A demanda no mercado digital tem crescido exponencialmente nos últimos anos por conta de fatores como: a popularização do acesso à internet e a massificação do uso de dispositivos móveis. E isso tem contribuído com o pensamento geral de que o varejo físico carece de inovações tecnológicas como, por exemplo, o Big Data.

De fato, por muito tempo houve uma estagnação neste ramo, enquanto o âmbito digital passou por um agressivo período de expansão. No entanto, existem novas tecnologias que têm possibilitado não apenas a integração entre o ambiente físico e o digital, como também têm revolucionado a forma como o consumidor faz suas compras e se relaciona com as empresas.

Neste artigo, você entenderá qual é o papel do Big Data no varejo físico e como ele tem transformado o mercado moderno. Começando por:

Como o Big Data tem influenciado o varejo físico?

Otimização do relacionamento com o cliente e estratégias de marketing

Nos dias atuais, cada vez mais empresas, com perspectiva de futuro, têm promovido mudanças radicais no varejo físico por meio de novos recursos de captação capazes de coletar um grande volume de dados com mais agilidade, como:

  • a quantidade de visitantes de um estabelecimento comercial em um determinado período;
  • em quais áreas da loja essas pessoas passam mais tempo;
  • quais segmentos do comércio são mais atrativos perante o ponto de vista dos consumidores.

Entre outros aspectos, esses itens influenciam diretamente a tomada de decisões dos gestores, proporcionando informações minuciosas para o desenvolvimento de estratégias pautadas nos dados coletados.

Precificação competitiva em produtos e serviços

Outro setor do varejo físico que se manteve desatualizado por longos anos, enquanto o comércio eletrônico avançava, é a questão da precificação dos produtos.

Em lojas virtuais, por exemplo, o dinamismo e a constante mudança de preços é uma característica comum, sendo uma grande vantagem para o consumidor. Contudo, isso dificulta a vida de muitos gestores de lojas físicas, já que o cliente moderno sabe que pode encontrar preços mais competitivos se procurar na internet.

Entretanto, com a chegada de dispositivos Big Data no comércio físico, a tomada de decisões na precificação pode ser muito mais direcionada, uma vez que é possível comparar os preços no âmbito virtual e físico diretamente do sistema. Isso permite mais competitividade e, é claro, aumenta a rentabilidade dos negócios.

Acompanhamento da evolução juntamente ao mercado digital

Um dos grandes desafios que o varejo físico enfrentou na última década foi a dificuldade em acompanhar a evolução tecnológica que ocorria, quase que constantemente, no varejo online.

Dado esse contexto, é correto afirmar que a implementação de conceitos e ferramentas de Big Data no setor trarão oportunidades para atuar com soluções atualizadas, já que a análise de dados representa maior integração entre o físico e o virtual.

Como foi dito, soluções em Big Data no varejo físico permitem que ofertas sejam personalizadas de maneira mais adequada ao perfil dos consumidores. Assim, proporciona-se, por exemplo, que um vendedor ofereça produtos ou serviços de maior relevância aos seus clientes, algo muito recorrente nas lojas virtuais, mas que agora pode fazer parte do varejo tradicional.

Com a chegada de tendências inovadoras pautadas em coleta e análise de dados por meio da IoT, será possível otimizar a receita e ampliar o alcance do varejo físico.

Mais precisão e sustentabilidade no estoque

Não é nenhuma novidade que grande parte dos gestores encontre dificuldades na hora de gerenciar o estoque de mercadorias de seus estabelecimentos comerciais. Muitas vezes, a gestão do estoque é realizada quase que de maneira intuitiva.

Infelizmente, isso gera prejuízos por conta de itens parados que são liquidados a preços inferiores aos praticados pelo mercado, ou pela falta de produtos para suprir uma demanda não prevista.

Nesse sentido, o Big Data, e sua capacidade de coletar e analisar um grande volume de dados pertinentes, torna muito mais fácil identificar tendências de consumo de produtos, possibilitando uma aquisição de estoque mais precisa, de modo que a margem de erro é praticamente eliminada.

Por exemplo, a variação de vendas de determinadas mercadorias não é analisada apenas com base no histórico dos anos anteriores, já que a tecnologia Big Data é capaz de encontrar outras variáveis importantes e influenciadoras no processo, como:

  • a localização em que as vendas foram realizadas;
  • sazonalidade;
  • situação socioeconômica do país no período das vendas;
  • tendências de moda internas e externas.

Entre outras informações altamente relevantes que, em geral, pessoas não levam em consideração na hora de fazer novos pedidos, mas que um sistema tecnológico pode destacar e fazer melhores sugestões para a sustentabilidade do estoque.

Como tem funcionado na prática?

Um grande case de sucesso que mostra como o Big Data no varejo físico tem funcionado — com potencial para se transformar em uma das maiores tendências da atualidade — é a rede de lojas Wallmart.

Apesar de ter sido fundada há quase 60 anos, quando o assunto é soluções modernas e inovadoras nas operações de varejo e otimização da experiência do cliente, a empresa está mais do que familiarizada com tecnologias como IoT, Machine Learning e Big Data.

O Wallmart foi uma das primeiras redes de lojas a adotar Big Data para fazer o rastreamento de seu inventário e melhorar a tomada de decisões com base nas preferências de seus consumidores.

Além disso, recentemente, a gigante lançou uma ferramenta conhecida como Pick-up Tower em algumas de suas franquias. Basicamente, são quiosques de autoatendimento localizados na entrada dos estabelecimentos.

Sua utilidade é a de permitir aos clientes que fizeram seus pedidos online a possibilidade de retirá-los nas lojas físicas. Ou seja, integração entre físico e virtual, como foi dito no decorrer do conteúdo. As Pick-up Towers também viabilizam que os clientes localizem suas encomendas e tenham informações precisas a respeito de suas compras.

Como você pôde conferir neste artigo, o Big Data no varejo físico não é uma mera tendência de tecnologia idealizada de maneira utópica por jovens empreendedores, mas sim uma série de soluções automatizadas que vêm sendo implementadas em cada vez mais empresas que pretendem se manter competitivas no atual panorama.

Agora que você já entende como o Big Data também está revolucionando o comércio físico, não deixe de conferir como a transformação digital tem influenciado o varejo com suas tendências e inovações!

Eduardo Carboni Tardelli

CEO na upLexis Engenheiro de software formado pela POLI-USP com pós em Administração pela FGV-SP. É Sócio e CEO da upLexis Tecnologia com perfil empreendedor, visionário, responsável pela definição e execução estratégica da empresa, investimentos e inovações em produtos e serviços, e estudioso do tema Big Data, Inteligência Artificial e Data Driven Companies.

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