O mundo está passando pela era do empreendedorismo. Novas startups surgem todos os dias, desafiando empresas já estabelecidas graças aos rápidos processos de inovação. Felizmente, a capacidade inovadora não se restringe às organizações emergentes. Apesar de ser mais desafiadora em empresas sólidas por conta de seus sistemas mais complexos, a inovação é totalmente possível de ser aplicada nos modelos de negócios tradicionais.

Ao contrário das startups, as organizações já estabelecidas possuem todos os recursos disponíveis: dinheiro, clientes, dados, fornecedores, parceiros e infraestrutura, colocando-as em uma posição mais confortável para transformar novas ideias em projetos concretos e bem sucedidos. Para isso, no entanto, algumas novas regras são necessárias. De acordo com especialistas do SingularityHub, as empresas precisam se concentrar em três pontos: otimização, mudança de cultura e empenho constante, que devem ser trabalhados simultaneamente.

Inovação otimizada

Para os analistas, a primeira dica para as empresas já estabelecidas é investir na otimização da inovação. Em geral, as organizações já fazem isso, oferecendo ao público produtos/serviços cada vez melhores. Um exemplo disso é uma fabricante de aparelhos de barbear, que lança um novo produto que não tenha apenas três, mas quatro lâminas, garantindo um barbear ainda melhor. Dois anos depois, a companhia apresenta um novo aparelho, dessa vez não apenas com quatro, mas cinco lâminas. Isso é otimizar a inovação, mas não o suficiente a longo prazo.

Mudança de cultura

Além da otimização, que é uma estratégia para garantir faturamento no curto prazo, as empresas estabelecidas precisam se preparar para o futuro através da potencialização da inovação. Os projetos de transformação digital que muitas organizações estão iniciando vão nesse sentido: atualizar os processos para o digital e implementar novas tecnologias para melhorar os negócios.

Nesse cenário, o maior desafio para as empresas é mudar a sua cultura. Para criar uma cultura de inovação forte, as organizações precisam compreender seu funcionamento e seus pontos fracos. A partir disso, as lideranças poderão atualizar seus espaços de trabalho (tanto físicos quanto digitais), investindo na capacitação dos colaboradores, em processos de trabalho descentralizados e mais ágeis.

Empenho constante

A preparação para o futuro com o aumento da inovação é essencial para o sucesso a médio prazo. Porém, para se manter vivo a longo prazo, é preciso desafiar o status quo. Para os especialistas, isso requer a presença de talentos inovadores com foco em experimentar o que o mundo ainda não conhece.

Nesse sentido, a orientação é que esses projetos para o futuro se mantenham afastados fisicamente da organização principal. No geral, as empresas investem nessas iniciativas em divisões ou laboratórios de inovação. Exemplos dessas aplicações são as montadoras de carros, que agora vêm investindo, por exemplo, em unidades para o desenvolvimento de softwares para veículos autônomos.

É verdade que as crescentes oportunidades tecnológicas desafiam os modelos de negócios de qualquer empresa, mas também criam potencial. Para se manterem competitivas ao longo das próximas décadas, as empresas tradicionais precisam ter estratégias claras para se transformarem e se adaptarem aos negócios do futuro.

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