Ainda estamos vivendo os impactos da pandemia de Covid-19, mas, passados quatro meses do início do isolamento social e de uma série de mudanças emergenciais, já é possível avaliar quantas delas serão permanentes. É certo que todos os setores da economia foram atingidos com força, mas o varejo está entre os que devem passar por transformações mais profundas.

Inicialmente, porque terá pela frente o desafio de se adaptar à consolidação do comércio eletrônico. O Brasil conta, hoje, com diversas empresas que navegam bem pelos ambientes físicos e digitais, e outras tantas somente digitais. As primeiras terão que fazer um novo balanço de seus canais, dando mais ênfase aos ambientes online. As segundas saíram na frente, mas, neste momento, precisam reforçar suas estruturas para garantir a continuidade da experiência de seus clientes em momentos de alta demanda.

Nesta fase de adaptação, o maior problema está na ponta dos pequenos e médios varejistas. Muitos deles nunca sequer haviam cogitado o uso de meios digitais e, de uma hora para outra, terão que se adaptar a esse novo mundo, desenvolvendo capacidades, habilidades e funcionalidades que lhes permitam começar a operar no mundo digital antes que seja tarde demais. Não se trata mais de opção, mas de sobrevivência.

Até aqui estamos falando de tecnologia. Não que seja simples, mas é uma questão de equilibrar orçamentos com a aquisição das soluções necessárias. As ofertas em nuvem estão aí para facilitar essas escolhas, oferecendo ao mercado uma série soluções que permitem transferir um negócio para a internet em pouquíssimo tempo.

O grande desafio que o varejo terá que enfrentar nos próximos meses, ou anos, será cultural. Todas as empresas que citamos acima terão que lidar com um novo perfil de consumidor, mais exigente, menos leal e mais ávido por experiências que satisfaçam não apenas seus desejos de consumo, mas também seus propósitos. Muitas dessas novas características estão sendo reforçadas pelo isolamento social que vivemos hoje.

Para conquistar esse novo consumidor, muitas empresas estão em busca de meios para escalar seu negócio em dias ou semanas, ao invés de meses ou anos. É a única forma de atender, da mesma forma, diferentes grupos de consumidores com mais ou menos intimidade digital.

Neste momento, todos somos digitais. É agora que o uso do open source ganha força. O código aberto permite a todas as empresas terem acesso às tecnologias mais avançadas sem, no entanto, prenderem-se a um único fornecedor. Não deixa de ser uma nova perspectiva. O contexto atual pede respostas novas em todos os âmbitos, e adotar open source é uma nova resposta para novos desafios.

 

Cristiana Maranhão

Com mais de 20 anos de experiência, Cristiana é uma líder centrada no cliente e que se conecta com o crescimento de pessoas e negócios. Ela passou os últimos anos na Oracle, SAP e mais recentemente na SAP Ariba. Possui experiência nos setores: CPG, Mineração, Petróleo e Gás, Mídia, Telecom e Logística, e trabalhou com as 300 maiores empresas da América Latina.

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