Com os avanços das tecnologias de carros autônomos, a expectativa é de que as pessoas mudem não somente seus hábitos cotidianos, mas também seus planejamentos de transporte de longas distâncias. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fast Company, as preferências de viagens dos consumidores podem ser influenciadas pelos sistemas de condução autônoma, fazendo com que as companhias aéreas encontrem um potencial desafio pela frente.

Apesar da maioria das pessoas escolherem voar em vez de dirigir por diversas horas, o estudo revela que se houvesse a possibilidade de escolher entre aviões e carros sem motoristas, os consumidores selecionariam a segunda opção. Mesmo demorando mais horas, a escolha pelo transporte terrestre se daria pela possibilidade de comer, beber, trabalhar, dormir e parar a viagem quando necessário. Além disso, os consumidores afirmam que poderiam levar o que quisessem nas bagagens e não precisariam alugar carros ao chegar em seu destino.

Opinião dos consumidores

A pesquisa, feita nos Estados Unidos, mostra que o público gosta da rapidez com que os voos podem atravessar grandes distâncias, mas se sente incomodado pelas verificações de segurança, atrasos, riscos de perder bagagem e as longas filas dos aeroportos.

No estudo, a Fast Company mostrou às pessoas viagens de diferentes distâncias, pedindo que os entrevistados escolhessem se prefeririam dirigir, pegar um avião ou um carro autônomo. Em geral, os dados indicaram que as pessoas prefeririam veículos sem motoristas.

Em viagens curtas, dois terços das pessoas escolheram dirigir sozinhas. O número também não variou quando foi oferecido um carro autônomo, a menos que fosse necessário alugar um carro na cidade de destino. Nesses casos, quase três quartos das pessoas optariam por veículos sem motoristas a aviões. Com viagens mais longas, os entrevistados ficaram cada vez mais propensos a escolher os aviões, mas os carros autônomos se mantiveram em sua zona de interesse.

Como isso poderia afetar as companhias aéreas?

Perder clientes reduziria a receita das companhias aéreas, claro. Com menor rendimento, provavelmente as empresas diminuiriam seus serviços. O problema não seria apenas os clientes que escolheriam os carros autônomos, mas também os passageiros que poderiam dividir as viagens entre os veículos sem motoristas e os aviões, o que reduziria ainda mais a receita.

Para os especialistas, essas mudanças podem afetar a indústria da aviação com consequências importantes: companhias encomendando menos aviões das fabricantes, aeroportos com menos voos diários, menores lucros de estacionamentos e até hotéis próximos a aeroportos hospedando menos pessoas. Isso significa que, apesar do futuro dos carros autônomos ser interessante para os consumidores, o futuro dos voos comerciais pode estar em perigo.

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