Não é segredo para ninguém que o mercado em todas as áreas está passando por uma transformação. O que já deu certo, às vezes não funciona mais.
A crescente evolução digital mudou a forma como as pessoas trabalham, pensam e se relacionam entre si. Se ainda houver dúvidas sobre essa transformação basta olharmos a evolução do mercado automobilístico e musical:
A evolução do carro
A evolução da música
No meio jurídico não é diferente. Talvez por questões burocráticas, o universo jurídico tenha demorado um pouco mais para entender a real necessidade dessa evolução. Porém, hoje caminha a passos largos, com startups em várias áreas, como mediação de conflitos, contratos, sistemas de gestão, Jurimetria, etc. Sistemas que buscam agregar valor para o mercado com inovação e qualidade.
Um bom exemplo da transformação digital na área jurídica é a evolução das intimações referente aos Diários de Justiça eletrônico, que há um tempo eram em papel impresso, depois passaram a ser disponibilizados em pdf e, atualmente, estamos falando de intimação por WhatsApp.
Outro bom exemplo são os processos. Hoje, o Brasil possui mais de 102 milhões de processos, 51% deles já são eletrônicos. Impossível dizer o mercado jurídico não está se transformando.
Escuto muito dizer que toda essa evolução vai acabar com algumas profissões/empregos, mas não é bem assim. Não é a Amazon que atrapalha o mercado varejista, e sim o mal serviço e experiência do cliente fornecida por alguns profissionais. Não é a Netflix que atrapalha as locadoras, e sim o modelo engessado e cobranças de multas de algumas prestadoras.
Mediante a toda essa evolução, podemos dizer que o mercado na advocacia vai se transformar e que advogados e profissionais que atuam no ramo vão ter que acompanhar, estruturar e, em alguns casos, se reinventar.
Tarefas que hoje são operacionais e que demandam um grande esforço tendem a ser substituídas por sistemas que operam com maior precisão, garantindo mais eficiência na entrega dos serviços.
Isso não significa que essas pessoas ficarão sem seus empregos, e sim que vão ter que sair da zona de conforto e buscar evoluir para continuar no mercado. Como, por exemplo, o mercado de advogados correspondentes, que atuam para extração de cópias e protocolo: como vão atuar quando todos os processos forem no âmbito digital? Com certeza vão ter que se reinventar.
Quem não ainda não começou, sugiro que comece rápido.
Os modelos de advocacia
Temos 3 modelos de advocacia: advocacia 1.0 ; advocacia 2.0 e advocacia 3.0
Advocacia 1.0
Aquela advocacia antiga e sem ferramentas adequadas, lenta e minuciosa. Com boa qualidade, mas pouca produção e carisma.
Advocacia 2.0 (de transição)
Adota ferramentas eletrônicas como banco de jurisprudência e arquivos online.
Advocacia Digital 3.0
Escritórios com equipes de alta performance que adotam prospecção de clientes pelo marketing jurídico digital de conteúdo rico e orgânico, utilizam sistemas de automações e são focados na experiência do cliente.
Em um mercado que não para de crescer (já são 1,1m de advogados segundo a OAB) e se modernizar, qual estilo de advocacia vai prevalecer daqui 5 anos?