Na última sexta-feira (7), a NASA anunciou que abrirá a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) para turismo a partir de 2020. De acordo com informações do jornal norte-americano The New York Times, o objetivo da iniciativa é a obtenção de fundos para seus projetos. Para conhecer o laboratório, os interessados deverão desembolsar cerca de US$ 35 mil por noite (aproximadamente R$ 135 mil). A viagem será disponibilizada para astronautas privados e empresas comerciais.
Segundo a agência espacial norte-americana, serão realizados dois lançamentos por ano e os turistas poderão permanecer na Estação Espacial Internacional por até 30 dias. Vale destacar, ainda, que apenas 5% dos recursos da ISS serão cedidos para as atividades comerciais. Para serem aprovados para a viagem, as pessoas deverão passar por treinamento e cumprir os quesitos de saúde estipulados pela NASA. As empresas responsáveis por transportar os humanos para o espaço serão a Boeing, com a cápsula Starliner, e a SpaceX, de Elon Musk, com a cápsula Crew Dragon.
Embora caras, as receitas geradas pelo turismo espacial para a NASA não chegarão perto de cobrir os custos das operações da estação espacial, grande parte das despesas da agência. Atualmente, a NASA gasta de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões por ano para manter a ISS. “Não será um empreendimento lucrativo para a NASA”, explicou Jeff DeWitt, diretor financeiro da agência, mas a renda deve, ao menos, ajudar a cobrir os custos da NASA e permitir maior investimento em outros projetos, como a próxima missão para a Lua, marcada para 2024.