Biohacking é a combinação da biologia com hacking que vai revolucionar o futuro. É uma maneira de os indivíduos modificarem seus corpos para alcançar determinados objetivos. Às vezes, esse hack é tão simples como tomar um suplemento nootrópico todos os dias para aumentar sua capacidade cognitiva.

Outros métodos mais avançados de biohacking incluem a instalação de um aprimoramento do corpo. Em alguns casos, o biohacking se refere a cientistas que pesquisam sequenciamento genético para identificar genes com as qualidades mais positivas.

Portanto, biohacking é um termo que poucas pessoas ouviram falar. No entanto, à medida que a tecnologia moderna cresce, ele se torna cada vez mais popular. Por isso, fizemos um pequeno guia para que você entenda o que está por trás dessa nova tendência.

O que é Biohacking?

O significado mais comum quando as pessoas usam o termo biohacking é usar as ferramentas de biologia molecular e engenharia genética para modificar geneticamente uma bactéria, fermento, planta, célula animal ou organismo. Ele é frequentemente usado, alternadamente, entre biohacking e fazer DIYBio (Do-It-Yourself Biology).

Algumas pessoas também usam a palavra para descrever a alteração de algo em seus corpos ou sobre eles (embora isso seja menos comum e, às vezes, algumas reivindicações podem ser espúrio, aumentar o QI, redução dramática de peso ou outras potencialmente infundadas cientificamente).

Há ainda os hackers que modificam o próprio corpo e são chamados de grinders. São pessoas que se definem por estar dispostas a implantar dispositivos ou, de outra forma, alterar através de medicamentos ou cirurgia seus corpos para fornecer funções adicionais. Vamos explicar essas três vertentes a seguir:

Genética

Na primeira linha do biohacking, temos a modificação de alimentos e organismos com a finalidade de fazer com que eles produzam substâncias que podem ser úteis ao homem.

Essa manipulação genética já é relativamente antiga e proporcionou a ampliação e o sucesso do tratamento da diabetes com insulina secretada por bactérias, por exemplo.

Porém, querem levar essa ideia para outro nível. Há cientistas que querem povoar a nossa flora intestinal com bactérias que produzem fluoxetina, o antidepressivo mais receitado em todo o mundo.

Com isso, espera-se que os pacientes recebam uma dose mais adequada e dispensem o uso de medicamentos, que podem ser esquecidos ou abandonados por causa dos efeitos colaterais.

Superação

No segundo caso, temos o biohacking, que tem como objetivo fazer com que superemos nossos limites biológicos, mas nem sempre envolvem muita tecnologia. Um exemplo são os chamados suplementos nootrópicos, que são fitoterápicos ou alotrópicos cuja ação no sistema nervoso central aumenta a inteligência e a memória dos indivíduos.

Muitos universitários inadvertidamente têm tomado remédios, como a ritalina, para aumentar o desempenho das notas. Porém, a grande maioria toma suplementos à base de ervas naturais, como o ginseng e gingko biloba.

Outra possibilidade de biohacking é o uso de dietas mais extremas para controle de peso. É o exemplo do jejum intermitente, no qual a pessoa assume um regime em que fica, pelo menos, 12 horas de jejum e se alimenta principalmente de alimentos ricos em proteínas e gorduras, mas pobres em carboidratos.

Modificações

O terceiro tipo de biohacking é o mais emblemático. Geralmente, as pessoas fazem mudanças corporais radicais. Eles pertencem ao movimento DIY, no qual os grinders fazem as modificações no corpo. Os exemplos são variados:

  • um estudante da Universidade da Califórnia fez uma cirurgia em si mesmo para implantar um imã em seu dedo. Por quê? Ele gostaria de sentir na pele como o magnetismo funciona;
  • outro grinder resolveu injetar em seus próprios olhos uma substância que absorvia melhor a luz. Com isso, ele conseguiu ficar cerca de 20 dias capaz de enxergar no escuro.

No entanto, não é somente dessas modificações corporais duvidosas que está o futuro do biohacking. Na medicina, têm sido desenvolvidas várias soluções para melhorar a vida das pessoas.

Por exemplo, para auxiliar os deficientes físicos com dificuldade para andar são criados exoesqueletos metálicos que ajudam no suporte do corpo, substituindo a força muscular perdida.

Como o biohacking pode ser aplicado em nossas vidas?

Mini-laboratório de análises clínicas sob a pele

Os pesquisadores do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne (EPFL) desenvolveram um dispositivo implantável que eles esperam usar para testes de sangue. O implante usa cinco sensores, um transmissor de rádio e um sistema de energia básico.

Cada sensor é revestido com uma enzima específica, permitindo que o dispositivo monitore substâncias no corpo (lactato, glicose e ATP). Uma vez que o sangue for analisado, o implante transmite esses dados para o patch via Bluetooth. Essa informação pode, então, ser enviada a um médico por uma rede celular para análise posterior.

Bússula implantada

Ao contrário de muitos desses outros biohacks implantáveis, esse é o North Sense, um modelo “exo-sense”, o que significa que a unidade é implantada na superfície da pele. É anexado especificamente ao tórax.

Uma vez lá, tem um propósito bastante básico: como o nome sugere, o dispositivo vibra suavemente sempre que o usuário está voltado para o norte magnético.

Implantes RFID

Os implantes RFID e NFC são outros biohacks extremamente populares. A maioria das pessoas escolhe ter esses implantes colocados na parte de trás da mão, diretamente entre o polegar e o dedo indicador ou ao longo do pulso.

Uma vez inseridos, esses chips podem ser usados para vários fins de identificação, entre outras funções. Eles podem substituir muitas das nossas chaves e senhas, o que nos permite usar para desbloquear portas, ligar veículos e até logar computadores e dispositivos inteligentes.

Agora que você já conhece um pouco mais do biohacking, ficou com vontade de experimentar algumas dessas novidades? Claro que determinadas modificações corporais podem parecer exageradas, porém há os avanços que estão aí para melhorar a nossa qualidade de vida.

Portanto, não temos medo de afirmar que certamente o biohacking fará parte de nossas vidas no futuro. Basta esperar ele chegar para ver se nossas expectativas se tornarão realidade.

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