Recentemente, recebemos a notícia de que o Facebook desligou dois de seus mecanismos de inteligência artificial por estarem falando seu próprio idioma. Em um primeiro momento, foi falado de um prenúncio da Skynet do filme exterminador do futuro.

Depois fomos “tranquilizados”, já que se tratava de uma otimização na forma de comunicação entre os dois robôs. O motivo de ser desligado é que, apesar de estarem se comunicando de forma mais rápida, o mesmo não era inteligível aos analistas, e desta forma não muito útil.

Apesar desse pequeno fracasso, Zuckenberg, assim como Elon Musk e outros influenciadores do Vale do Silício, estão um passo (ou vários) a frente da grande maioria dos demais empreendedores, inclusive dos brasileiros. Isso porque entendem que a tecnologia e a informação são grandes ferramentas para a melhora dos processos operacionais de suas companhias e também para auxílio na tomada de decisão.

Tomando a dianteira

A maioria das empresas são dirigidas através da intuição – ou conforme o termo em inglês, HIPPOS (highest paid person opinion / opinião da pessoa com maior salário). Utilizam esse termo em alusão ao Hipopótamo (Hippo em inglês), animal pesado e teoricamente pouco ágil. Organizações com essas características atualmente estão fadadas ao fracasso.

Organizações Data Driven colocam o dado como fator central, e usam insights derivados das informações para dirigir suas estratégias e decisões. Os dados são tratados como bens valiosos, incorporando inteligência aos processos.

Em uma pesquisa do MIT Sloan Review em 2016, executivos foram questionados sobre qual seria a área de maior investimento em tecnologia. Analytics foi o mais votado com 29%, seguidos por mobile e cloud.

Organizações Data Driven

Ainda assim, somente 9% das empresas participantes da pesquisa se consideram realmente data driven, mostrando que muitas ainda se encontram no caminho para a Transformação Digital.

Organizações Data Driven

Construir um ecossistema data driven não é simples. Complexidade das fontes das informações. Governança de dados para evitar números inconsistentes. Dinâmica de acesso ao dado com autonomia para a tomada de decisão.

Desafios que as arquiteturas modernas de Big Data procuram suprir através da construção de Data Hubs, que permitem a centralização dos dados, em vários formatos, disponível para diversos tipos de uso, e em um ambiente altamente escalável.

Além da tecnologia

Porém, somente o uso de plataformas tecnológicas não são garantia de sucesso para se tornar uma organização data driven. O uso do Lean como filosofia de melhoria contínua e redução de desperdício é essencial.

Além do design thinking, onde os dados se tornam base para o processo de experimentação e monitoramento de resultados, gerando ciclos virtuosos de evolução e validação de produto/Hipótese.

Organizações Data Driven

O modelo de fazer negócios mudou consideravelmente, e as pessoas não podem mais se basear em métodos antigos. Em um momento onde o dado é tratado como o novo petróleo, as decisões não podem mais serem tomadas através de intuição e de forma unilateral.

A dinâmica do mercado exige um mindset mais colaborativo, ágil e assertivo, onde somente os preparados para essas mudanças sobreviverão.

Elton Conceição

Gerente de Portfólio de Transformação Digital na TOTVS

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