Os robôs estão auxiliando médicos e outros profissionais da saúde a economizar tempo, reduzir custos e encurtar o tempo de recuperação de seus pacientes. Hospitais e consultórios em todo o mundo já estão utilizando sistemas automatizados na execução de diversas tarefas.

Uma das aplicações mais comuns das máquinas em ambientes hospitalares tem sido a entrega de remédios e refeições aos pacientes, além do transporte de equipamentos médicos para diferentes laboratórios. Porém, os robôs também podem ajudar em tarefas complexas, como cirurgias de diferentes tipos.

Sobre o assunto, sua participação em cirurgias pode variar desde o auxílio na estabilização das ferramentas do cirurgião até realização de todo o procedimento autonomamente. Ainda assim, hoje, o mais comum sistema de cirurgia robótica permite que o cirurgião opere equipamentos por controle remoto para direcionar instrumentos em minúsculas incisões.

Outra aplicação dos robôs que tem mostrado resultados positivos é a de servirem como cuidadores, principalmente para pessoas idosas. Com o envelhecimento da população mundial, a demanda por assistência com tarefas básicas vem aumentando, o que abre espaço para atuação de robôs capazes de auxiliar na higiene, alimentação, locomoção, entre outros aspectos do cotidiano.

Como pode se ver, a presença dos robôs na saúde pode ser bastante útil, mas isso não significa que os pacientes estejam prontos para eles. Pesquisas apontam que a complexidade da cirurgia tem impacto na aceitação ou não dos robôs por parte das pessoas. Segundo um estudo publicado pela The Conversation, dois terços dos entrevistados disseram que não gostariam de ter robôs lidando com procedimentos mais invasivos, como um canal radicular. Além disso, 32% disseram que recusariam limpeza e clareamento feito por máquinas.

Apesar da aparente rejeição por parte dos pacientes, o preço dos procedimentos tem impacto em sua decisão final. Ao serem informados de que um procedimento robótico custaria metade do valor, 83% das pessoas afirmaram que aceitariam limpeza e clareamento robótico.

De acordo com as informações, a maior preocupação dos participantes do estudo foi a possibilidade dos robôs apresentarem falhas e causarem dados físicos: um receio que tem fundamento. A Food and Drug Administration, que supervisiona os serviços de saúde nos Estados Unidos, está investigando casos de mau funcionamento em cirurgias robóticas. Um levantamento descobriu que cerca de 3% das cirurgias realizadas entre 2005 e 2014 apresentaram problemas, sendo que, desses, 21% estavam relacionados a falhas robóticas.

Para resolver o problema, um dos investimentos na área para os próximos anos deve ser na capacitação de operadores de equipamentos de cirurgia robótica, já que ainda não há padrões industriais ou profissionais para treinamentos. Atualmente, diversos médicos recebem somente instruções online e poucas sessões presenciais.

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