A revolução digital também chegou no mercado financeiro. Nos últimos anos, as criptomoedas, como o Bitcoin, despertaram o interesse do público, e vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado. Porém, como já se pode imaginar, essa tecnologia não passou despercebida por cibercriminosos. O aumento do número de ameaças virtuais tem chamado a atenção de especialistas em todo o mundo, e recentemente um novo modelo de atividade criminosa ascendeu. A febre das criptomoedas deu origem ao criptojacking, que representa um risco para pessoas comuns e empresas.
O criptojacking, também conhecido como criptomineração maliciosa, é uma ameaça online que sequestra a capacidade de processamento de computadores e dispositivos móveis para obter vantagens financeiras com a mineração de moedas virtuais – tudo sem o consentimento ou conhecimento da vítima, claro. As vantagens para os cibercrimonosos é clara: utilizando os recursos das máquinas de terceiros, os hackers eliminam a necessidade de construir um computador dedicado à criptomineração. Dessa forma, eles conseguem competir com mineradores sem os gastos que se tem para manter as máquinas.
Como funciona?
Assim como as demais atividades maliciosas online, o criptojacking funciona como um malware tradicional. A vítima clica em um link malicioso, seja em conteúdos de e-mail ou anúncios publicitários, e tem o computador, tablet ou smartphone infectado. A partir disso, o criptojacker começa a trabalhar para minerar, mantendo-se escondido do proprietário do dispositivo.
Para os especialistas, o cenário é preocupante também para as empresas, já que os criminosos podem acessar seus sistemas para usufruir da capacidade de processamento dos servidores. Apesar de ser um crime relativamente novo, o criptojacking já é uma das ameaças online mais comuns do mundo. Para se ter dimensão da potência de ação dos cibercriminosos, recentemente foi realizado criptojacking em uma rede operacional de um sistema de controle europeu de abastecimento de água, reduzindo a capacidade de gestão da companhia. Outro caso que apareceu na mídia foi o de um grupo de cientistas russos que utilizou os computadores das instalações de pesquisas nucleares para minerar bitcoins.
Diante das ameaças, a chave para a segurança é a prevenção. Segundo os especialistas, a atualização dos sistemas operacionais, aplicativos e a introdução de soluções de segurança são fundamentais para impedir a ação dos criminosos. Como os ataques são bastante sutis, alguns indicadores de que as máquinas podem ter sido afetadas são: aumento da conta de energia, vida útil do dispositivo reduzida, máquinas lentas e funcionamento da ventoinha de refrigeração anormal.
Fonte: BizTech, FinanceOne