Cerca de 13% do PIB nacional: este é o impactante dado, referente ao ano de 2018, que deixa clara a relevância do setor de eventos para o Brasil. Quase R$ 900 bilhões foram movimentados no ramo no período da avaliação, ou seja, trata-se de um segmento fundamental para a economia do país.

Diante de um cenário antes positivo, veio a pandemia de Covid-19. Com ela, caiu drasticamente a quantidade de shows, casamentos (61% adiados), festas de aniversários, formaturas, conferências, eventos corporativos e outros acontecimentos sociais. A incerteza ligada ao futuro obrigou, então, todas as empresas do ramo a buscarem reinvenção a partir do lucro de eventos online.

Ainda assim, algumas marcas gigantes souberam tirar proveito dos enormes impactos do novo coronavírus. Ao longo deste post, você confere mais informações a respeito dos dois contextos: o de corporações à procura da porta de saída da crise e o de outras que viram seus lucros crescerem. Continue conosco e faça boa leitura!

Crise, incertezas e reinvenções

O calendário indicava o mês de março de 2020 quando o mundo sofreu, de maneira totalmente repentina, a maior transformação de hábitos das últimas décadas. Entre as primeiras medidas preventivas à pandemia, algumas foram naturais, como o cancelamento de eventos presenciais. Em todo o planeta.

Grandes festivais de música, eventos de moda e inúmeros tipos de cerimônia precisaram ser riscados da agenda. O isolamento social, por óbvio, também gerou desemprego de profissionais da área, desde músicos até produtores, passando por diretores, designers, seguranças e membros de equipe de apoio.

Muitos bilhões deixaram de circular. Após o baque inicial, a palavra de ordem apareceu: reinvenção. Durante as primeiras semanas e os meses de pandemia, cantores globalmente famosos adotaram as lives em casa como maneira de entreter o público e, de quebra, ganhar dinheiro. Muito dinheiro.

A cantora sertaneja Marília Mendonça, por exemplo, viu seu show transmitido via YouTube ultrapassar a marca dos três milhões de acessos. E a artista goiana monetizou muito bem a partir da carga de anunciantes que, diante desse cenário de lives como tendência, identificaram uma excelente chance de exposição da marca.

É lógico: pouquíssimas empresas têm condições de cogitar um investimento desse tipo pensando no lucro de eventos online. Na realidade, o exemplo serve para deixar bastante clara uma questão importante e que não tem mais volta: o caminho a trilhar é o da inovação. Seja como for — o velho normal ficou para trás.

Marcas que aproveitaram o potencial lucro de eventos online

Na sequência do post, você verá cases de corporações gigantescas que souberam explorar as novas necessidades das pessoas ao redor do planeta.

Cada uma delas tem lições importantes a transmitir sobre transformação digital. Por isso preste atenção e procure entender o que pode ser útil na sua realidade, mesmo durante a pandemia.

 

Paypal

Se antes da Covid-19 virar pandemia o Paypal identificava sérios prejuízos no seu balanço econômico, a situação mudou meses depois. A explicação não é simples, mas tem pilares nas novas necessidades de milhões de pessoas: a resolução de problemas via dispositivos móveis.

O isolamento social também resultou em impactos na organização financeira da sociedade mundial. Como consequência, fintechs como o Paypal ganharam mais visibilidade, entregando benefícios que muitas pessoas ainda não conheciam na prática. O lucro de eventos online pode girar também no ambiente digital, facilitando as operações.

De acordo com o vice-presidente de tecnologia da corporação, Guru Bhat, o segundo trimestre de 2020 seguiu a mesma linha do exemplo da Zoom, citado acima. A quantia total de US$ 222 bilhões movimentados na plataforma representou um recorde para a empresa.

A transformação digital no setor de finanças pessoais e organizacionais já vinha acontecendo, mas a pandemia tratou de o acelerar. Não é coincidência que o Facebook, por exemplo, já tenha manifestado interesse em investir no PayPal, indicando um futuro em que as transações online serão cada vez mais frequentes.

YouTube e Instagram

Anteriormente mencionamos o case de sucesso da cantora Marília Mendonça, que soube aproveitar bem sua comunidade imensa de fãs para monetizar shows online. E plataformas como YouTube e Instagram, duas das redes sociais mais acessadas, também conquistaram bons resultados por conta dessa tendência.

Dados coletados pela Deezer, marca de streaming de áudios concorrente do Spotify, mostram que cerca de 50% das pessoas passaram a ouvir mais música no contexto da pandemia. O próprio YouTube aponta que algumas lives brasileiras, como a de Marília e outros sertanejos, como Gusttavo Lima e Jorge e Mateus, figuraram entre as mais vistas no mundo.

O Instagram também disponibiliza lives como alternativa. Seguidos por milhares ou milhões de pessoas, artistas incentivaram eventos digitais, engajando usuários a nível nacional e global. O resultado desse movimento foi extremamente positivo para as empresas.

Zoom

Seria fácil dizer que a Zoom apenas aproveitou uma oportunidade que caiu do céu. Afinal de contas, uma quantidade surreal de eventos deixou de acontecer presencialmente, e milhões de pessoas passaram a, de repente, precisar de uma alternativa, no ambiente online, para dar sequência a projetos de diferentes âmbitos.

A própria companhia publicou que houve um crescimento de 355% na sua receita do segundo trimestre de 2020, superando de longe a estimativa inicial para o período — US$ 663,5 milhões.

Conforme observamos, o lucro de eventos online é uma das melhores e mais rentáveis alternativas durante o período de pandemia. Não se sabe quando a Covid-19 estará controlada, mas existe um fato: boa parte dos hábitos mudaram e, de quebra, algumas rotinas do ”velho normal” jamais voltarão a ditar o ritmo.

O novo coronavírus já afetou, afeta e afetará todas as empresas de uma forma ou de outra. A diferença está na resposta positiva que algumas darão para se reinventar e sobreviver no mercado, buscando soluções inovadoras em um universo de transformação digital cada vez mais feroz.

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