O Design Thinking, ou o que podemos descrever como “pensamento com base no design”, incorporou muitas das melhores ferramentas e técnicas criativas, das ciências sociais e da tecnologia. Mas afinal, o que é Design Thinking?

O “pensamento de design” é uma reunião de abordagens que funcionam. Ele incorpora projetos multidisciplinares altamente focados no ser humano, que entregam respostas rápidas a perguntas práticas sobre o que as pessoas desejam.

É uma questão que você gostaria de responder? Pois este artigo foi elaborado para lhe permitir esse entendimento. Vamos começar compreendendo melhor o conceito.

O que é Design Thinking?

Thinking significa “pensando” e resume a definição do termo: uma abordagem elaborada para buscar, de forma colaborativa, a solução de problemas por meio de um formato utilizado pelos designers.

Não à toa, usamos o termo abordagem e não método. Isso porque não podemos caracterizá-lo como uma fórmula para ser aplicada em qualquer caso exatamente da mesma maneira.

O modelo é flexível, dinâmico e um exercício de empatia de todos os envolvidos — mesmo que indiretamente — com o problema a ser resolvido. Por isso, é comum que suas etapas sejam executadas por equipes multidisciplinares.

Qual é o processo do Design Thinking?

É conhecendo as etapas que fica mais fácil compreender o Design Thinking. Existem variações e algumas delas incluem um número maior de estágios. Porém, de modo geral, eles se resumem em:

Identificação de oportunidades de inovação

Descobrir esse caminho é muito mais do que divagar na realização de sonhos. Inclui conhecer: o próprio negócio; todos os envolvidos; o problema; os pontos fortes da empresa; a concorrência; condições de mercado; e cada uma das variáveis de influência, incluindo o cenário econômico.

Por isso, a abordagem inicia com esse levantamento e, para isso, utiliza várias ferramentas como: análise de forças; pesquisas; reuniões multidisciplinares; e pesquisa da concorrência. O objetivo final é identificar a necessidade das pessoas envolvidas no problema.

Descoberta da oportunidade de inovação

Se na etapa anterior estávamos procurando o caminho para seguir, agora podemos refinar essa busca desenhando melhor cada oportunidade. Usamos o termo “desenhando” porque ele descreve melhor o modelo que, como já citamos, se baseia no design.

Porém, para facilitar o entendimento, podemos descrever esse desenho como a representação do desenvolvimento das ideias identificadas na etapa inicial. Ou seja, o objetivo é determinar qual problema precisará ser resolvido.

Desenvolvimento da oportunidade da inovação

Aqui já estamos falando de desenvolver o produto ou serviço que vai entregar uma solução. O grande diferencial do Design Thinking é o foco nas necessidades e na percepção de valor do cliente.

Além disso, serão aplicadas ferramentas de análise cognitiva e desenvolvimento criativo, para diagnóstico do problema e elaboração de alternativas de produto e serviço. Nessa etapa, não existem limites para a criatividade. As ideias devem fluir sem censura e medo de errar.

Prototipagem

Agora chegou o momento de selecionar a ideia a ser testada e buscar que a solução seja aprovada no mercado. Nessa etapa é recomendado fugir da tentação de desenvolver o produto perfeito. É por isso que é comum entre as startups o uso de uma ferramenta chamada Mínimo Produto Viável, ou MVP – Minimum Viable Product.

O MVP é uma versão básica do produto que, sem grandes gastos, permite verificar na prática se a solução será aceita. Em muitos casos, o produto físico nem existe ainda. Uma versão virtual pode ser suficiente para identificar o interesse do público.

Implementação

O processo de desenvolvimento é contínuo e, quando falamos de gestão da inovação, já está pressuposta a ideia de aprimoramento constante. Afinal, de outra maneira a concorrência vai nos imitar e até nos superar.

Ainda assim, após os testes iniciais, devem ser feitos os ajustes necessários a fim de lançar o produto ou serviço com maior segurança para, logo que possível, escalá-lo para um mercado ainda maior.

Quais as vantagens e desvantagens dessa abordagem?

Sem dúvida alguma, a principal vantagem é a possibilidade de criar um ambiente favorável à inovação. Com a busca constante pela eficiência operacional, a maioria das empresas desenvolve processos pouco flexíveis, com premiação dos acertos.

Em razão disso, poucos colaboradores se sentem confortáveis em errar e arriscar. A inovação dificilmente ocorre sem riscos e, por isso, o clima descontraído e livre que envolve o Design Thinking é tão favorável.

Além disso, o foco no problema do cliente e a consideração de todos os participantes envolvidos, mesmo que indiretamente, garantem um alinhamento da solução com o mercado, fazendo uma enorme diferença na competitividade e no sucesso do negócio.

As desvantagens estão ligadas às características estruturais do modelo. Por não se tratar de uma metodologia e focar no processo criativo, não há garantia de execução. Obviamente, o resultado não decorre da simples criação da ideia, mas depende da ação (inova-ação).

Por isso, os críticos do modelo destacam casos em que ótimas ideias foram desenvolvidas, mas não “saíram do papel”. Essa aparente desvantagem é, na verdade, um alerta para o fato de que estamos falando de uma ferramenta. O resultado depende da habilidade de uso da equipe, da cultura da organização e da disponibilidade das condições de execução ideais.

Quem aplica Design Thinking?

É importante destacar que qualquer empresa pode aplicar o modelo. Independentemente de tamanho e estrutura, o exercício de sua aplicação ajuda a desenvolver uma cultura de inovação e melhora a visão dos envolvidos em relação ao mercado, à empresa, à concorrência e aos clientes.

Gigantes como a Sony e a Apple usam o Design Thinking rotineiramente. Aliás, Steve Jobs era um grande defensor de sua aplicação. Os produtos da marca e o sucesso obtido junto ao público se deram muito em razão do foco na solução de problemas, com a contribuição da abordagem.

No Brasil, o Itaú é um grande case quando se trata dessa ferramenta, que foi usada para desenvolvimento de uma cultura de inovação na área de gestão de recursos.

E agora, ficou claro o que é Design Thinking?

Esse instrumento reforça a necessidade de estimular uma cultura que permita à equipe absorver a transformação digital e se engajar na mudança.

A resistência é natural, mas é possível quebrá-la. O receio ao risco e o medo de errar não combinam com o Design Thinking e, mesmo assim, muitos ainda têm dúvidas em relação à sua aplicação.

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