Ao traçarmos um panorama da educação no mundo, podemos facilmente atestar que as instituições de ensino se encontram em estágios diferentes quando nos referimos ao uso da tecnologia.

A jornada da transformação digital na educação é um caminho longo a se percorrer, principalmente em países menos desenvolvidos, como é o caso do Brasil. Temos excelentes projetos, pesquisas e softwares nacionais para o uso educacional, porém o acesso ainda não é para todos.

Até as universidades mais conservadoras já se renderam a essa experiência, e o que antes era considerado uma tendência passageira já vem mudando a vida no campus e em todas as organizações que oferecem serviços de ensino e aprendizado.

Apesar das resistências, as novas formas de pensar a educação têm invadido os espaços acadêmicos para ajudar nas práticas diárias dos professores e estimular o aprendizado dos alunos que nasceram e vivem a transformação digital em todas as áreas de sua vida.

Para os que não sabem por onde começar ou ainda resistem às mudanças, mostraremos como fazer parte dessa transição do ensino tradicional para agregar o uso das tecnologias de forma natural nos ambientes educacionais.

A primeira coisa a considerar é onde estamos, o que temos e o que queremos para o futuro.

O que somos e o que podemos oferecer

É importante que as universidades saibam em que pontos são boas, o que poderia ser melhorado e quais valores precisam ser incorporados à sua estratégia digital.

Por exemplo, se a universidade é reconhecida pela excelência em pesquisa, a estratégia pode trazer meios de aumentar o impacto e expandir o acesso por meio de plataformas colaborativas, das quais pesquisadores de outras instituições possam participar ou apenas se informar sobre as descobertas em sua área.

Uma instituição com excelência em ensino pode aprimorar-se com uma estratégia de aprendizagem flexível, atraente, totalmente on-line ou híbrida.

A experiência e o significado da aprendizagem para o aluno podem mudar totalmente, pois não se trata apenas de entregar um curso virtual, mas aflorar tantos outros sentidos para alunos, professores e demais envolvidos.

Recursos como gravações automáticas de palestras, centros digitais e espaços de colaboração inovadores com a troca entre alunos e profissionais de qualquer outro lugar são cada vez mais comuns, e podemos nomear esse movimento como aprendizagem social significativa.

O que não pode sair do foco é a qualidade do serviço educacional prestado. De nada adianta investir muitos recursos na construção de cursos on-line se o retorno é negativo por parte dos alunos, se eles acreditam que o curso foi mal elaborado ou que estão recebendo menos do que outro presencial equivalente.

É essencial trabalhar em colaboração com os alunos para desenvolver cursos mais convincentes e envolventes trabalhando em cima do feedback que é recebido deles.

A onda da transformação digital no ensino

O final da década de 1990 e o início dos anos 2000 marcam os primeiros dias do ensino superior on-line.

Os precursores da transformação digital no ensino sentiam-se marginalizados, eram os rebeldes defensores de uma causa ainda incerta em cenários de educação rígidos e tradicionais. Tinham o objetivo de entregar o poder transformador da internet para gestores desfavoráveis às mudanças.

Apesar da oposição ferrenha, durante as duas últimas décadas a tecnologia na educação tornou-se completamente integrada em diversos cursos e inspiração para outras empresas de ramos diferentes que a utilizam para treinar, conscientizar e engajar os seus colaboradores.

A aprendizagem digital passou de atividade marginal realizada por um punhado de acadêmicos inquietos e profissionais da área tecnológica trabalhando no porão da universidade para a esperança de instituições que enfrentam aumentos insustentáveis ​​nos custos operacionais, dificuldades de deslocamento demográfico, trazendo resultados de aprendizagem melhorados e demonstráveis.

As transformações da tecnologia no ensino chamam a atenção, e, com orgulho, muitos gestores proclamam que fizeram parte desse processo. Ela incomoda os mais conservadores e perturba os defensores dos modos tradicionais de ensino, como já aconteceu com a indústria de gravação de músicas, jornais e livrarias.

Um plano efetivo de integração de tecnologia requer a participação de todos. Mesmo os mais resistentes já entraram na onda tecnológica. É importante engajar diretores, educadores, técnicos de TI, alunos, bem como a comunidade.

Não basta saber aonde se quer ir sem saber os passos que precisam ser dados para chegar lá, por isso todos têm que caminhar juntos.

A maturidade digital das instituições de ensino

Quando falamos sobre maturidade digital temos a justificativa para a resistência de algumas instituições. Por não a terem alcançado ou por não saberem como utilizar a tecnologia a seu favor é que muitos gestores são desfavoráveis às mudanças.

A maturidade digital no Brasil foi calculada por uma pesquisa Ibope Media/Target Group Index, que investigou os hábitos dos brasileiros na internet.

As pessoas consideradas “maduras” digitalmente foram aquelas que utilizavam 11 ou mais serviços on-line, dentre eles: acessar canais de notícias, fazer cursos, assistir a vídeos, utilizar as redes sociais, comunicar-se, manter páginas pessoais e blogs, pagar contas e demais transações financeiras etc.

Foram considerados maduros digitalmente 63% dos 84 milhões de usuários de internet. Número bem expressivo, mas que ainda não é o que temos quando falamos de educação on-line porque, ao definir o uso que os brasileiros fazem da rede, 81% são usuários de redes sociais e as acessam regularmente, enquanto apenas 7% disseram fazer ou já terem feito algum curso on-line.

O simples fato de usar diversas ferramentas e navegar com facilidade não pode ser estabelecido como critério de maturidade, pela necessidade da compreensão desses recursos e da consciência das implicações de seu uso.

O fato de não lermos os termos de uso de um aplicativo com atenção é um demonstrativo de que não há maturidade digital quando se trata de segurança na internet e consciência dos riscos assumidos.

Sendo assim, tomando o cenário da educação, não basta ter uma ampla gama de recursos digitais se os alunos não fazem uso ou não se interessam pelo conteúdo apresentado, se o modo de aprender é enfadonho e não desperta a curiosidade de saber mais sobre determinado assunto.

Na educação pública brasileira e de outros países, além dos desafios para conseguir equipamentos, temos uma parcela da população que ainda tem pouco contato com algumas tecnologias.

O que surge como esperança é a força de vontade e a criatividade dos educadores que trabalham nesses espaços, pensando como líderes inovadores dentro das empresas.

A maturidade da transformação digital na educação está na potencialidade de aprendizagem habilitada pela tecnologia.

Embora muitas instituições de ensino superior não estejam preparadas para mudanças radicais, é notório o quanto o desenvolvimento de novas formas de aprendizado on-line tem possibilitado o acesso aos estudos com custo mais baixo.

Os alunos precisam de mais do que o acesso, eles precisam saber como usar a tecnologia para aprender e, assim, educadores e gestores nas universidades se esforçam para que todos façam parte da transformação digital no ensino.

Comparando com outros países, o Brasil ainda está muito aquém quando se trata de maturidade digital na educação, mas existe uma potencialidade muito grande para o futuro graças aos esforços conjuntos de todos os interessados na área.

O papel e a relevância dos diplomas e certificados em nossa sociedade

O aumento de cursos superiores on-line só demonstra uma tendência que está presente em todo o mundo e que não é diferente em nosso país. A obtenção de titulação está vinculada a um poder maior perante os outros cidadãos que não puderam frequentar uma instituição de ensino, seja pública ou privada.

Em tempos de competitividade exacerbada, quem tem maiores pontuações — certificações — é o vencedor na conquista de cargos e salários melhores.

Para mostrar um pouco mais como funciona essa realidade, destacamos o sociólogo francês Pierre Bourdieu, que trata a fundo as concepções e a importância das titulações em seu artigo “O diploma e o cargo”. Segundo ele, o diploma é como uma “certidão de competência cultural”, ou seja, quem tem acesso à educação de qualidade pode subir mais rapidamente os degraus do sucesso.

Os diplomas têm papel importante na mobilidade social, e a exigência de cursos superiores nas entrevistas de emprego faz com que a demanda aumente — as possibilidades on-line têm dado oportunidades a muitas pessoas que estão à procura de emprego.

Um dos fatores a serem lembrados é que os diplomas têm valores diferentes dependendo da instituição e do capital investido para a sua obtenção. É um ciclo em que a dominação e o poder estão nas mãos de quem dá as regras no mercado.

Sendo assim, sabemos que as certificações são importantes, mas que a qualidade dos cursos não pode ser esquecida, sejam presenciais, sejam on-line.

Os cursos a distância vêm ganhando notoriedade e a aprovação do MEC (Ministério da Educação) em diversas áreas.

O documento estratégia brasileira para a transformação digital foi desenvolvido para discutir abertamente os desafios que o país enfrenta ao entrar na era digital e como os tem solucionado em colaboração com diversos profissionais de vários ministérios e com a participação da população.

Temos o consenso de que ainda precisamos de muitos avanços, mas o fato de pensar sobre o assunto já é um passo bem grande em direção aos objetivos dos governantes em relação à educação.

A massificação de cursos e a educação independente

As possibilidades para o ambiente de ensino são infinitas com a presença da tecnologia, porém os resultados efetivos só são notados quando elas são utilizadas de forma adequada.

Os cursos gratuitos, conhecidos como MOOC (Massive Open Online Course), se destacam no contexto digital e têm ampla oferta curricular. São bastante procurados pela facilidade de acesso e por não demandarem nenhum investimento financeiro.

Mesmo assim, as novas formas de aprendizagem precisam superar desafios e refletir a realidade de cada estudante e de seu contexto social.

O acompanhamento e a orientação de professores capacitados é essencial, assim como a adoção da cultura digital por todos.

A massificação de cursos é um dilema a ser enfrentado, pois a sensação de poder cursar uma faculdade pode ser apenas uma ilusão. Muitas vezes, as instituições não acompanham o aprendizado nem avaliam de forma adequada os alunos, tornando-se apenas comercializadoras de diplomas para sujeitos que não estarão capacitados para exercer uma profissão.

Um graduando em letras que tenha maturidade digital mais desenvolvida, por exemplo, busca fontes de pesquisa e livros complementares, além dos textos das apostilas recebidas para estudo. Ao mesmo tempo, outro aluno com menor grau de maturidade digital se contenta com o que recebe e não busca outras fontes.

Ambos receberão o mesmo diploma, embora a experiência on-line tenha sido diferente. A promessa de autonomia de uma educação independente faz com que o curso on-line seja escolhido por alguns por parecer mais fácil, apresentando, em alguns momentos, acompanhamento profissional e conteúdos menores e incompletos em comparação aos recebidos em uma faculdade presencial.

Quando o conteúdo é mais denso e exige dedicação de tempo maior, a evasão chega a ser igual à dos cursos tradicionais por aqueles não maduros, que não estão habituados à disciplina de um processo de aprendizado.

Apesar das iniciativas governamentais, os seus programas de ampliação de acesso às universidades não consideram as especificidades dos locais de ensino, as estruturas físicas e os equipamentos existentes.

Limitações técnicas básicas, como a conexão de banda larga de qualidade, diminuem muito o aproveitamento dos recursos para a aprendizagem, e — talvez o mais importante — a falta de sentido e a desconexão entre o que os alunos aprendem dentro e fora da sala de aula causam desinteresse e desistências frequentes.

M-learning e U-learning: mobilidade para o aprendizado significativo

O potencial dos ambientes de aprendizagem on-line e dos cursos que compõem o universo do e-learning é realmente extraordinário. Em uma época em que a economia criativa está em alta, a produção de conteúdo educacional com valores acessíveis é uma valiosa moeda de troca na busca de ascensão no mercado de trabalho.

Possuir um smartphone ou um tablet já basta para poder adentrar o universo do ensino na era digital. A educação móvel (m-learning) ganha como aliada a educação ubíqua ou u-learning.

Em que elas se diferenciam? A u-learning possibilita não apenas o acesso de dispositivos móveis aos ambientes educacionais como tem o objetivo de auxiliar no processo de ensino e aprendizado utilizando as informações sobre o contexto de estudo do aluno.

A sua localização geográfica, os seus recursos financeiros, o seu papel na sociedade e como interage com as manifestações culturais no espaço em que vive são indicativos de como o aluno recebe os conteúdos e aprende melhor. De nada adianta investir em vídeos com carregamentos pesados se esse aluno não tem uma velocidade razoável de conexão.

A computação ubíqua é a junção da computação móvel com a computação pervasiva, ou seja, pensando em educação — é o espaço educacional diluído na vida do aluno de forma natural, amparado pelos equipamentos conectados que ele possui.

Os métodos de ensino e aprendizado ubíquos tendem a se tornar familiares para o aluno porque ele os usa praticamente sem pensar e, em termos tecnológicos, estão presentes nos dispositivos conectados em todos os ambientes de interação.

Como as capacidades cognitivas de cada indivíduo têm as suas especificidades, a possibilidade de oferecer um aprendizado flexível é o que torna as plataformas ubíquas as melhores opções para que haja realmente significado no processo de ensinar e aprender, além de evitar evasão dos cursos.

Nos ambientes virtuais de aprendizagem, o dashboard é um painel com todas as atividades a serem desenvolvidas e por meio do qual podemos entender como o aluno aprende de forma mais eficaz: pela leitura das apostilas, videoaulas, slides etc.

A tecnologia permite tornar as atividades educacionais mais criativas e modernas, pois o mesmo conteúdo pode ser desdobrado em mídias diferentes para que os estudantes escolham a forma pela qual assimilam melhor os conhecimentos.

Por exemplo, algumas pessoas preferem ler apostilas, outras aprendem mais rapidamente por vídeos e imagens/infográficos.

Ferramentas de análise de dados contribuem para a medição do aprendizado e para a compreensão de como os alunos interagem com os conteúdos apresentados. Quando elas são utilizadas de maneira efetiva, o currículo pode ser modificado em tempo real para atender às necessidades específicas de cada um, o que mostra mais uma vez a importância do u-learning.

Nas escolas e universidades presenciais ou híbridas, temos que levar em conta que as atividades propostas com o uso da tecnologia implicam a entrada dos dispositivos de acesso na sala de aula.

Como a verba das instituições públicas é pequena, a solução muitas vezes é o aluno levar o seu dispositivo ou o professor compartilhar a experiência de sua tela em televisões smart, telões etc. A sigla que se usa para essa prática, em inglês, é BYOD (bring your own device), ou seja, traga o seu próprio aparelho.

Em países com nível tecnológico mais desenvolvido, existem dispositivos usados pelos alunos que são objetos inteligentes, seguindo a tendência da internet das coisas (IoT). Por meio desses objetos, dentro e fora da sala de aula o comportamento digital dos usuários é coletado durante o seu processo educativo.

Na faculdade ou na internet, professores e estudantes devem se enxergar como colaboradores — selecionar desafios para resolver, conectarem-se com pessoas e recursos para apoiar a aprendizagem e compartilhar o que foi aprendido.

As ferramentas utilizadas para ensino e aprendizagem digital

O ensino e a aprendizagem, dentro e fora das instituições, são realizados em “salas de aula” nas quais os alunos e educadores interagem em busca de um objetivo comum.

No Brasil, a implantação tecnológica, muitas vezes, é esperada pela ação dos gestores internos ou do governo, mas podemos dizer que esse cenário está bem diferente dos anos anteriores. Professores e escolas têm adotado políticas de inserção com baixos recursos e com ferramentas trazidas pelos próprios alunos.

Podemos chamá-los de inovadores da educação, por inspirarem os colegas na tentativa de melhorar as relações de ensino/aprendizagem.

São criadores de softwares e usuários de aplicativos que aumentam os níveis de proficiência dos alunos, ajudam os educadores a entenderem e aplicar padrões e práticas que atendam às necessidades de sua turma, que os fazem repensar nas possibilidades e até onde chegar para transformar a vida de muitos cidadãos, apesar da pouca atenção que recebem do governo e de investidores.

Dentre algumas ferramentas podemos destacar:

Games ou gamificação

A utilização de jogos para fins educativos é bastante comum. Para exemplificar essa ferramenta, podemos falar de um brasileiro que desenvolveu um método para que os seus alunos aprendessem a resolver problemas reais e desenvolver habilidades jogando Minecraft.

Simulando um mundo real, foi estimulado o conceito de sustentabilidade e trabalhados cálculos matemáticos.

Mídias sociais

Se, na maior parte do tempo, os estudantes estão nas redes sociais, por que não utilizá-las para o ensino? A formação de grupos estimula trabalhos colaborativos e troca de informações entre os participantes.

Google Docs e Dropbox

Duas ferramentas muito importantes e que se utilizam do armazenamento em nuvem. Todos os alunos podem ter acesso a arquivos e documentos compartilhados pelos colegas e professores.

Google Docs ainda permite que todos editem os documentos caso estejam trabalhando em conjunto em sua elaboração.

Skype

O deslocamento geográfico dificulta o contato com alguns colaboradores, por isso reuniões de estudo e de grupos de pesquisa cada vez mais têm utilizado essa ferramenta de comunicação. Por meio do Skype, os alunos também podem tirar dúvidas com os professores em tempo real.

Aplicativos móveis

A diversidade de aplicativos voltados para a educação abrange todas as faixas etárias de aprendizes. Para os alunos do ensino superior, as plataformas de aprendizagem virtual são as mais utilizadas.

YouTube

Aulas mais dinâmicas e ilustrativas podem ser preparadas com a ajuda de vídeos e dos canais de educação que se encontram no YouTube.

SlideShare

As apresentações dos professores e dos alunos podem ser elaboradas com essa ferramenta. Diversos modelos dinâmicos incrementam as aulas e os seminários a serem apresentados.

Assim como os MOOCs, essas ferramentas, em sua maioria, são gratuitas e de fácil acesso. Mesmo que haja troca de arquivos, a utilização da nuvem faz com que o aluno não necessite de um equipamento com muita memória, já que pode ler e interagir com tudo on-line.

O futuro da transformação digital na educação

A mudança na educação está na hibridização e na adoção das tecnologias que estimulem os alunos e professores a sentirem-se parte da transformação digital. Trata-se de novas experiências e significados que engrandeçam o ensino e a aprendizagem nas escolas e universidades.

A tecnologia da instrução e os meios de comunicação ​​desempenham papel importante, e as apostas são de que a diminuição drástica dos custos para atender a uma gama maior de pessoas possa melhorar a qualidade geral da aprendizagem.

As plataformas de ensino digital e todos os educadores e gestores envolvidos são apenas uma parte de um enigma muito maior e complexo de como é possível melhorar os resultados com os alunos, já que o processo de aprendizado pode assumir muitas formas, todas elas importantes num contexto multicanal.

Para fazer parte do mix da educação, é preciso alavancar as possibilidades que a tecnologia nos oferece, o que muitas instituições ainda não fazem.

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Georjes J. Bruel

Head of Content no TD - TransformacaoDigital.com

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