A adoção da Inteligência Artificial no Direito é um caminho sem volta e um recurso que pode fazer a diferença para quem deseja se consolidar na carreira. Há espaço de sobra para inovar no setor, e isso implica em oportunidades inexploradas. Essas oportunidades estão no aguardo de mentes visionárias capazes de colocá-las em prática.
Além disso, o contexto das transformações tecnológicas e políticas no Brasil acena para a flexibilização nas regras do exercício do Direito. Independentemente do juízo de valor que possamos fazer a respeito, o cenário aponta para uma tendência que abre espaço para quem tem espírito inovador e está alinhado com a transformação digital.
Se, ao menos em parte, descrevemos um ambiente em transformação que serve aos seus propósitos, este texto é para você!
A Inteligência Artificial no Direito: uma rápida contextualização
A primeira pergunta que passa pela mente de quem busca entender a Inteligência Artificial (IA) é se ela vai tomar o lugar dos trabalhadores. Essa mesma questão foi levantada durante a Revolução Industrial. Mas com o passar do tempo, percebemos que a produtividade gerada por ela ampliou a economia e gerou novos empregos.
Mesmo não existindo um consenso sobre como será o nosso futuro, as iniciativas de inovação no Direito estão apontando possibilidades e oportunidades para o uso da IA como uma ferramenta auxiliar no Direito.
A Inteligência Artificial no Direito pode, por exemplo, contribuir para a análise de documentos, automatização de procedimentos. Além disso, pesquisar jurisprudências e outros tipos de atividades que precisem de analise de dados.
Ao mesmo tempo, ela não vai refletir sobre as questões éticas da Teoria da Justiça de Rawls. Ou ainda, sobre o positivismo jurídico e os conceitos basilares da filosofia do Direito.
A IA é imbatível na análise de dados e na redução do tempo gasto nos processos. Essa redução de tempo permite que os advogado dediquem mais tempo ao relacionamento com seu cliente. Além disso, ela pode auxiliar em tarefas operacionais no escritório, como monitoramento de processos e acompanhamento de prazos.
Como é a rotina dos escritórios com a IA?
Um bom exemplo do que a Inteligência Artificial pode fazer é o que observamos em uma experimentação que desafiou 20 advogados. O exercício consistiu em analisar o risco jurídico envolvido em cinco contratos de confidencialidade. Ao mesmo tempo, a IA desenvolvida especialmente para revisão contratual pela LawGeex — a lawtech que promoveu o evento — foi acionada para fazer a mesma tarefa.
O resultado foi que um único advogado conseguiu se igualar em performance, com 94% de precisão. Os outros 18 contribuíram para uma média de 85%, impulsionada para baixo pelo desempenho de 67% de um único participante.
Contudo, a maior diferença é que a IA concluiu a revisão em 26 segundos. O jurista mais rápido demorou 100 vezes mais tempo, e o mais demorado, 156 minutos. Ou seja, o ganho de produtividade e eficiência em atividades de análise de dados é incomparável. Esse é o grande beneficio da IA.
A realidade da IA no escritório de advocacia
No lugar de executar tarefas burocráticas e maçantes como uma revisão, o advogado pode se concentrar em atividades mais estratégicas como escrever uma peça especial ou se preparar para uma defesa oral.
Previsões e simulações podem ajudar, também, com diagnósticos e definição de estratégias. Por mais experiência que um advogado tenha na análise de variáveis, que podem influenciar uma decisão, todos temos limitações em relação à quantidade de dados a considerar.
A IA não tem esse problema. Em alguns segundos ela pode processar milhares de resultados e decisões, calcular probabilidades e sugerir mudanças que possam influenciar o resultado.
Alguns processos e investigações já foram solucionados com base em trocas de mensagem e outras ações registradas em dados. Isto é como uma palavra mágica para a IA. Se há um registro e ele pode ser acessado, a Inteligência Artificial pode processá-lo.
Nesse caso, trata-se de uma programação relativamente simples, pois basta procurar por palavras-chave que identifiquem uma situação suspeita. Saber da existência de uma publicação comprometedora é uma informação de valor em litígios.
A viabilidade da IA: o que pode, de fato, ser adotado
É preciso considerar bons exemplos de resultados em razão de uma cultura de inovação incorporada. Além dos benefícios e oportunidades que ela pode trazer a longo prazo. Já o retorno imediato e prático se manifesta na automação de dados.
Além disso, existe um vasto campo de utilização da IA no Direito. Isso se deve ao acúmulo de processos e à necessidade decorrente de julgá-los com maior agilidade. No campo da justiça digital é possível usar a Inteligência Artificial para encontrar inconsistências em documentos e depoimentos.
Até mesmo as atividades de execução, que necessitam de pesquisas sobre a existência de bens, podem ser mais eficientes com o apoio da IA. Além de uma vasta estruturação e melhora nos processos, buscando otimizá-los e agilizá-los.
O fato é que os escritórios e profissionais do Direito precisam se manter atentos à aplicação da Inteligência Artificial. A adoção da IA não é uma opção, mas sim uma necessidade. Visto que o mundo tem uma alta demanda pelo dinamismo, agilidade e eficiência.
Podemos dizer isso porque, ao automatizar processos, a Inteligência Artificial no Direito é um recurso para que o advogado foque nas atividades que podem gerar mais valor. Ao mesmo tempo, a IA faz o trabalho mais mecânico.
Desse ponto de vista, o mundo ideal que podemos imaginar é aquele no qual temos mais tempo para focar em ações estratégicas, enquanto a IA trabalha as partes burocráticas.
Este conteúdo foi útil para você? Qual sua opinião sobre a Inteligência Artificial no Direito? Deixe seu comentário.