O número de trabalhadores inseridos na Gig Economy vem aumentando muito a cada dia. Mas você sabe o que esse termo significa?

Em plena era da transformação digital, as novas tecnologias têm influenciado vários pontos de nossas vidas e um deles é a relação de trabalho entre pessoas e empresas, que sofreu muitas mudanças nos últimos tempos.

Neste artigo, nossa proposta é entender a Gig Economy e explorar suas vantagens e desvantagens, desafios e oportunidades. Vamos lá?

O que é Gig Economy?

O termo surgiu nos Estados Unidos e diz respeito a um novo segmento dentro da força de trabalho, composta com milhões de trabalhadores que resolveram deixar o ambiente ao qual estavam inseridos.

Esses profissionais não deixaram de realizar suas atividades, mas saíram dos escritórios em busca da possibilidade de conduzir suas próprias vidas além de 4 paredes.

A palavra Gig é um jargão em inglês, utilizado por bandas de Jazz, quando eram contratadas para realizar apenas uma apresentação específica, uma única vez. O termo acabou sendo ligado ao freelance, trabalho autônomo sem ligações diretas com uma empresa.

Esse fenômeno, que vem crescendo atualmente, pode ser compreendido se entendermos que boa parte dos trabalhadores, atualmente, são millennials e têm dificuldades em se encaixar nas relações de trabalho tradicionais oferecidas pelas empresas.

Impulsionados pela vontade de escolher como conduzirão suas vidas, carreiras e quais áreas atuarão, esses profissionais acabam tendo experiências curtas dentro das organizações tradicionais e encontram, em uma vida como freelancer, algo próximo ao que buscam.

A crise econômica pela qual os Estados Unidos passaram, e que foi responsável pela demissão de muitos profissionais bem colocados no mercado, também teve um papel fundamental no crescimento da Gig Economy.

Plataformas, como o Uber e o Lyft, aplicativos que contratam profissionais de acordo com a sua demanda, para atividades pontuais e específicas contribuíram para que os trabalhadores busquem por novas oportunidades.

Contudo, essa nova economia demanda muita determinação e disciplina dos profissionais, uma vez que todo o resultado depende apenas do próprio profissional e sua capacidade de encontrar a demanda para supri-la.

Como ela funciona?

Na maioria das vezes, o que acontece é que temos uma empresa que mantém uma demanda muito específica e com um prazo determinado de atuação, sendo assim, ela busca por alternativas no mercado que possam amparar essa necessidade.

Existem diversas plataformas que disponibilizam profissionais interessados nessas oportunidades e que realizam uma espécie de meio de campo entre as empresas interessadas e os trabalhadores disponíveis.

Os freelancers criam seus perfis dentro dessas plataformas, destacando suas habilidades e capacidades e, sempre que visualizam uma demanda, aplicam uma oferta.

As empresas avaliam as propostas recebidas por parte dos profissionais e selecionam aquele que melhor atende a sua necessidade. A partir desse momento, ocorre uma relação de trabalho normal, com o cumprimento de todas as atividades necessárias.

Ao final do projeto, a plataforma age, intermediando o pagamento de acordo com a satisfação final do cliente, garantindo que todos os envolvidos possam ter uma boa experiência.

A organização pode dar uma nota ao trabalhador de acordo com a sua atuação, o que garante a ele maior visibilidade dentro da plataforma e confiabilidade de futuros empregadores.

Além disso, um bom relacionamento pode garantir novos contatos entre uma empresa e um profissional, sem que algo formal precise realmente ser assinado entre as partes e tudo seja feito somente por demanda.

Como ela responde aos estímulos da Transformação Digital?

A transformação digital é uma das principais responsáveis pelo surgimento da Gig Economy, uma vez que, sem as tecnologias de comunicação existentes hoje e a popularização de dispositivos móveis, seria impossível prestar serviços de qualquer local, ou seja, remotamente.

A internet é um dos principais motores dessa revolução nas relações de trabalho, sendo que ela possibilita que os profissionais se comuniquem de forma simples com empresas e supram demandas.

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O número de plataformas especializadas em ofertar trabalhadores freelance também está crescendo em um ritmo acelerado, sendo que é possível encontrar praticamente qualquer tipo de mão de obra online.

Sendo assim, poderemos ver no futuro, conforme a Transformação Digital avança, um número cada vez maior de trabalhadores ao redor do mundo está aderindo ao modelo freelancer, home office, deixando de ser um tipo de fenômeno presente em sua maioria nos Estados Unidos.

Quais as vantagens e desvantagens?

Existem algumas vantagens claras para trabalhadores e empresas nesse novo modelo de economia. Para os profissionais, a liberdade de fazer o que quiser e morar onde desejar podem ser as maiores delas. Além disso, a remuneração por Gigs pode ser muito mais atraente do que um salário mensal ofertado pela maioria das empresas.

Agora, para as organizações, contar com profissionais freelances é muito interessante para suprir demandas passageiras. Sendo assim, não é preciso gastar grandes somas de recursos financeiros com seleções e contratações de profissionais, basta procurar pelo trabalhador certo na plataforma e contratá-lo por um período curto de tempo ou apenas para um trabalho específico.

Além disso, podemos destacar a redução de gastos com estrutura física, uma vez que o freelancer trabalha de casa (ou de onde bem entender).

Contudo, apesar dos aparentes benefícios, a Gig Economy não é um mar de flores. Por parte dos trabalhadores, existe risco em relação ao emprego, estabilidade e direitos trabalhistas. A realidade é que os freelancers ainda são muito vulneráveis e a falta de legislação acerca dessa relação, entre profissionais e empresas, acaba sendo desfavorável.

A transparência é um dos principais desafios para garantir o sucesso desse novo modelo de relação trabalhista que está surgindo, fundamental para promover a harmonia entre empregadores e profissionais.

Com a falta de laços diretos entre a empresa e o freelancer, a relação acaba sendo muito frágil e a única garantia entre os dois é apenas a palavra um do outro, o que pode não ser o bastante.

A Gig Economy ainda é um tema muito novo e delicado e ouviremos falar muito a respeito disso, com a evolução das relações de trabalho, novas oportunidades e desafios surgindo no horizonte.

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