Você sabia que os microempreendedores são, na verdade, os grandes motores da economia brasileira? Sim, e não é só isso! 

Quando se trata do setor de eventos, 95,4% dele é formado por MEI, microempresas e empresas de pequeno porte. Conforme dados da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC) e do Sebrae, são mais de 297 mil negócios com esse perfil. 

Sendo assim, em meio à pandemia do novo coronavírus, eventos online para pequenas empresas passaram a ser uma boa opção para enfrentamento da crise.

E não só esse setor que atrai os empreendedores brasileiros. Apesar de um cenário em que pouquíssimo apoio é oferecido, entre os meses de maio e agosto de 2020, os MEIS (microempreendedores individuais) corresponderam ao total de 55% das empresas que foram abertas no país. Isso é equivalente a 1,1 milhão de novos negócios.

Apesar das adversidades do atual contexto, os dados relativos a novos negócios mostram esperança de dias melhores. Nesse sentido, ao longo deste conteúdo, você vai conhecer como os eventos online para pequenas empresas passaram a representar uma saída otimista no enfrentamento do caos e, mais do que isso, uma oportunidade de inovação

Boa leitura!

Como as novas medidas de segurança impactaram a produção de eventos?

Provocando impactos devastadores na economia de todo o país, a inesperada pandemia do novo coronavírus exigiu a adoção de inúmeras práticas de segurança para reduzir o risco de contágio. 

Entre as mais reforçadas para a população, o distanciamento social teve destaque. Sendo assim, naturalmente, incontáveis eventos que reúnem milhares de pessoas foram cancelados ou adiados.

O Festival de Cinema de Gramado, por exemplo, que tinha a sua realização prevista para agosto, foi adiado para setembro. Entretanto, o evento trouxe algo de inovador ao se reinventar e programar a transmissão da sua 48ª edição online, com exibição no Canal Brasil.

Outro exemplo de peso que podemos citar é a Fórmula 1, que teve o Grande Prêmio do Brasil, que acontece todos os anos no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, cancelado. Inicialmente, o evento estava previsto para 15 de novembro, porém, em 47 anos, pela primeira vez, não foi realizado.

Como os eventos online para pequenas empresas podem representar uma alternativa?

Diante de uma nova realidade, em um cenário de mudanças inesperadas, é normal que a nossa natureza imediatista nos impulsione à busca de soluções rápidas. Esse ímpeto também é comum no universo corporativo, até mesmo por questões de sobrevivência empresarial. 

No entanto, antes de darmos um passo à frente, é fundamental analisar todo o contexto, de forma a ter uma visão macro, que permita uma tomada de decisões mais acertada. 

É nesse momento, então, que o processo de reinvenção tem início e que o novo acaba por se tornar o foco. Assim aconteceu com os eventos online para pequenas empresas.

O formato alterado de entretenimento, com certeza, foi um dos mais marcantes durante a quarentena. A internet assumiu um papel de aliada dos empresários da área, tornando-se, por consequência, uma fonte de diversão para as pessoas em isolamento. 

As lives são um excelente exemplo de como isso se deu. No final do mês de abril, Ivete Sangalo fez uma apresentação memorável, mesclando as vidas profissional e doméstica. Na sala de sua casa, usando pijama, a cantora soltou a voz com a participação do filho e do marido, diante de 37 milhões de espectadores encantados. Cinco empresas — todas citadas com naturalidade, vale dizer — atuaram como patrocinadoras do show.

Essa adaptação para o universo digital também foi estendida a outras modalidades de eventos. A 10ª edição do TEDx Laçador também ganhou versão online, o que exigiu, inclusive, uma autorização especial para tal proveniente da organização global das conferências. 

Outra manobra inteligente também foi realizada pelo Allianz Parque, com o projeto “Arena Sessions”. Com a proposta de receber as pessoas dentro dos carros, sem contato social, a ideia foi realizar uma transmissão de filmes e shows em telões posicionados no gramado.

Mas, afinal, como esses eventos online podem gerar receita para pequenas empresas?

Fato é que os eventos online para pequenas empresas não exigem poderosos investimentos. Desse modo, o que seria despendido em grandes estruturas para a recepção do público, em uma numerosa mão de obra para a organização e para a manutenção do espaço físico, por exemplo, pode representar uma economia.

Além disso, esse modelo ainda gera muitos benefícios, como uma taxa de alcance de pessoas mais elevada. Assim, faz com que apostar em eventos online monetizados não seja apenas uma revolução no modo de atuação da empresa, mas uma medida inteligente para elevar consideravelmente as receitas. 

Entretanto, é necessário considerar as estratégias de precificação e escolher a que faz mais sentido para a modalidade.

Uma boa alternativa é estudar as plataformas de transmissão que abrangem diversos públicos, como o corporativo, e oferece a possibilidade de monetizar conteúdos digitais. Além disso, é possível criar e transmitir um evento ao vivo, recebendo a remuneração por meio da comercialização de ingressos ou de doações. 

Opções interessantes vêm surgindo nesse novo mercado, e o ideal é avaliar as ferramentas de monetização, além das soluções que cada uma delas oferece, optando pelo que parece ideal para o negócio.

Embora estejamos ainda atravessando um momento delicado e de muitas incertezas, manter um olhar otimista sobre o cenário pode viabilizar a ressignificação desse período, que pode passar a ser enxergado como uma oportunidade para inovar e se reinventar. 

Afinal, em meio às instabilidades enfrentadas pelo universo corporativo, aqueles que estão receptivos ao novo têm a chance de se destacar e transformar as limitações em portas abertas para a corrida pela liderança do mercado.

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