A realidade virtual e aumentada é um dos temas mais empolgantes da transformação digital. Normalmente, ela costuma ser logo relacionada ao mundo dos jogos, mas você vai notar, nesta postagem, que os detalhes mais interessantes sobre o assunto vão muito além.
Na medicina, nos treinamentos e, de modo geral, na criação de uma nova e estimulante experiência do cliente, é que a temática realmente mostra-se apaixonante. Então, vamos logo ao que interessa, começando pela descrição das tecnologias.
O que é realidade virtual e aumentada?
Os dois recursos são facilmente diferenciados porque a realidade virtual oferece uma simulação digital de uma realidade imaginária. Ela é baseada ou não em algo real. Pode representar a simulação de uma guerra com marcianos em um jogo de batalha, por exemplo.
Já a realidade aumentada integra elementos virtuais como uma sobreposição a uma imagem do mundo real. Ela ajuda a compreender e possibilita interagir com tal realidade de uma maneira que não seria possível de outra forma.
Entenda melhor, a seguir, cada uma delas, separadamente.
Realidade virtual
Como dissemos, a realidade virtual é a uma simulação de uma situação real ou não. Ela é gerada por meio de um software, dando a impressão de que o usuário do programa está diante de algo que existe.
O recurso é capaz de imergir o usuário em um ambiente projetado. Por meio do uso de viseiras ou óculos fechados, a percepção de nosso mundo é bloqueada e nós somos projetados para outro lugar.
Como ela costuma ser bastante divulgada para o público de jogos, sua utilização é muito associada aos games. Contudo, a tecnologia pode ter aplicação bastante diversificada, como no treinamento de pilotos e na inserção da gamificação em diversas áreas.
Realidade aumentada
Se a realidade virtual simula algo, a aumentada “amplia” o alcance ao que existe de fato. Nesse caso, o uso de um objeto real pode se tornar mais significativo ao se permitir uma melhor interação com ele.
É possível usar esse mecanismo para misturar componentes digitais a ambientes e objetos da vida real, ou seja, ele acrescenta algo ao ambiente com o qual estamos interagindo, mas sem bloquear aquele em que estamos.
A inovação já está sendo usada até para gerar hologramas e comandos ativados por movimento, embora seja mais comum em sobreposições de imagens e outros recursos aplicados em cenas reais. É possível, por exemplo, incluir quadros informando pontuação e outros dados em jogos.
Veja abaixo um vídeo de demonstração da realidade aumentada:
O que esperar para o futuro?
Não há dúvida de que estamos falando de um mercado bilionário. Segundo a pesquisa realizada pela Goldman Sachs, até 2025, o setor estará movimentando U$ 85 bilhões. Ao contrário do que podemos imaginar, grande parte desse crescimento não virá do mercado de entretenimento.
Um ótimo exemplo é o setor imobiliário. Imagine visitar um imóvel remotamente, como se estivesse lá de verdade. Você e o corretor podem estar a quilômetros de distância e interagir como se estivessem no ambiente. Além disso, o corretor pode observar os seus movimentos e direcionar a apresentação do imóvel de acordo com os passos que você seguir.
A visualização da foto de uma propriedade pode ser o sinal que o sistema precisa para coletar a informação detalhada sobre o imóvel e exibi-la imediatamente sobre a imagem.
Agora, transporte essa mesma sensação pensando na experiência de compra de outros produtos e serviços. A realidade virtual permite simular o uso e a aumentada pode incluir informações relevantes influenciadas pelo comportamento do cliente.
Como a experiência de compra poderá ser transformada?
Muitas das experiências de compra, que hoje ficam limitadas no meio digital, conseguirão se aproximar e até superar vivências pessoais. Além disso, os dados gerados por essas interações poderão ser armazenados, tratados e aproveitados como informação, criando uma visão mais completa sobre as expectativas do cliente e contribuindo para a melhora do relacionamento com ele.
De modo geral, estamos descrevendo uma transformação na experiência de compra, que tem se mostrado cada vez mais importante para manter a competitividade das empresas. Imagine que, em muitos casos, há uma barreira entre essa vivência e a de uso, que pode ser transposta com essas tecnologias.
Quando você compra um móvel para sua casa, por exemplo, mesmo que o visualize pessoalmente na loja e imagine como ele vai ficar na residência, só dá para ter certeza do resultado quando recebê-lo. Com as tecnologias combinadas é possível ter uma ideia mais real, mesmo que efetue a compra pelo meio digital.
Ao mesmo tempo em que visualiza o móvel no ambiente e faz medições para saber o que pode caber ao lado dele e como um utensílio de decoração ficaria em cima do objeto, você pode ter informações sobre as formas de pagamento, prazo de entrega e outros detalhes da compra e das garantias.
Comprar roupas, mudar o corte de cabelo, passar por uma cirurgia plástica e trocar as rodas do carro são outras aplicações que dão uma boa dimensão de até onde podemos ir com a aplicação dessas tecnologias.
A realidade virtual e aumentada estão ligadas à ciência?
O meio esportivo aponta para outras grandes promessas. Para se ter uma ideia, uma empresa Holandesa chamada Beyond Sports fornece recursos de realidade virtual para treinamento de atletas. Eles podem explorar simulações de competições repetidas vezes, sem restrições de fadiga e, assim, desenvolvem competências táticas e estratégicas.
Esse mesmo recurso já está sendo usado em simulações nas aulas de cirurgia e, no campo de diagnóstico, há muito para ser explorado. Já há alguns anos usamos a realidade aumentada para sobrepor “réguas” de medição virtuais a imagens de órgãos — como no caso de exames de ressonância.
Contudo, o desenvolvimento tecnológico tende a ampliar as possibilidades na área e a permitir intervenções cada vez mais complexas a distância. A prototipagem virtual é outro segmento que promete ser revolucionado com o uso da realidade virtual e da realidade aumentada.
O uso mais amplo da prototipagem virtual permitirá a redução do número de protótipos dispendiosos que hoje são necessários, além de diminuir, significativamente, os prazos desde o projeto conceitual até a produção e a comercialização. Isso inclui a repetição exaustiva de projetos de construção em cidades, de residências e plantas fabris antes da execução.
Também no campo das artes, onde a imaginação não está presa a limites da realidade, há uma infinidade de aplicações que podem ser inseridas.
Confira abaixo um exemplo de prototipagem virtual do Grupo ESI – líder em prototipagem virtual.
Resumindo o que podemos prever para a realidade virtual e aumentada nos próximos anos, apontaremos dois aspectos determinantes: o desenvolvimento da inteligência artificial, dando autonomia e eficiência para as interações entre essas tecnologias e os seres humanos; e o aprimoramento dos equipamentos utilizados para reproduzir os cenários de ambas as realidades, criando experiências cada vez mais ricas.
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