Com a alta disseminação da tecnologia e informação, o número de organizações que oferecem um mesmo tipo de produto ou serviço vem crescendo consideravelmente. De acordo com um estudo da Serasa Experian, o Brasil apresenta o maior nível de novas empresas já registrado. Tal questão faz com que gestores pensem em novas formas de criar campanhas diferenciadas, se aprofundando em novas tendências de marketing.

Com as novas tecnologias disponíveis, varejistas vêm percebido a mudança no perfil dos novos consumidores, que ficam ainda mais exigentes. Consequentemente, a revolução do marketing digital cresce e fica ainda mais evidente, sendo necessário acompanhá-la para não perder lugar no mercado para a concorrência.

Além da utilização de softwares e novas ferramentas disponíveis no mercado, a forma de comunicar também vem se reinventado. E, fora a necessidade de compreender melhor o perfil do público-alvo, a criatividade também é posta à prova a cada campanha realizada.

Por esses, reuni aqui as principais tendências do marketing para 2019. Confira agora quais são elas:

Personalização por meio de dados

Com tantas opções de produtos e serviços, clientes que recebem uma comunicação personalizada se lembrarão da sua empresa. Uma pesquisa da Adobe mostra que 80% dos usuários esperam personalização em sua experiência de compra e relacionamento com a organização. Além disso, 59% tem expectativas de que as empresas saibam suas compras passadas e 46% há quanto tempo são consumidores.

Isso exemplifica claramente o quanto a segmentação é relevante para uma estratégia de sucesso. Clientes sabem que suas compras se transformam em dados e que as empresas podem utilizá-los para melhorar a sua experiência.

Por exemplo, os consumidores esperam que os produtos sejam oferecidos no momento certo para eles, e não para a empresa. A personalização, portanto, é a estratégia que tonará possível fidelizar clientes e aumentar as vendas.

Campanhas com microinfluenciadores

Consumidores têm uma grande quantidade de informações na internet. Sabem que muitas propagandas, infelizmente, acabam retratando informações supervalorizadas e que várias celebridades que assinam tais campanhas não fazem a utilização dos produtos.

Consequentemente, acabam acreditando muito mais em opiniões na internet ou indicação de familiares, amigos e microinfluenciadores. Esses costumam ter um público de 5 a 10 mil seguidores, no entanto, possuem grande envolvimento com eles. Além disso, uma média de 70% do público do YouTube está mais engajado com os influenciadores menores do que com grandes personalidades da mídia.

Segundo levantamento da Squid, os microinfluenciadores produzem 66% do conteúdo disponível na internet. São artigos, resenhas e tutoriais que os aproximam dos produtos e fazem com que o público veja uma opinião sincera, sem scripts e falas prontas.

Com isso, as campanhas costumam ter mais sucesso, como mostra este estudo da AdWeek que afirma que os chamados “creators”, ou microinfluenciadores, podem trazer um impacto 6 vezes maior nas redes sociais.

Utilização da Inteligência Artificial

Já passou o tempo de associar a inteligência artificial aos filmes e séries, não é mesmo? Hoje, a I.A pode ser utilizada por empresas a fim de melhorar as vendas, pois vem caminhando lado a lado com o marketing.

Por meio da tecnologia, robôs imitam o comportamento humano e realizam alguns processos manuais e repetitivos, culminando na automação. Ou seja, além da empresa reduzir custos por conseguir eliminar alguns postos na empresa, os erros humanos são reduzidos a zero, proporcionando mais satisfação ao cliente.

A sua utilização pode ir desde a assistentes virtuais até ao atendimento ao consumidor, mostrando sua versatilidade e, consequentemente, aumento da eficiência. Algumas empresas que já adotaram a inteligência artificial vêm apresentando resultados expressivos e, segundo dados de uma pesquisa da Vanson Bourne, 85% das organizações que utilizaram a IA apresentam aumento na produtividade.

Mais especificamente no marketing, a IA ajuda a obtermos padrões e perfis de comportamento, compra etc de consumidores. Ou seja, ela é capaz de prever o comportamento do consumidor, e por meio de uma boa análise das informações, a equipe de marketing consegue desenvolver uma campanha mais estratégica e eficiente.

Além disso, é possível fazer recomendações personalizadas. Por exemplo, se você é uma empresa de petshop online e sabe que seu cliente tem um cachorro de porte pequeno que consome o pacote de ração comprado em sua loja durante 15 dias, poderá antecipar-se já enviando um e-mail ao dono do pet avisando que a ração acabará em “x” dias, já com o link para a próxima compra.

Dessa forma, a compra se torna muito mais intuitiva e benéfica para o cliente que vê que a empresa se importa com o consumo e não está oferecendo o produto quando lhe é conveniente.

Mapeamento da jornada do consumidor

Mapear a jornada do consumidor pode parecer um tanto quanto normal, não é? Contudo, não se engane: ele está entre as tendências do marketing, pois profissionais da área vêm criando conteúdo a partir de pontos específicos das buyer personas.

A persona é uma representação fictícia do seu cliente ideal com detalhes mais específicos que os do público-alvo, como hábitos de trabalho, hobbies, problemas, objetivos etc. Com isso, os conteúdos serão pensados de acordo com todas as questões descritas e farão muito mais sentido para o leitor, que poderá compartilhar com seus amigos e outros potenciais consumidores.

A importância de tal mapeamento está conectada com a evolução e mudança no comportamento dos consumidores, uma vez que, ao adotarem multicanais, eles esperam diferentes mensagens no formato e momento certos. Com isso, a marca pode se fazer muito mais presente em seu dia a dia, aumentando, inclusive, sua lembrança na mente do consumidor.

Content Shock

O Content Shock, traduzido de forma literal para o português como “embate de conteúdo”, resume-se à tendência de que a produção de conteúdo cresce em uma velocidade maior do que a capacidade de as pessoas consumirem esse conteúdo. Ou seja, o volume de leitura e engajamento com as publicações não acompanha o volume de produção.

Desse modo, já com a quantidade de conteúdo disponível na internet e com empresas apostando cada vez mais em marketing de conteúdo, o content shock começará a ficar ainda mais forte neste ano. Com isso, uma dúvida pode surgir: com a produção que continua a ser feita em massa e seu consumo mantido no mesmo nível, o resultado, então, será um marketing de conteúdo cada vez menos eficiente?

Mark Schaeffer, criador da nomenclatura, elaborou um artigo afirmando que as empresas ocasionam o Content Shock de forma proposital com a intenção de melhorar suas posições nos motores de busca como Google, Bing, Yahoo e tantos outros, evitando o aparecimento da concorrência.

Diferenciar-se do mercado e ganhar novas vantagens competitivas vêm por meio de conhecimento e atualização constante. Empresas que não conseguem se reinventar, seguindo um único padrão de qualidade, comunicação e atendimento, perderão destaque no mercado.

Portanto, estar a par das principais tendências de marketing a fim de começar um planejamento estratégico para o próximo ano é de extrema importância. A utilização de dados para uma melhor inferência de informações por meio da tecnologia, assim como o investimento em micro influenciadores e o Content Shock, garantirão à empresa um futuro com novos caminhos e vendas mais elevadas.

Agora que você sabe as principais tendências de marketing para 2019, então não deixe de conferir o que é Marketing 4.0 e por que não há espaço para o marketing tradicional na era digital.

Eduardo Carboni Tardelli

CEO na upLexis Engenheiro de software formado pela POLI-USP com pós em Administração pela FGV-SP. É Sócio e CEO da upLexis Tecnologia com perfil empreendedor, visionário, responsável pela definição e execução estratégica da empresa, investimentos e inovações em produtos e serviços, e estudioso do tema Big Data, Inteligência Artificial e Data Driven Companies.

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