No dia a dia de médicos e profissionais de saúde, problemas raros e delicados que exigem uma intervenção cirúrgica aparecem aos montes. Mas como se preparar da melhor forma, se muitas vezes cada caso tem uma particularidade específica? Nesse momento, a tecnologia ajuda bastante.

Os BioModelos, réplicas de órgãos e ossos impressas em 3D, foram desenvolvidos para ajudar os profissionais a lidar com essas questões.

Com elas, médicos, estudantes e outros tipos de profissionais podem ter acesso a um modelo exato de uma parte do corpo do paciente, o que torna possível compreender melhor o quadro e treinar o procedimento cirúrgico quantas vezes forem necessárias antes da operação real.

Para entender melhor a questão, confira 10 condições que precisam de procedimentos cirúrgicos e que podem se beneficiar do uso de BioModelos:

01. Aneurisma cerebral

O aneurisma é uma dilatação anormal de uma artéria que irriga o cérebro. Ele pode se romper e gerar uma hemorragia cerebral. Com o BioModelo, é possível ter mais elementos para tomar decisões sobre o tratamento, uma vez que o aneurisma costuma estar rodeado de estruturas sensíveis e normalmente é de difícil acesso.

Além disso, ajuda a escolher o tamanho do clipe a ser implantado na boca do aneurisma para bloquear a circulação do sangue, o que o impede de estourar.

02. Aneurisma cardiovascular

Já para tratar os aneurismas cardiovasculares é preciso planejar muito bem o tipo e o tamanho do implante (chamado de “stent”) adequado a fim de auxiliar o caso de cada paciente que apresenta o problema.

Neste sentido, os BioModelos têm uma importância especial porque muitos aneurismas nessa área demandam manobras cirúrgicas mais complexas, que podem ser mais seguras e precisas depois que o profissional treina com a réplica impressa em 3D.

03. Implantes customizados

Para os casos em que se necessita de um implante, é possível imprimir o implante em 3D, respeitando a anatomia do paciente e considerando as especificidades de cada caso. Outra possibilidade é a impressão do BioModelo para que o implante seja ajustado à anatomia do paciente.

04. Reconstrução

Quando um paciente passa, por exemplo, por um acidente e precisa ser submetido à reconstrução de uma parte de seu corpo, também é importante que o cirurgião esteja muito bem preparado e orientado para o procedimento. É aí que entra o BioModelo, capaz de agregar e enriquecer o treinamento do profissional.

05. Má formação

As más formações, em qualquer parte do corpo, costumam ser únicas e delicadas, demandando muito preparo do cirurgião no planejamento e na execução do procedimento, portanto também se beneficiam bastante dos modelos em 3D – algo fundamental no caso de má formações em crianças e cirurgias que podem oferecer algum risco ao desenvolvimento do paciente.

06. Oncologia

Tumores podem ser visualizados com maior precisão e de forma integral uma vez que são replicados pelos BioModelos. Outra vantagem é que, com as réplicas, o especialista consegue entender se há uma infiltração do tumor nos ossos do paciente, especialmente quando se cria um modelo com estrutura óssea representada de modo transparente. Isso permite preparar melhor o profissional para o procedimento cirúrgico de retirada do elemento e até ajuda a definir o melhor tratamento oncológico.

07. Troca de válvula cardíaca

Quando é preciso trocar a válvula cardíaca, os profissionais aplicam procedimentos endovasculares, internos, impossíveis de serem acompanhados a olho nu. Por isso os BioModelos podem ser tão úteis: eles devolvem a visão da cirurgia aberta à equipe, e também ajudam a escolher, com maior precisão e segurança, o tipo e o tamanho de válvula a ser implantada. Com seu auxílio, é possível, ainda, localizar as calcificações da região com precisão.

08. Transplante

Em alguns casos, uma anomalia pode fazer com que um paciente tenha seu transplante negado, já que uma condição mais rara pode dificultar o planejamento cirúrgico. Assim, os BioModelos permitem estudar o órgão e suas comunicações, viabilizando o transplante.

09. Guias cirúrgicos

Alguns procedimentos cirúrgicos podem ganhar muito em sucesso, precisão e segurança quando o profissional consulta um guia de uma parte do corpo do paciente – especialmente no caso de cirurgias ortopédicas, odontológicas e bucomaxilares.

Essas guias são criadas com as dimensões específicas de cada paciente, o que permite que o especialista entenda, antes da cirurgia, detalhes que, sem o BioModelo, só descobriria no momento do procedimento.

Os guias também servem para que cortes e incisões não sejam medidos “a olho nu”. Dessa forma, o médico usa um software para decidir o quanto precisa cortar, desenvolve um guia e, na hora da cirurgia, já pode realizar o procedimento diretamente.

10. Gêmeos siameses

Os gêmeos siameses são aqueles que compartilham estruturas e partes do corpo, portanto decidir a melhor maneira de separá-los pode ser um trabalho complicado.

O uso de BioModelos, neste caso, possibilita acessar a anatomia dos pacientes com riqueza de detalhes e planejar a melhor abordagem cirúrgica de forma a garantir a integridade dos pacientes – que, com frequência, são crianças e exigem ainda mais cuidado.

 

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