Os efeitos negativos da crise causada pelo novo coronavírus são sentidos desde que a contaminação começou a se espalhar pelo mundo. Não tem jeito: é impossível escapar ileso desse cenário inesperado e ainda um tanto desconhecido por todos nós.

A relação entre a pandemia e o mercado imobiliário também causou grandes mudanças no futuro do setor. Assim como outras áreas, ele precisou se adaptar com muita velocidade a uma série de novas exigências e práticas.

Segundo profissionais, os preços de venda e locação de imóveis tendem a diminuir durante e após o período da crise. A mesma pesquisa indica aumento considerável na procura por renegociação de valores em diversos moldes. Os problemas, portanto, precisam ser bem diagnosticados visando a minimização dos prejuízos. Continue lendo o post e saiba mais sobre o impacto da pandemia no mercado imobiliário.

Pandemia no mercado imobiliário: expectativas

As estimativas para o setor eram bastante otimistas no começo de 2020. No entanto, não demorou até que as incertezas surgidas com a pandemia colocassem as previsões em xeque. Uma demanda que inicialmente apresentava tendência de alto crescimento agora volta a ser baixa.

A partir da redução da taxa Selic e da recuperação positiva do crédito imobiliário, a ideia era de que a confiança dos consumidores subiria, mesmo que em um processo lento. A queda da Selic, inclusive, jogou os juros de financiamento para o nível mais baixo de todos os tempos.

O impacto da crise econômica obriga muitas pessoas a, sem saída, buscarem alternativas como a renegociação de valores de aluguéis. Algumas das consequências diretas da pandemia no mercado imobiliário são a queda gritante na quantidade de imóveis comprados e os estoques cada vez maiores nas construtoras, já que há menos lançamentos.

Falando em construção civil, um número exemplifica bem a situação: era esperado um crescimento de 2,9% no PIB do ramo em 2020, mas o cenário passa a apontar para uma redução de 3,9% (e com perspectiva de resultados ainda menores).

Pensando no médio prazo, conforme o resto da economia se alinha aos poucos (talvez em 2021), existem outras prioridades antes da compra de imóveis. Afinal de contas, é necessário estabilidade para esse tipo de investimento.

Portanto, o setor imobiliário deve concentrar esforços para garantir a maior estabilidade possível. Estima-se que o período atual é propício para investimentos, já que, diante da necessidade, muitos podem fechar negócios envolvendo ativos imobiliários por valores abaixo do ideal.

Possibilidades de crescimento

O crescimento do mercado imobiliário, vale ressaltar, tende a acontecer depois da afirmação de fundos e ações corporativas. Como já ocorreu na sequência de outras crises econômicas, a valorização dos ativos se dá de maneira natural. Nesse cenário, o setor precisa estar preparado para encarar as chamadas ”bolhas”.

Ao contrário do que aconteceu entre 2014 e 2016, entretanto, não se espera que as bolhas surjam após a pandemia. Afinal de contas, depois da eclosão do novo coronavírus, os preços não subiram; ou seja, o processo de formação das bolhas sequer começou. Trata-se de um risco a menos, mas é sempre importante manter o olho aberto contra riscos desse tipo.

Consumidores e profissionais: mudanças

Por mais que não se possa considerar o contexto atual assertivo, já houve evolução entre o estopim da pandemia e as semanas posteriores. O número de conversões relacionadas a negócios concretizados segue estagnado, mas o funil de compras e locações já está mais robusto, com mais consumidores em potencial.

Para entender o impacto amplo da pandemia no mercado imobiliário, é importante observar a perspectiva dos dois lados: do consumidor e do profissional. Confira a seguir.

O que se nota na comparação entre eles?

Estratégias online ganharam ainda mais poder com as pessoas ficando em casa e, sobretudo, trabalhando em home office. Segundo uma pesquisa do grupo ZAP, saem na frente os que proporcionam visitas virtuais e demais soluções tecnológicas para que potenciais compradores averiguem a fundo o local, bem como sua vizinhança.

Responsáveis pelo mercado imobiliário têm na publicação de imagens profissionais a prática mais usual de captação de clientes. Em outro modelo de comparação, nota-se um crescimento exponencial na quantidade de clientes procurando por mais alternativas de imóveis nos endereços online de imobiliárias, por exemplo.

Na mesma linha, houve curva ascendente no número de profissionais promovendo transmissões de vídeo atuando como visitantes de imóveis. O contrato digital também ganhou relevância, em especial para os consumidores em busca da compra — 20% contra 8% de quem quer alugar.

O formato ”Tour 360º” é outra prática que caiu no gosto dos compradores de imóveis, com pequena vantagem em relação aos locatários — com 38% a 33%.

O que muda especialmente para os consumidores?

Vamos analisar melhor o comportamento dos clientes. Afinal, é importante conhecer os resultados para definir estratégias a partir de agora, principalmente para entender os efeitos da pandemia no mercado imobiliário. 

Ainda de acordo com a pesquisa citada acima, cerca de 34% das pessoas buscam um imóvel que não supere os R$ 400 mil. Vale ressaltar a alta quantia de interessados em aluguéis, evidenciando a incerteza do momento durante a crise econômica. Quando se fala em locação, inclusive, o público não parece disposto a ultrapassar a casa dos R$ 3 mil mensais, com uma parcela considerável querendo investir no máximo metade disso.

Das pessoas entrevistadas, 85% diz sair de casa apenas quando é muito necessário durante a pandemia. Então, existem motivos pelos quais o setor imobiliário deve se preocupar em buscar uma reinvenção para atrair consumidores mesmo no contexto de tantas dúvidas.

A insegurança financeira e a impossibilidade de visitar os imóveis, com respectivamente 18% e 16%, representam as principais razões para mudanças nos procedimentos de pesquisa. Quando se aborda apenas os interessados em comprar e não alugar, o impacto das questões financeiras sobe para 21%.

Considerando o cenário que está por vir, fica muito clara a necessidade de investimentos inteligentes em tecnologia para evitar prejuízos em curto prazo, sem deixar de pensar no crescimento mais à frente. E, o  Bloco traz inovação e transformação digital para você driblar o impacto da pandemia no mercado imobiliário, com um acompanhamento exclusivo em toda a jornada.

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Eduardo Barbosa

Profissional com mais de 25 anos de experiência em finanças, desenvolvimento de negócios, reestruturação e mudança organizacional. Como CEO da Brognoli Negócios Imobiliários desenvolve trabalhos com forte impacto no segmento imobiliário, atuando com foco em processos de transformação digital e crescimento acelerado. Nos últimos anos, Eduardo também tem ajudado novos empreendedores com mentoring, palestras, artigos, conselhos e conexões, buscando viabilizar a escalabilidade destas. Tem uma intensa e longa experiência como professor na área de mercado de capitais e Economia Comportamental.

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O Bloco é uma iniciativa da Brognoli para a inovação do Mercado Imobiliário. O Bloco nasceu com o objetivo de auxiliar empresas do setor imobiliário a desenharem novas propostas de valor e experiências positivas para os consumidores por meio de conexões entre o ecossistema de inovação.