Muitas nações vêm tentando acelerar o desenvolvimento das smart cities, aproveitando o oceano de dados que está disponível em todas as áreas. Segundo uma projeção do Gartner, até 2050, o mundo terá 50 bilhões de dispositivos conectados!

Para uma cidade se tornar smart, é preciso que ela esteja em um constante ciclo de inovação e interação, nunca perdendo de vista que a razão final de tanta tecnologia é promover o bem-estar de seus cidadãos, oferecendo serviços públicos de maior qualidade e harmonia social.

Partindo desses requisitos, já existem projetos de cidades inteligentes em diversas partes do mundo nas áreas de transportes, coleta de resíduos, energia, água e edificações urbanas. Hoje você vai conhecer algumas propostas pioneiras que prometem acelerar o desenvolvimento das smart cities pelo mundo!

As smart cities na era dos negócios digitais

Muito além da tecnologia por si mesma, o conceito de smart city passa pela ideia de usufruir das inovações tecnológicas para desenvolver um meio urbano eficiente, que encontre um equilíbrio entre competitividade, sustentabilidade, gestão de dinheiro público e preenchimento das necessidades da população.

Foi por meio dessa tese que foi criado o modelo “smart”, que divide a cidade em infinitos componentes lógicos, de forma a facilitar a intervenção estratégica no espaço público. O objetivo é fazer da informação o instrumento, e da tecnologia o meio para vencer os desafios das grandes aglomerações urbanas.

Sistemas de aquecimento solar (painéis fotovoltaicos) nas residências, análise do volume dos reservatórios de água por meio de sensores, gestão eletrônica de coleta e reaproveitamento de resíduos… poderíamos citar aqui dezenas de iniciativas de sucesso, muitas das quais servem de marco para uma ressignificação integral da forma de gerir um município.

Como as smart cities estão sendo impulsionadas por governos e empresas

Barcelona

A prefeitura Barcelona vê hoje nas ruas o fruto de um trabalho de quase 30 anos de implementações tecnológicas: todo o modelo de cidade inteligente da capital catalã tem base nos 500 km de cabos de fibra óptica que correm dentro do município.

As implementações começaram com a interligação de apenas dois prédios com os primórdios da fibra óptica. Atualmente, no entanto, Barcelona dispõe de um projeto de vanguarda na fusão entre tecnologia e bem-estar social, destacando-se especialmente seu modelo de tráfego inteligente, um ótimo exemplo de como acelerar o desenvolvimento das smart cities por meio de sensores que consigam resolver alguns dos principais problemas das grandes metrópoles.

A cidade catalã instalou uma rede de dispositivos nos estacionamentos do município, de modo que seus veículos, também conectados por meio de aplicativos específicos, alertam os motoristas sobre os locais com vagas disponíveis.

Todo o gerenciamento da compra dos chamados parking cards também é feito por meio do mesmo aplicativo garantindo que os cidadãos ganhem tempo e mobilidade para se deslocar na cidade. Imaginou se esse recurso estivesse disponível em sua região?

Songdo (Coreia do Sul)

slogan da cidade, construída em torno de um aeroporto, é “A 3 horas e meia de 1/3 da população mundial.” O projeto inovador sul-coreano para acelerar o desenvolvimento das smart cities no país começou em 2003, concentrando-se especialmente nas questões da mobilidade urbana e interação com o meio ambiente.

Entre 2005 e 2013, o governo já investiu cerca de US$ 80 bilhões nesse projeto futurista, que tem como objetivo mudar definitivamente os paradigmas da sociedade sul-coreana, bem como mostrar ao mundo que o país está na vanguarda quando o assunto é “reorganização da vida urbana por meio da tecnologia”.

A título de curiosidade, entre as ações, a prefeitura de Songdo instalou microdispositivos subterrâneos que identificam as condições atualizadas do trânsito e reprogramam toda a rede de semáforos da cidade. Há também um lago abastecido com água do mar, cujos sensores ajudam a manter a umidade equilibrada sem desperdiçar água potável.

Santa Ana (EUA)

A cidade-sede do condado de Oregon encontrou na micropurificação uma solução inteligente contra o desperdício de água. Investindo intensamente em pesquisas tecnológicas (diretamente e por meio de programas de incentivo à iniciativa privada), a região equipou toda sua rede de tratamento de água e esgoto com dispositivos dotados de emissores de raios ultravioletas, os quais eliminam do volume de água já utilizado pelos cidadãos até mesmo os mais resistentes protozoários e bactérias.

O resultado é o abastecimento completo dos 330 mil habitantes com água oriunda de micropurificação. Estima-se que cerca de 260 milhões de litros deixam de ser desperdiçados anualmente.

4 formas de acelerar o desenvolvimento das smart cities

01. Engajar sua vizinhança/condomínio em projetos ligados ao contexto das cidades inteligentes

Já ouviu falar no dito popular “antes de mudar o mundo, é preciso mudar sua própria casa”? Pois bem, não se trata aqui de transformar sua residência, mas especificamente seu condomínio ou sua vizinhança, propondo a criação de soluções que, com base na análise de dados, tornem o aproveitamento de recursos na comunidade muito mais racional.

Que tal um sistema de luzes externas cuja energia seja gerada pelo próprio fluxo de pessoas ao redor da área comum? Ou um sistema energético interno que use a própria incidência dos raios solares no edifício para prover a energia de todos os apartamentos? Sua iniciativa também pode acelerar o desenvolvimento das smart cities!

02. Propor soluções baseadas em TI à sua prefeitura para solução dos problemas da cidade

Por que todas as câmeras externas particulares dos edifícios não podem ser integradas aos sistemas de segurança pública, a fim de ampliar o monitoramento em tempo real da cidade? A implementação de um simples aplicativo, que possibilite descobrir onde está cada ônibus que circula na cidade, também pode tornar sua região menos analógica e mais adequada ao novo milênio!

Esses projetos já começam a ser implementados em diversas cidades brasileiras e podem ser propostos por você junto ao seu prefeito!

03. Participação em workshops/mesas redondas sobre smart cities

No mês de abril de 2018, a cidade de São Paulo hospedará o Smart City Business America Congress & Expo. Assim como esse, outros muitos eventos vêm sendo realizados no país para discutir a necessidade de estar preparado para o mundo na era da Internet das Coisas (IoT) e como o Estado pode aproveitar a chamada 4ª Revolução Industrial para prover serviços mais interativos e eficientes à sua população.

04. Auxiliar na base de dados de aplicativos que visam propor soluções inteligentes para sua cidade

Uma cidade inteligente não se constrói sem dados; estes dados, por sua vez, devem ser extraídos de sua população. Dessa forma, se você quer ver seu município mas interativo e com inovações para resolver os desafios da cidade, é preciso participar dos projetos sobre o tema, criados pelo Estado e/ou pela iniciativa privada.

Previsão de tendências para smart cities em um futuro próximo

Em algumas cidades dos Estados Unidos, até os postes de iluminação pública são conectados a sensores, que transmitem informações em tempo real sobre o consumo de energia e, inclusive, estão aptos a emitirem avisos em caso de furacões.

Em Singapura, a técnica de purificação da água (já citada aqui) é usada até mesmo nos vasos sanitários. Isso sem falar nas inúmeras cidades que já controlam seu sistema de tráfego por meio de dispositivos baseados em Internet das Coisas (IoT). Tudo isso é tendência em smart cities em um futuro muito próximo de nós.

Quer se aprofundar ainda mais nas reflexões sobre como acelerar o desenvolvimento das smart cities? Então, continue conosco e leia mais sobre Smart Cities: como a Transformação Digital pode melhorar as cidades?

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