Você, assim como o restante do planeta, deve utilizar muito a internet wireless, não é mesmo? A conexão sem fio nos trouxe inúmeras vantagens e, hoje, a mobilidade é uma realidade para muitas empresas.
Pois saiba que o Wi-Fi não reina mais soberano da terra do wireless: o futuro pode começar a ser escrito pelo Li-Fi!
Dentro de pouco tempo, poderemos dar adeus até mesmo aos roteadores e seus problemas de interferência e alcance, garantindo mais qualidade de sinal por meio do Li-Fi.
Entenda tudo aqui:
O que é Li-Fi?
Todos nós contamos com iluminação artificial em nossas residências e empresas. Tudo isso, graças a um senhor chamado Thomas Edison e sua invenção.
O que ele não imaginaria é que seria possível transmitir sinal de internet por meio desses objetos. Não, você não leu errado: o Li-Fi é a conexão com a web por meio de um sinal transmitido por lâmpadas.
O nome é a contração de Light Fidelity. Em uma tradução livre, seria a conexão pela luz, com a utilização de lâmpadas especiais no lugar de roteadores.
Como funciona
Não basta apenas comprar uma lâmpada especial e começar a rotear o sinal da web em sua casa. Afinal, seu funcionamento é um tanto quanto complexo e exige uma infraestrutura pré-instalada no local.
As lâmpadas utilizadas são de LED, e os dados são transmitidos por meio da modulação da intensidade da luz — o que acontece em uma velocidade muito rápida e imperceptível ao olho humano.
Poderíamos dizer que o sistema é parecido com o código Morse, ligando e desligando uma lâmpada. Porém, com alterações de intensidade de luz e a uma velocidade altíssima.
Essas alterações são recebidas por um fotosensor, que transforma a luz em sinais eletrônicos e fluxo de dados. Estes, então, seriam utilizados pelos aparelhos nas tarefas comuns de uso de internet — como assistir a vídeos e navegar por páginas web — de forma até 100x mais rápida do que a conexão Wi-Fi comum.
Todo esse processo é controlado por um hardware especial, instalado junto à rede elétrica da residência ou empresa, que transforma os dados da internet em modulação de luz.
Mesmo que possa parecer bem mais complicado do que a distribuição de sinal por Wi-Fi, o Li-Fi é uma das grandes apostas para o uso doméstico e empresarial, pois seu desempenho em prover velocidade é muito maior que o de seu antecessor.
Onde o Li-Fi se aplica
São várias as aplicações dessa nova tecnologia. Hoje, os fornecedores estão apostando, primeiramente, na difusão de sua utilização em residências. A Philips, uma das maiores fabricantes de materiais elétricos do mundo, já conta com uma lâmpada com tecnologia Li-Fi.
Segundo o site da fabricante, é possível utilizar sua solução em residências, empresas, indústrias, hospitais e, até mesmo, em prédios governamentais para a distribuição de sinal de internet.
Além disso, a Philips garante a segurança da transmissão de dados por meio de seus equipamentos e a máxima eficiência energética de toda a infraestrutura elétrica, sem aumento substancial do consumo de energia por conta da utilização do Li-Fi.
Ainda podemos citar sua utilização em locais públicos, como forma de permitir a conexão em locais de grande circulação de pessoas e áreas de lazer — como praças, parques e centros comerciais.
Benefícios
São vários os benefícios desse novo tipo de conexão. O primeiro, é a velocidade em relação ao Wi-Fi. Em testes iniciais, a tecnologia de Li-Fi atingiu números 100 vezes maiores que os de seu antecessor.
Ou seja, o Li-Fi se mostrou muito mais adequado ao futuro da sociedade, que exige a transmissão de uma quantidade maior de dados e altas velocidade de conexão para lidar com a circulação de informação.
Além disso, temos também a questão do alcance. Os roteadores Wi-Fi sofrem com diversas interferências e, para aumentar o seu campo de ação, é preciso aparelhos maiores e com grandes antenas.
Já o Li-Fi precisa apenas de uma lâmpada de LED para que seu aparelho possa utilizar-se do máximo de velocidade possível do sistema, sem problemas de sinal baixo e quedas de conexão, comuns na tecnologia wireless.
Desafios
Você já deve ter ouvido um ditado que diz que “nem tudo são flores”, não é mesmo? Pois bem, com a tecnologia de Li-Fi, isso também é verdade. São vários os desafios para a sua implantação, e podemos citar alguns dos principais:
- necessidade de implantação de infraestrutura elétrica especial no local;
- valores dos equipamentos;
- dificuldade de implementação.
Case de sucesso
A Velmenni, uma startup da Estônia, na Europa, realizou uma experiência muito bem-sucedida em 2015, ao trocar o Wi-Fi de um prédio de escritórios — na capital do país — por conexão Li-Fi.
No experimento, foram observados ganhos em velocidade que atingiram cerca de 1 Gbps, muito maior que aquela entregue pelo wireless — demonstrando, assim, a capacidade da tecnologia Li-Fi em ambientes reais.
Com as novas lâmpadas — que estão sendo lançadas por fornecedores que apostam cada vez mais no futuro das conexões —, podemos esperar velocidades ainda mais altas.
O futuro do Li-Fi
Grandes fabricantes, como a Philips, já observaram o potencial do Li-Fi. Por isso, estão investindo pesado na fabricação e diminuição de custos dessa tecnologia, para que, em pouco tempo, possamos contar com conexões desse tipo em nossas casas, empresas e outros locais.
Na era da IoT, onde a internet deve ser onipresente, podemos esperar que, cada vez mais, a instalação dessas conexões em novas construções se torne comum e que, aos poucos, prédios e casas mais antigas também possam ser reformadas para a inserção de uma infraestrutura para utilização de Li-Fi.
Uma coisa é certa: com a necessidade de velocidades de conexão cada vez maiores, devido aos grandes volumes de informação em circulação, podemos esperar que o Li-Fi se torne popular rapidamente.
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