativo ou finalizar as operações.

Custos da tecnologia

Apontado no estudo da Forrester, já citado, como uma das principais preocupações dos profissionais de marketing, o custo da tecnologia pode dificultar a adaptação das agências ao futuro do marketing.

É preciso realizar um estudo profundo acerca das ferramentas existentes e quais delas trarão ganhos reais, evitando prejuízos da implantação de soluções que não serão utilizadas.

Adaptação a um novo mercado

Várias agências digitais não estão se atentando às mudanças do mercado e às novas relações entre marcas e consumidor, o que pode levar ao sucateamento de suas estratégias atuais.

No futuro, a característica de adaptabilidade será muito essencial para que uma agência digital possa se manter ativa no mercado e atrair marcas interessadas em seus trabalhos.

As oportunidades de crescimento

Para gestores e profissionais de marketing visionários, o futuro das agências pode trazer vários benefícios e oportunidades de crescimento, fazendo com que elas se tornem referência. Para tanto, será necessário focar em possibilidades:

Novas plataformas

Mesmo que hoje algumas plataformas estejam reinando soberanas, como o Google, Facebook e Instagram, no futuro, isso pode mudar e é uma ótima oportunidade para as agências digitais.

A plataforma Alexa, da Amazon, por exemplo, baseada em uma tecnologia de Voice Recognition, vem como uma crescente nos EUA e pode se tornar a próxima grande aposta no mercado de marketing e publicidade.

Competitividade

A transformação digital encurtou distâncias e hoje é comum que uma agência pequena possa alcançar clientes em qualquer lugar do mundo, uma vez que contatos, reuniões e outras atividades podem ser realizadas pela internet.

Dessa forma, as agências que melhor utilizarem as ferramentas de marketing a seu favor, conquistarão mais clientes e obterão um crescimento satisfatório, sem a necessidade de focar apenas em seu mercado local.

Colaboração

O uso de mão de obra freelancer, de qualidade, permitirá que pequenas empresas possam trabalhar em colaboração para a criação de campanhas para grandes marcas com facilidade, sem a necessidade de sustentar grandes estruturas.

Além disso, no futuro, será muito comum o trabalho em conjunto entre agências, uma vez que a marca pode buscar contratar uma especializada em cada plataforma em que queira marcar presença.

Em suma, espero que você tenha tido um vislumbre do que esperar do futuro das agências digitais e do impacto que as novas tecnologias trarão para essas empresas.

Continue aprendendo

– A importância de repensar a cultura de agências digitais
– Marketing 4.0: não espaço para o tradicional no digital

Márcio Mota Lopes

Co-Fundador na iClips Com mestrado em sistemas computacionais pela UFRJ e 16 anos de experiência em desenvolvimento de produto, atua na ligação entre departamentos do sucesso do cliente e T.I. com o objetivo melhorar o desenvolvimento do produto a partir das experiências do usuário.

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