Com as recomendações de isolamento social a fim de impedir a disseminação desenfreada do novo coronavírus, o segmento de produção de eventos foi fortemente atingido.
Inclusive, com inúmeras ações presenciais de grande porte programadas para o ano de 2020 sendo canceladas ou adiadas. Em meio a esse cenário de grande impacto negativo sobre as receitas, no entanto, uma solução parece despontar como a “tábua de salvação”: o evento online pago.
Isso porque o setor — em maioria composto por microempresas, MEIs e empresas de pequeno porte, vale dizer — se viu diante de circunstâncias que exigiram a adequação do seu modelo de negócio ao que chamamos comumente de “novo normal”.
Assim, com o intuito de driblar os efeitos da crise e evitar o encerramento das operações, a migração de eventos para o meio digital, monetizando-os, parece a alternativa perfeita para se recuperar e sobreviver na nova realidade de mercado.
Por essa razão, neste artigo, vamos falar sobre como transformar um evento online pago em uma fonte de geração de receitas para as empresas do ramo e acerca da tendência de manutenção do modelo nos próximos anos. Acompanhe!
Como um evento online pago pode ser uma alternativa inteligente?
Inicialmente, os eventos digitais são vistos como um desafio pelos empreendedores do setor, principalmente pela questão da lucratividade. No entanto, ao decorrer da pandemia do novo coronavírus, pudemos verificar que essa “passagem” para o meio virtual, vieram para ficar.
Sendo assim, a aposta é de que essa nova modalidade não perderá espaço mesmo com a retomada de ações presenciais.
Um grande sinal da permanência dessa tendência, inclusive, é a decisão de grandes corporações do segmento, como a multinacional GL Events Brasil, por manter estúdios fixos em funcionamento mesmo após o período de pandemia.
A ideia é alocá-los por meio de contratos de maior vigência para a utilização pontual por empresas que têm como propósito elevar o engajamento do público ao longo do ano.
Além disso, apesar de já possibilitar uma grande economia ao dispensar investimentos em estruturas enormes e em uma força de trabalho, um evento online pago, como afirmado na introdução, pode, sim, ser uma poderosa fonte de receita para os empreendedores mais receptivos à inovação.
Afinal, existem plataformas especializadas nesse formato e que abrangem diversos tipos de público. Assim é possível oferecer ferramentas personalizadas e gateways que permitem diversas formas de pagamento, monetizando conteúdos digitais diversos.
O que considerar ao monetizar eventos online?
Bem, antes de abordar qualquer outro ponto, é necessário reforçar as peculiaridades do momento em que vivemos. Segundo dados do IBGE, diante do cenário de pandemia, as taxas de desemprego batem recorde no país.
Esse dado já é um indicativo de que é preciso ponderar os valores a serem cobrados nos eventos online pagos, lembrando, claro, que também é recomendável identificar o público-alvo (nesse caso, os espectadores que se busca atingir).
Portanto, procure manter um equilíbrio entre a análise do valor agregado e o estudo daquele que a sua audiência pode custear.
Quais são as estratégias de precificação mais comumente empregadas?
Em tópico anterior, mencionamos o surgimento de um novo nicho: as plataformas de transmissão de conteúdos digitais — não necessariamente ao vivo. Nesse formato, é viável manter uma espécie de “canal por assinatura”, entregando materiais em vídeo.
Assim, similar ao sistema de pay-per-view, uma plataforma personalizada pode ser criada, incluindo a sua identidade visual, e vários meios de pagamento são disponibilizados aos assinantes. No entanto, ainda há outras estratégias que podem ser boas apostas, como a busca por patrocinadores.
Nesse caso, esses patrocinadores desempenham o papel de parceiros, sendo realmente partes do seu evento online pago. Logo, é importante pensar em como incluí-los, por exemplo, promovendo-os nas mídias sociais, inserindo anúncios nos intervalos da sua programação, utilizando a sobreposição de logotipos etc.
O fundamental é descobrir, entre as possibilidades de monetização, aquela que faz mais sentido para o público-alvo e para o conteúdo digital a ser trabalhado.
Isso porque, como falamos, de fato, o evento online pago tende a continuar em alta, mas, para preservar a sua relevância, é necessário promover uma experiência positiva aos participantes.
Sendo assim, também é imprescindível ter em mente que a inovação não está apenas em adotar os recursos digitais, mas, principalmente, em saber fazê-lo com excelência.
Logo é possível tornar a vivência da audiência em algo efetivamente híbrido e imersivo, funcionando como uma extensão do “toque humano” experienciado no universo off-line.
Conclusão
Podemos concluir, portanto, reforçando a ideia de que nada indica que o evento online pago ficará para trás após o período de pandemia do novo coronavírus — pelo contrário.
Se bem-feito, esse formato muito mais flexível pode funcionar como uma poderosa fonte de geração de receitas para o setor. Assim, se souberem tirar proveito disso, ampliando os espaços de atuação, representa uma chance de alcançar maior destaque no segmento e uma posição de liderança no mercado.
Este artigo sobre a migração do setor de produção de eventos para o meio digital foi útil? Se quiser acessar outras publicações relacionadas aos reflexos da transformação digital visite o nosso portal!