Assumir os riscos da Transformação Digital pode gerar dor de cabeça em muitos gestores e colaboradores. Uma visão mais pragmática da gestão empresarial é capaz de criar verdadeira aversão a eles.

Contudo, a atividade empreendedora é, essencialmente, uma iniciativa de risco. Não existe possibilidade de qualquer tipo de realização sem que seja necessário se sujeitar a imprevistos e ameaças.

Ao mesmo tempo, é preciso desenvolver atividades e práticas de gestão de risco para que o excesso de otimismo não coloque tudo a perder e, ao mesmo tempo, o pessimismo não limite a ação. Em razão disso, é determinante buscar o equilíbrio ideal, como você vai descobrir a partir de agora!

Assumir riscos na Transformação Digital

Como mencionamos acima, os riscos fazem parte da atividade empreendedora, mas precisamos observar como o papel deles se modifica em um período de intensa mudança, como o atual.

Por mais que nos esforcemos para prever os acontecimentos futuros, é provável que eles ocorram com, no mínimo, algumas diferenças. É justamente a capacidade de pensar alternativas que não foram elaboradas antes que permite a criação de ideias novas.

Em razão de elas não terem um histórico de realização no qual possamos no basear, é difícil prever o sucesso e qual será exatamente o desempenho dessas iniciativas. Quantas histórias você conhece de invenções que ocorreram por acaso? Alguém quer inventar uma cola forte e acaba desenvolvendo uma de pouca resistência mecânica — foi como surgiu o post-it.

Variáveis diversas

Além dessa imprevisibilidade inerente à atividade criativa, existe uma enormidade de variáveis que influenciam o sucesso de uma invenção. A principal é, sem dúvida, a aceitação do consumidor. Por maior que seja a capacidade de entender a realidade do mercado e do cliente, somente os testes de mercado fornecem a pista certa da possibilidade de sucesso de uma iniciativa nova — nunca testada.

Desse ponto de vista, a disposição realista de inovar implica na consciência e na aceitação do risco. Em outras palavras: para quem não deseja correr riscos, o ideal seria buscar algo não relacionado com a inovação. O problema é que, no cenário atual, é difícil imaginar um tipo de trabalho que não tenha essa relação.

Criatividade emergente

Além dessa disposição, a criatividade é diretamente impactada pela vontade de assumir riscos. Se a maior preocupação de um colaborador for a de evitar ao máximo o erro para não se comprometer, ele nem ao menos se arrisca a sugerir novos processos ou metodologias de trabalho.

Nesse contexto, pensar em sugerir uma grande inovação na forma de comercialização ou distribuição no modelo de negócios ou na estratégia é impensável. Os colaboradores se educam a uma postura passiva e, de todos os fatores que a estimulam, a punição do erro é a mais influente.

Isso não significa que “as coisas” não precisam funcionar, nem que o risco não seja uma ameaça, apenas que a resistência precisa ser quebrada para que a inovação flua. Além disso, algumas mudanças não são opcionais, pois são fundamentais para manter a competitividade e, nesse caso, o risco de não arriscar é o maior risco que uma empresa pode correr — a frase é redundante, mas comprovadamente verdadeira.

Gerir riscos na Transformação Digital

Se assumir riscos é mais seguro do que evitá-los no cenário atual de pressão pela mudança, nos resta pensar sobre como se proteger das ameaças que ele gera. A primeira coisa que devemos ter em mente em razão disso é a necessidade de clareza em relação à ideia de que nem todos os projetos obterão sucesso.

Muitas startups vão fechar antes do previsto, algumas delas depois de investimentos de especialistas empolgados. Por isso, a melhor forma de se proteger é não apostar todas as fichas no mesmo resultado. A convicção e a persistência são características marcantes nos grandes empreendedores. Sem elas não há ação, nem empreendimento.

Os modelos mais eficientes de gestão da inovação são lastreados por metodologias que permitem a análise de projetos e de testes de mercado. Nem tudo deve ser colocado em prática, e nem sempre você vai acertar em sua opção, mas com uma boa metodologia é possível minimizar o risco.

Contudo, no ambiente da Transformação Digital, os riscos mais elementares e, provavelmente, mais recorrentes, se apresentam em fatores como a violação de dados e ataques cibernéticos. Não é preciso elaborar e aceitar uma incrível teoria da conspiração e exagerar, mas o vazamento de dados sobre clientes, por exemplo, pode comprometer o negócio de forma definitiva, desestimulando investimentos e afastando o consumidor.

Embora não exista um perfil de risco que inclua todas as organizações, há algumas medidas que você pode tomar na gestão de riscos. Dentre elas, destacamos:

Encontre os pontos fracos que favorecem a ocorrência de problemas

Toda empresa tem seus calcanhares de Aquiles. Por isso, você deve se questionar e identificar quais os pontos sensíveis. Operações terceirizadas, por exemplo, são ótimas em diversos aspectos, mas quando não existe nenhum monitoramento sobre elas, a sua empresa pode ser surpreendida.

Avalie o quanto você está preparado para lidar com o risco em diferentes áreas

Uma das maiores capacidades de uma organização é a de superar problemas. Especialmente em iniciativas inovadoras, nas quais você sabe que a empresa estará sujeita a riscos, a reação da equipe e o suporte de estrutura que ela possui para identificar e resolver problemas com agilidade e criatividade têm um valor inestimável.

Essas capacidades são mais facilmente aproveitadas quando a empresa fornece uma boa estrutura tecnológica, inclusive para monitorar seus projetos e identificar problemas, e se prepara a partir da identificação dos maiores riscos que corre.

Quantifique o custo para gerenciar o risco cibernético de forma integrada e combinada

Não é difícil tomar uma decisão sobre seus investimentos relativos à proteção dos riscos cibernéticos se você souber mensurar corretamente os custos das ferramentas e dos eventuais problemas.

Essa não é uma resposta difícil, uma vez que o vazamento de dados, por exemplo, é capaz de comprometer a marca para sempre. Especialmente para as empresas disruptivas, que costumam conseguir grande visibilidade, independentemente do porte.

Com base no que falamos até aqui, você podemos concluir que assumir riscos na Transformação Digital e, ao mesmo tempo, evitar os desnecessários, para proteger o investimento e a reputação da marca, deixou de ser uma opção. No cenário atual, as mudanças incrementais são insuficientes para garantir a competitividade: é preciso arriscar para inovar!

Para continuar aprendendo, descubra 6 passos para auxiliar seu processo de gerenciamento de riscos!

Equipe TD

Conectamos pessoas e empresas à Transformação Digital para simplificar e democratizar o futuro.

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