Em 2016, uma pesquisa global realizada pela empresa Bizagi, que produz softwares empresariais para automatizar processos, revelou que, a cada 3 empresas, uma está desenvolvendo seu projeto de transformação digital. E países como EUA e Canadá lideravam em número de companhias passando por este processo: eram 52%.

No Brasil, 39% das organizações estão desenvolvendo novos projetos digitais. O México, com 27%, e a Colômbia, com 20%, vêm a seguir.

No post de hoje, vamos comentar sobre a importância da inserção de tecnologias nas empresas e ainda conferir 3 exemplos de transformação digital que estão em desenvolvimento em grandes empreendimentos. Descubra o que mudou e o que eles conseguiram ou pretendem alcançar com a implantação das novas tecnologias.

A importância da transformação digital

Ainda de acordo com a pesquisa da Bizagi, entre os mais de mil profissionais do setor de TI ou de áreas que buscam melhorar a experiência do cliente em relação à marca entrevistados, 73% acreditam que o índice de competitividade cairá bastante se não houver atualização.

A transformação digital é essencial para a sobrevivência de qualquer empreendimento, até para os locais. Hoje, a tecnologia pode agilizar o processo de produção e, também, modificar a relação com o consumidor.

Essa modificação tem impacto tanto nos custos das empresas como na forma de consumo do cliente. Mas implantar a transformação digital não é fácil: ainda de acordo com a pesquisa citada acima, 87% das companhias enfrentaram algum tipo de turbulência durante o processo de transformação; no Brasil, essa porcentagem sobe para 96%.

3 empresas que aderiram à tendência

1. Under Armour

Criada em 1996, em Baltimore (EUA), com o objetivo de desenvolver vestuários esportivos com um melhor desempenho, a Under Armour (UA) é, hoje, uma marca global de bilhões de dólares. Trata-se de uma líder na fabricação de vestuários, calçados e acessórios esportivos inovadores e de alto desempenho.

Mas a empresa tem conseguido manter-se à frente no mercado principalmente pelo alto investimento no desenvolvimento tecnológico — tanto em seus produtos quanto no chão da fábrica.

Um dos desafios enfrentados pelo empreendimento foi em relação ao grande número de pedido feitos nas lojas física e online. Os relatórios de vendas só eram gerados no final do dia ou aos finais de semana e, com isso, a resposta da equipe de vendas ao volume de pedidos era bem demorada.

Diante desse cenário, a UA investiu em ferramentas digitais de previsão e planejamento. Para tanto, implementou uma tecnologia simples e rápida, o SAP HANNA, com computação in-memory. A partir de então, a empresa coleta, visualiza os dados e prepara relatórios no mesmo instante.

A utilização dessa tecnologia gerou uma redução do estoque em 20% e o crescimento das vendas. Além disso, as previsões de vendas ficaram 10% mais precisas.

Em relação aos produtos, em 2016, a empresa inaugurou a Lighthouse, uma fábrica inteligente que é um centro de inovação em Baltimore. Nela, estão sendo feitas pesquisas com digitalização e impressão 3D. A ideia é produzir tênis de forma mais eficiente, mas, também, criar produtos personalizados para os mais diferentes tipos de atletas.

Mas a tecnologia já invade também a função dos próprios produtos produzidos pela empresa. O objetivo da UA é que, nos próximos anos, mais de 50 bilhões de suas roupas, calçados e acessórios contenham um chip conectado à internet.

As roupas estarão conectadas ao dispositivo inteligente produzido pela marca (o Healthbox). Nele, será possível monitorar o movimento dos usuários e propor um treinamento específico para cada cliente. Além disso, a empresa tem um projeto ambicioso para roupas inteligentes, que é o de controlar a temperatura do corpo de forma personalizada.

Hoje, a roupa conectada já utiliza uma plataforma, que foi construída nos últimos anos, após a UA adquirir empresas de tecnologia relacionadas a atividades físicas, como a MapMyFitness, MyFitnessPal e, ainda, o aplicativo EndoMondo.

Essas aquisições possibilitaram que a companhia formasse a maior comunidade digital mundial de saúde e fitness. Foram aproximadamente 200 milhões de usuários que baixaram o aplicativo Under Armour Connected Fitness.

Mas você quer saber aonde a UA pretende chegar? A marca lançou um anúncio, chamado Future Girl, e desvendou esse mistério.

2. Adidas

No final de 2017, a Adidas lançou um aplicativo personalizado, que oferece uma loja online completa. Há, ainda, um chatbot e notícias personalizadas, com artigos, vídeos, atualizações em tempo real sobre esportes, atletas e produtos relacionados ao interesse do cliente.

Ou seja: é disponibilizado um conteúdo de acordo com aqueles interessados no estilo Adidas e outro tipo de material aos que utilizam os produtos para praticar algum esporte — e assim por diante.

O sistema de inteligência artificial aprende com a interação do cliente no aplicativo da empresa, descobrindo suas preferências de esportes (ou estilo) e estabelecendo que tipo de conteúdo ou produtos oferecer para esse usuário. O objetivo é envolver o consumidor naquilo pelo que são apaixonados.

O app faz parte de uma estratégia de transformação digital da companhia, que percebeu nos sites os pontos de venda mais lucrativos e, consequentemente, importantes da marca. Busca-se atingir US$ 4 bilhões em vendas, por meio do comércio eletrônico, até 2020. Em 2016, o rendimento da empresa nesse setor estava em torno de US$ 1 milhão.

3. Volkswagen

O grupo Volkswagen tem um plano estratégico até 2025. O objetivo é reduzir custos, aumentar a competitividade e, ainda, investir no desenvolvimento de projetos, como: a transição do motor de combustão para a mobilidade elétrica, a tecnologia de baterias e a conectividade digital.

Em relação aos veículos autônomos, a empresa vem avançando e já desenvolveu seu primeiro carro conceito autônomo, o Sedric. Apenas um toque no OneButton é o suficiente para que o veículo se desloque de forma totalmente elétrica, conectada e autônoma.

Contudo, os desafios ainda são muitos — e o desenvolvimento dos carros autônomos continua a fazer parte dos investimentos da empresa. Os projetos futuros envolvem o investimento em condução autônoma e o desenvolvimento de um sistema de autodireção e inteligência artificial. O intuito é investir bilhões de euros na área e, ainda, contratar especialistas de alto nível.

Além disso, o investimento em pesquisa e desenvolvimento também será grande, já que o foco do grupo Volkswagen são as tecnologias e os veículos sustentáveis, para o alcance dos rígidos padrões de emissão de CO2, especialmente os adotados pela China e Europa. Tudo isso para atingir a meta de ser o líder global de mobilidade sustentável.

O ambiente empresarial tem mudado com a absorção das tecnologias, mas essa transformação ainda é incipiente, como vimos nos exemplos de transformação digital de grandes empresas globais.

Como o desenvolvimento tecnológico está acontecendo de forma rápida, a transformação digital das empresas precisa acompanhar tal ritmo. Hoje, a implantação de tecnologias no processo produtivo e na relação com o cliente é crucial para a sobrevivência dos empreendimentos.

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