Em parceria com a Deloitte, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) apresentou os resultados da 27ª pesquisa de tecnologia bancária com ênfase no mobile banking no Brasil. Para a realização do estudo, foram analisadas informações de 20 bancos que, juntos, são responsáveis por 91% do mercado bancário brasileiro. De acordo com as informações, em 2018 foram realizadas 78,9 bilhões de transações móveis, representando 40% do total das transações feitas no ano passado.

O levantamento mostra que foram realizadas 31,3 bilhões de transações mobile, sendo 3,13 bilhões financeiras e 28,17 bilhões não financeiras. Isso representa um aumento de 24% em comparação com o ano anterior, quando foram realizadas 25,3 bilhões de transações.

Para Gustavo Fosse, diretor setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, o resultado mostra o desenvolvimento dos bancos na aplicação de tecnologias para seus clientes. “No mobile banking, nós observamos incremento em todos os tipos de transações (movimentação financeira, abertura de contas, pagamentos de contas, transferências eletrônicas, investimento e pesquisa de saldo)”, explica.

Sobre os serviços oferecidos por dispositivos móveis, o maior crescimento registrado foi no setor de transferências eletrônicas. Segundo as informações, houve crescimento de 120%, passando de 394 milhões para 862 milhões. Apesar disso, a função mais utilizada pelo brasileiro é a consulta de saldo, que representa mais de 70% de todas as operações: 21,8 bilhões contra 18,6 bilhões em 2017.

Outros serviços que se destacaram no levantamento foram a contratação de crédito, com aumento de 60%; investimentos e aplicações, com crescimento de 36%; pagamento de contas, com alta de 80%; e abertura de contas, com expansão de 56%.

“A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária tangibiliza a curva de adoção do usuário final, sendo o canal mobile como favorito”, esclarece Sérgio Biagini, sócio-diretor da indústria de serviços financeiros da Deloitte.

Biagini diz, ainda, que essa é a uma área que tem muito a crescer, e as entidades financeiras sabem bem disso. Apesar da crise econômica, o estudo revela que, em 2018, os bancos ampliaram seus investimentos em tecnologia em 3%. O incentivo em software aumentou de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,1 bilhões, e em hardware, de R$ 6,1 bilhões para R$ 6,5 bilhões.

Via MobileTime, Valor

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