Os objetivos da TI já estão ligados aos resultados das organizações faz algum tempo, mas o desafio é maior diante do grande salto que daremos nos próximos anos. As tecnologias que temos à nossa disposição são fantásticas, mas não funcionam sem uma estrutura adequada.

Ao mesmo tempo, desde que começamos a adotar os sistemas de gestão nas suas versões iniciais, quando a TI tornou-se fundamental para o controle e a melhora de eficiência nos processos e na qualidade de informações, o departamento de TI passou muito tempo isolado do resto da empresa.

Se a TI não estiver em condições de fornecer a base para esse avanço para si mesma e para os outros setores a sua volta, muitas empresas correm o risco de um grande “tombo”, ou terão dificuldade de se sustentar no patamar para onde “pularam”. Então, vamos entender de uma vez esse desafio!

Os objetivos da TI na era da Transformação Digital

Segundo pesquisa da Deloitte, 42% das empresas atuam sem uma estratégia digital definida. Além disso, apenas 40% dos CIOs lideram a estratégia digital e 27% sua execução. Como consequência, somente 13% das empresas de TI é identificada como líder pelo estudo.

Portanto, se você espera encontrar objetivos mais técnicos, vai se surpreender ao notar que, na maioria dos casos, existem passos a serem dados antes dessas tarefas. Além disso, os aspectos técnicos e estruturais são quase que puramente uma questão de diagnósticos, avaliações, planejamentos e desenvolvimentos que respondem a critérios bastante objetivos.

No entanto, existem papéis a serem definidos e funções a serem cumpridas, que podemos relacionar facilmente para você. Incorporar a Transformação Digital implica, principalmente, em assumir 4 objetivos principais, além de determinar responsabilidades e prioridades de cada pessoa envolvida e ação executada. São eles:

  • Organização de TI: na qual é definido o escopo dos projetos de Transformação Digital.
  • Serviços em nuvem: garantem a conformidade e a segurança do serviço no local de trabalho digital orientado por nuvem.
  • Integrações de sistemas: funcionam como apoio à formação de sinergia, da dinâmica, da agilidade e da orientação estratégica.
  • Sistemas e fornecedores: estabelecem critérios e monitora o atendimento de necessidades das equipes por parte das tecnologias, dos serviços e produtos contratados.

O papel estratégico das lideranças

Para alcançar os objetivos que mencionei e, desse modo, executar o plano estratégico das empresas, os líderes precisam mudar antes delas. Na verdade, parece haver uma relação cíclica entre o trabalho do líder e o de TI.

Quanto mais criativa, inovadora, eficiente e funcional for a contribuição da TI, maior será a confiança depositada nela. Ao mesmo tempo, ela também depende dessa confiança para receber os recursos de que precisa para ter todas essas qualidades.

Quem, senão o líder, pode viabilizar um “pacto” de confiança na empresa? Muitas vezes, a TI é vista como um mal necessário e o seu desempenho acaba sendo reflexo disso. Ou seja, sem dar a devida importância ao setor, é mais provável que a empresa contrate técnicos, com pouca experiência e conhecimento, no lugar de reais talentos, que possam realmente fazer diferença.

Material complementar: Tecnologia em cargos executivos: inovando a liderança empresarial

Com poucos recursos disponíveis e sem acesso às capacitações de que precisam, por maior que seja o comprometimento da equipe, os esforços de fornecer o suporte necessário acabam resultando em problemas técnicos recorrentes, o que diminui ainda mais a confiança na contribuição que a TI pode fornecer aos objetivos estratégicos do empreendimento.

Você pode achar que o exemplo acima foi um pouco exagerado, e podemos concordar nisso em muitos casos. No entanto, mesmo admitindo a possibilidade que as empresas não estejam tão distantes de uma estrutura de TI mais confiável, o que precisamos evidenciar é a importância do papel do líder em estabelecer um círculo virtuoso, no qual a confiança e as capacidades sejam desenvolvidas continuamente, e não o inverso — algo tão destacado no nosso exemplo.

Essa confiança e o respeito que a acompanha são, portanto, causas fundamentais para o desenvolvimento de um projeto e da criação de uma infraestrutura de computação flexível e econômica, operações de produção confiáveis e a execução de projetos de alta qualidade — com respeito aos prazos.

Além disso, o líder precisa observar um aspecto determinante antes de repensar o seu papel no processo. A TI funciona com autonomia? Observando os problemas da empresa e buscando uma solução? Ou é altamente subordinada e precisa pedir autorização para “tudo” de outras áreas ou para hierarquias superiores? Essa definição muda totalmente o posicionamento do líder, seja ele responsável pela área de TI, seja pela operação como um todo.

A liderança de TI a partir do início do processo. Ou seja, desde a fase inicial do planejamento, os líderes precisam assumir a responsabilidade por reunir esforços em torno dos 3 Ps: projeto, pessoas e processos. A definição do projeto engloba o cronograma, os critérios que devem ser adotados, os fatores de risco, de segurança e requisitos operacionais e estratégicos.

Mas também é determinante identificar as pessoas que contribuirão para além da definição de papéis e de lacunas no conhecimento. Também é importante considerar contingências, como no caso de um participante abandonar o projeto prematuramente, comportamentos, interesses e outros detalhes.

Em outras palavras, não basta encontrar o talento perfeito e conseguir contratá-lo. Para que ele permaneça na empresa, será necessário criar as condições que o estimulem a permanecer. Especialmente as novas gerações, estão entrando no mercado de trabalho com uma perspectiva diferente de sucesso. Elas querem fazer parte de algo que valorizam.

Para concluir, é preciso lembrar que os objetivos da TI sempre estão totalmente ligados à contribuição que o setor pode dar para a melhora da competitividade, da produtividade e da eficiência operacional como um todo. É medindo e comprovando o retorno sobre investimento que o setor se destaca e se expande. Além disso, há uma mudança impactante na forma como nos relacionamos com a tecnologia que deve ser considerada.

Confira essa alteração em detalhes na postagem complementar que separei para você: Automação do trabalho: a nova relação entre empresa e colaboradores!

Esdras Moreira

CEO na Introduce Formado em Redes de Computadores, com especializações em Gestão de Pessoas, Coaching e MBA em Marketing. É co-founder da introduceti.com.br, que conduz o crescimento dos negócios através de estratégias e tecnologias. Além disso é investidor no projeto Globin.it, Middas e Grupo 3Minds.

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