A atenção do marketing para geração Z terá impacto direto nas receitas das empresas daqui em diante. Segundo estudo recente, até 2020, 40% das vendas serão efetuadas para esse grupo. Ou seja, especialmente para as empresas inovadoras, que tendem a exercer maior poder de atração para esses consumidores, já é uma necessidade conhecer o comportamento e as preferências desse público.

Os compradores da geração Z são diferentes dos Millennials. Eles possuem hábitos próprios e distintos, e repetir as mesmas práticas de marketing adotadas até aqui não vai funcionar tão bem com eles. Então, vejamos dados sobre esse grupo, a forma como se comportam e as estratégias de marketing que funcionam melhor!

A realidade e o comportamento da geração Z

Um ponto central a observar é que a geração Z valoriza muito o impacto social de um empreendimento — 60% deles desejam ter um impacto no mundo. Isso muda totalmente a relação que eles têm com as marcas. A geração Z espera ter contato com posicionamentos autênticos e repudia o uso de artifícios duvidosos.

Para obter o apoio da Geração Z, as ações de uma empresa devem estar de acordo com o objetivo declarado. Esta geração é perita em fazer escolhas sobre propósito e valores porque sempre tiveram contato com conteúdo digital. Eles sabem como filtrar informação que não tem relevância e propósito para eles. Na verdade, têm necessidade de fazer isso em razão da enorme oferta de material.

Consciência de comunidade e responsabilidade

Por ter facilidade com a interação no ambiente digital, a geração Z tem maior consciência da comunidade a que pertence e do poder que possui. Eles usam sua aptidão e influência digitais para apoiar iniciativas que acreditam que farão a diferença no futuro.

Além disso, eles são mais conscientes do ponto de vista financeiro. Eles cresceram durante um período de recessão global, guerra e terrorismo, o que os torna mais cautelosos em suas decisões de gastos. Um estudo realizado pelo Lincoln Financial Group descobriu que eles estão economizando mais cedo do que as gerações anteriores. Para ter uma ideia, 60% já tinham uma conta de poupança e 71% declararam que estavam focados em economizar para o futuro.

Ao mesmo tempo em que se viu diante dessas dificuldades, esse grupo não conheceu o mundo sem internet, mídias sociais e a possibilidade de se conectar com pessoas em todo o planeta de forma ilimitada. A concepção que eles fazem das interações é totalmente diferente, as expectativas são mais imediatas em relação a respostas e entregas — eles se acostumaram a obter quase tudo em poucos cliques.

Também existem diferenças de outras gerações em relação a outros aspectos sociais. Por exemplo, a diversidade não é vista apenas como uma iniciativa importante, mas como uma expectativa. Não só porque esse tema ganhou destaque, mas em razão de um dos motivos que levou a isso: a geração Z é mais diversa do que foi qualquer outra.

Outro aspecto a ser considerado é a importância que a geração Z dá para os influenciadores digitais. Um estudo recente revelou que os consumidores confiam mais em influenciadores do que em amigos ou familiares quando se trata de decisões de compra. Em 2016, os gastos em marketing de influenciadores no Instagram foram estimados pela eMarketer em US $ 570 milhões.

Diferenças em relação aos Millennials

Uma pesquisa recente da GlobalWebIndex encontrou várias diferenças entre a Geração Z e a geração do milênio. São elas:

  • a geração Z passa mais tempo nas mídias sociais;
  • eles preferem o Snapchat ao Facebook;
  • são mais leais às marcas;
  • o status que a marca lhes transfere é importante, com valorização dos aspectos sociais e da autenticidade;
  • a geração Z é composta por mais de dois bilhões de indivíduos;
  • ela nasceu e vive em um mundo digitalmente flexível;
  • seus indivíduos se autoidentificam como confiantes, otimistas e motivados;
  • acreditam que a igualdade é um direito humano;
  • eles têm um interesse volátil e atenção de cerca de oito segundos;
  • essa é uma geração pragmática: sua lealdade, preferências e valores de marca comprovam isso.

Com base nas evidências que coletamos e relacionamos neste tópico, podemos dizer que o meio digital é uma extensão dos indivíduos da geração Z. Eles existem tanto no meio online como existem no ambiente físico. A distinção entre o real e o virtual é menos sutil do que foi para as gerações anteriores. Assim, eles se relacionam e decidem de forma peculiar.

Técnicas de marketing para geração Z

Em razão dessa “dupla existência”, tudo o que acontece com a geração Z é uma experiência social que, na maioria dos casos, deve ser compartilhada. Para vender para esse público, os profissionais de marketing precisam estar atentos às principais tendências digitais e manter sua estratégia de mídia social relevante e atualizada.

As marcas devem se tornar criadoras de tendências, de comunidades virtuais, mentores e às vezes até guias morais para seus clientes. A Geração Z é uma geração repleta de inovações, tecnologias e desenvolvimentos digitais, e esses aspectos devem ser incluídos e implementados em práticas novas, que precisam ser reinventadas para continuar capturando e cultivando a atenção desse público.

As ideologias desta geração são globais e estreitamente ligadas às tendências sociais e movimentos políticos mundiais, que não estão geograficamente limitados. A sociedade da geração Z é global, plural e sujeita a conflitos existenciais inerentes ao confronto de culturas e posicionamentos.

Os profissionais de marketing precisam saber posicionar suas marcas de forma autêntica e, ao mesmo tempo, evitar conflitos que podem se originar até mesmo de sutilezas que ofendam visões sociais importantes para a geração Z.

Os consumidores de hoje, especialmente as gerações mais jovens, estão mais conscientes, politicamente engajados e críticos do que jamais estiveram. Por isso, as marcas precisam expor os seus valores corporativos e alocar recursos com o objetivo de cumprir a missão do empreendimento. A qualidade é um requisito para essa geração, mas a integridade da marca também. Além disso, pontualmente, as empresas deverão gerir o marketing de forma a atender a certas demandas, que detalharemos a seguir.

Incorpore tecnologia

  • Projetos centrados em UX design para capturar atenção rapidamente e prender interesse;
  • ações segmentadas nas redes sociais, com vídeos e outros conteúdos curtos e rápidos;
  • mensagens personalizadas para todas as plataformas;
  • aplicativos de bate-papo com foco nos dispositivos móveis;
  • soluções de autoatendimento;
  • acesso rápido em qualquer lugar.

Priorize relacionamentos interpessoais 

  • Apoie-se em ações de responsabilidade social;
  • mantenha uma comunicação transparente sobre práticas internas e terceirização;
  • facilite o acesso às comunicações institucionais da marca;
  • crie produtos que projetem o propósito da marca, capacidade de escala e de personalização;
  • colabore com embaixadores ou influenciadores relacionados aos valores da marca: garanta que eles não corrompam a integridade da empresa;
  • crie uma marca que reflita outras motivações além da lucratividade;
  • distribua mensagens autênticas e transparentes;
  • permita e crie estímulos de engajamento.

Para concluir, podemos resumir o marketing para geração Z como uma iniciativa mais humanizada e autêntica. Nela, a agilidade, a eficiência operacional e a qualidade são requisitos de sobrevivência do negócio, enquanto a contribuição social da marca para que as pessoas se realizem é o valor que pode garantir atenção, aproximação e engajamento.

marketingMarketing
Gestão O idioma ágil do C-Level
Agências Os novos tipos de agência de comunicação na era digital