Volumes enormes de informação estão sendo gerados todos os dias! Nesse cenário, as empresas estão em busca de formas de aproveitar esses dados para criar vantagens competitivas e se destacar no mercado. Uma dessas maneiras é utilizando Dark Analytics, algo como “análises obscuras”, em português.

Neste post, vamos esclarecer tudo sobre Dark Data e sua análise e como ele pode agregar valor para as iniciativas das empresas – além de seus perigos.

O que é Dark Analytics?

O termo Dark Data (“dados obscuros”, em português) foi cunhado pela Gartner, uma das maiores autoridades em tecnologia, e seu conceito está ligado a todas as informações que não estão visíveis na web, sendo necessário garimpá-las no espaço virtual.

Elas são informações geradas apenas para um único propósito. Posteriormente, elas perdem seu sentido ou simplesmente não são mais aproveitadas para nada.

Já a Dark Analytics é todo o esforço realizado a fim de buscar e encontrar esses dados, processá-los e utilizá-los como fonte de conhecimento. O termo não se distancia muito do conceito de Big Data.

Contudo, existe uma diferença muito clara entre os dois. A Dark Analytics trabalha com dados não estruturados, como grandes textos brutos, imagens, vídeos e áudios, enquanto o Big Data trata apenas de dados estruturados.

Sendo assim, as ferramentas para a sua implantação podem até mesmo ser as mesmas, no entanto, as abordagens utilizadas para o tratamento dos dados devem ser diferentes.

Qual sua relevância?

Segundo a pesquisa “Tech Trends“, conduzida pela Deloitte, cerca de 90% dos dados digitais existentes hoje foram gerados nos últimos cinco anos, sendo que o número total de informações dobra a cada doze meses.

Com a popularização de tecnologias como a Internet das Coisas, os Dark Data, dados que não estão sobre a superfície da web, terão um volume e peso cada vez maior. Ou seja, será fundamental que as empresas realizem a coleta e o processamento dessas informações para obter vantagens competitivas.

Em um ambiente recheado por diversos dados oriundos de dispositivos, redes sociais e sistemas, as possibilidades são enormes, sendo que essas informações podem ser utilizadas de várias maneiras.

Por exemplo, imagine que você é uma pessoa que posta várias imagens e textos sobre viagens em uma rede social. A princípio, essas seriam informações que se perderiam, mas que podem dizer muito sobre seus hábitos de consumo e interesses.

Por meio da Dark Analytics, uma agência de turismo, por exemplo, poderia resgatar essas informações e traçar um perfil acerca de suas preferências, a fim de lhe oferecer pacotes personalizados.

Quais os benefícios de seu uso?

São vários os benefícios da utilização de Dark Data dentro de uma empresa, seja para melhor atender aos seus clientes, seja para melhorar os processos internos da organização.

Maior competitividade

Buscar e analisar os dados obscuros permite entender melhor o mercado e se preparar para mudanças que não podem ser vistas acima da superfície da web, trazendo maior competitividade para as organizações.

Melhores decisões

O gestor pode tomar decisões muito melhor embasadas ao conhecer todas as variáveis envolvidas, sendo que, ao utilizar-se da Dark Analytics, é possível estar muito melhor assessorado.

Criação de experiências personalizadas

Buscar informações profundas de seus clientes garante experiências muito mais personalizadas de acordo com as expectativas da nova geração de consumidores.

Visualização de oportunidades

Garimpar Dark Data permite visualizar todas as oportunidades que estão escondidas, garantindo que a organização estará um passo à frente na hora de criar novos serviços e produtos.

Dark Analytics é legal?

Recentemente, foi sancionada a Lei 13.709 de 2018, também conhecida como a Lei de Proteção de Dados, um dispositivo criado pelo Governo Brasileiro como uma forma de acompanhar um movimento mundial pela privacidade do usuário.

Segundo o texto da iniciativa, o proprietário das informações deve estar totalmente ciente acerca dos usos que serão realizados de seus dados pessoais, sendo que sua privacidade tem de ser respeitada.

O dispositivo traz duras penas para as empresas que não se adequem e desrespeitem a regulamentação, com multas e outras sanções que podem prejudicar suas operações.

O uso de Dark Data foi tão afetado quanto o Big Data. Em ambos os casos, para que o uso das informações seja legal, basta que ele seja autorizado pelo dono da informação: o usuário.

Isso pode ser feito por meio de um termo de aceitação, simples e bem redigido, no qual fique claro que seus dados serão utilizados, além da discriminação dos usos dessa informação.

Para muitos, mesmo sendo uma atividade legal, não é ético realizar o uso de dados de usuários, mesmo que eles concordem, uma vez que ninguém realmente lê termos de aceitação.

Contudo, para manter a ética, é preciso criar arquivos simples que permitam uma leitura rápida por parte dos usuários. Nada deve ser muito complexo, podendo ser criadas duas versões linkadas, uma básica e outra para consultas mais detalhadas.

A utilização dos dados deve ficar muito clara para os usuários, que são os principais interessados em manter sua privacidade e podem ou não concordar com o fato.

Quais os riscos associados?

Alguns pontos devem ser muito bem trabalhados antes de lançar uma implantação de Dark Analytics em sua empresa, pois o seu uso envolve alguns riscos. Entre eles estão:

  • fontes seguras: encontrar fontes seguras e íntegras pode ser um problema quando falamos em Dark Data. A precisão pode trazer análises não confiáveis;
  • respeito à privacidade: a recente regulamentação demonstra que o Governo está fechando o certo para organizações que utilizam dados alheios de forma indiscriminada;
  • compromisso com violações: ao lidar com Dark Data, muitas informações podem ser altamente confidenciais, e um vazamento como esse pode ser um duro golpe na reputação de uma marca.

A utilização de Dark Analytics e de Dark Data, portanto, pode oferecer enormes vantagens para as empresas, mas ela deve ser feita com muito cuidado a fim de evitar problemas com usuários e regulamentações!

Para continuar aprendendo, entenda mais sobre segurança da informação na era da transformação digital!

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