A tecnologia está evoluindo para produtos cada vez menores. Microcomputadores estão se popularizando por meio da onda dos dispositivos inteligentes. Micro-ondas, fogões, lâmpadas, entre muitos outros dispositivos são exemplos de eletrônicos que possuem funções smart.

Além desses, uma linha que tenta se popularizar são os wearables. Esses produtos prometem transformar o cotidiano das pessoas, além de monitorar a saúde dos usuários. Uma série de acessórios vestíveis e inteligentes estão sendo lançados no mercado e dividem opiniões.

O que são wearables?

O termo wearable technology pode ser traduzido ao pé da letra como tecnologia vestível. Apesar de a tradução soar esquisita aos ouvidos, ela já diz muito sobre o que é essa tendência. Trata-se de dispositivos eletrônicos e inteligentes que podem ser vestidos ou acoplados no corpo humano. Alguns exemplos de wearables são óculos, pulseiras, relógios, fones de ouvido etc.

Os wearables não se tratam apenas de produtos eletrônicos de última linha. Para ser considerado um dispositivo inteligente ele deve ser capaz de se conectar com outros dispositivos ou à internet. Essa conexão é feita para ajudar o usuário na realização de diversas tarefas, como praticar exercícios físicos, traduzir outros idiomas, se conectar com o smartphone direto do bolso etc.

Alguns exemplos de wearables que popularizaram

A indústria investiu pesado no desenvolvimento de wearables. Diversos produtos inusitados, como jaquetas, capacetes, sutiãs e até tatuagens foram produzidos por empresas do ramo.

No entanto, vamos mostrar 3 wearable gadgets que se tornaram mais populares e que podem ser encontrados com mais facilidade pelo usuário comum. Sua popularidade se deve ao fato de serem dispositivos frequentes do dia a dia e que podem ser utilizados em diversas situações rotineiras. O fato de serem pequenos e confortáveis de usar impulsionou ainda mais o uso desses dispositivos.

01. Smart Watch

Relógio inteligente

Conhecido também como relógio inteligente, ele realiza funções que vão além de mostrar as horas. Estes relógios são comparados com assistentes digitais pessoais, os famosos PDAs. Suas principais funções são executar tarefas simples como cálculos matemáticos e tradução de palavras.

No entanto, os relógios mais modernos são verdadeiros microcomputadores de pulso. Com ele é possível ter acesso a diversas aplicações do celular sem mesmo precisar tirá-lo do bolso. É possível, por exemplo, acessar uma lista de contatos e fazer uma chamada telefônica, trocar a música que está tocando no celular, responder a uma mensagem de Whatsapp, entre outras tarefas.

02. Smart Band

Pulseira-inteligente

Conhecido como pulseira inteligente. É uma versão mais simplificada dos smart watches. Seu uso foi desenvolvido para atividades esportivas. Suas principais funções são monitorar batimento cardíaco, calcular calorias queimadas, determinar velocidade de corrida etc.

No entanto, as smart bands funcionam além disso. Elas podem ajudar no sono, por exemplo. Pessoas que dormem com uma smart band tem seu movimento de sono monitorado. A smart band também pode atuar como um despertador vibrando na hora marcada, em vez de tocar um som alto em todo ambiente, incomodando outras pessoas.

03. Fones de ouvido

fone de ouvido inteligente

Os fones de ouvido inteligentes, em inglês hearable devices, atuam de maneira similar à smart bands. Eles conseguem fazer monitoramentos vitais nos usuários, como medir a pressão sanguínea, a temperatura do corpo e os batimentos cardíacos.

Mas seu grande diferencial é outro. Esses fones de ouvido são capazes de aumentar a percepção de som, reduzir ruídos do ambiente e até fazer traduções instantâneas de conversas. Além, é claro, de conectar-se com o telefone e receber áudios. Outra grande vantagem desses dispositivos é o fator de discrição. Os fones são quase invisíveis e difíceis de serem percebidos.

Os wearables massificarão ou morrerão?

Muito se discute sobre a massificação desses dispositivos. Apesar de ser uma tecnologia inovadora, ela ainda carece de adoção por grande parte do público. Em 2016, a venda de wearables nos Estados Unidos estagnaram em 16%. A Pebble, que foi a grande revolucionária destes dispositivos, fechou as portas recentemente.

Mas qual a causa desse aparente fracasso? Vamos tentar ilustrar algumas ideias que contribuíram para o declínio da venda de wearables.

O grande ponto que marcou estes dispositivos foi a polêmica envolvendo o Google Glass. Após o lançamento avassalador do produto, que prometia revolucionar o cotidiano das pessoas, questões sérias de privacidade começaram a serem abordadas. Filmagens não autorizadas estavam entre as principais delas.

As autoridades de diversas localidades começaram a proibir o uso do Google Glass em alguns locais públicos, como cinemas, shoppings e outros. A repercussão da proibição foi bem negativa, levando a um certo preconceito às pessoas que andavam com o dispositivo na rua. Somado a outros fatores, o resultado acabou sendo um fracasso e desestimulou a criação de dispositivos similares.

Outro fator da queda dos wearables, apontado pela crítica, foi a necessidade maior dos fabricantes em vender os produtos do que a dos consumidores em comprá-los. Uma estratégia similar ao lançamento do iPad, onde as pessoas não sabiam que precisavam de um tablet até a Apple lançar um.

O design desses produtos também foi crucial. Como são dispositivos que servem também como vestimenta ao corpo, o visual é muito importante. E muito deles não são exatamente bonitos e bem desenhados.

A grande quantidade de produtos bizarros que não tem quase utilidade nenhuma para o cotidiano das pessoas também compõe essa lista de fracassos. Muitos wearables foram criados na vibe construída pelas empresas e a grande maioria deles são inúteis.

Mas as coisas mudarão? Alguns especialistas acreditam que sim!

O grande impulsionador para a massificação é criar a cultura de utilidade para grande parte desses produtos. Um wearable precisa ser útil, bonito, confiável e prático. Essa é a receita do sucesso para muitos.

Outra grande aposta para a massificação dos wearables é a nova tendência da Internet das Coisas. A ideia de ter múltiplos dispositivos conectados entre si pela internet retrata bem a proposta de um desses produtos. Eles são, nada mais nada menos, que um desses dispositivos.

A Intel está tentando impulsionar a ideia e criou, ainda em 2014, um concurso chamado Make It Wearable. A ideia é que os participantes apresentem ideias de dispositivos vestíveis que usem tecnologia Intel.

Somando o incentivo de grandes empresas, a tendência da internet das coisas e o aprendizado dos erros passados, como design ruim e produtos bizarros, os dispositivos wearables têm tudo para se massificarem. A grande aposta será nos dispositivos hands-free, aqueles que permitem seu uso sem precisar ocupar as mãos.

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