É inegável os ganhos de produtividade e eficiência que a tecnologia oferece para o negócio. Desse ponto de vista, é muito difícil fazer um mau negócio ao investir em soluções tecnológicas, pois elas tendem a proporcionar algum ganho de ROI. Mas, o mercado está em evolução e estamos diante do mais elementar desafio da economia de negócios: gerar valor.
Unificar estratégias de negócio com a tecnologia pode não ser uma tarefa fácil se você já consolidou uma linha de produção sem ela. Mas usar a tecnologia alinhando com os objetivos do negócio pode ser uma ótima oportunidade para gerar valor real para as empresas. Continue a leitura e entenda o caminho para fundir esses dois pilares!
Como alinhar as estratégias de negócio e a tecnologia?
No caso do alinhamento em questão, é notório que muitos líderes não têm uma imagem clara sobre o papel da tecnologia com a função de apoiar a criação de valor.
Por isso, a cultura organizacional pode ser uma barreira e precisa mudar. Os principais impulsionadores de mudança que podem ajudar a transpor essas barreiras são:
- os imperativos estratégicos: como despesas operacionais, retorno sobre o investimento, lucro por ação, lucratividade, margens e receita que ajudam a direcionar e restringir decisões;
- tendências e interrupções: são fatores externos, como expectativas dos investidores, novos avanços tecnológicos, convergência da indústria, mudanças no mercado e mudanças na preferência do cliente que fazem pressão para que a empresa se mova.
Imperativos estratégicos e tendências influenciam a direção da organização. Ambos são elementos importantes para o desenvolvimento de uma agenda de transformação e uma estratégia coesa de negócios e tecnologia.
Além disso, um processo de desenvolvimento de estratégia colaborativa entre líderes de negócios e de tecnologia pode ajudar a garantir um maior alinhamento. Para guiá-lo, podemos sugerir a adoção de:
Agenda de transformação
A agenda de transformação define as aspirações, a missão e a visão de negócios habilitadas pela tecnologia e serve como base para uma estratégia conjunta. Comece com uma aspiração possibilitada pela tecnologia que identifique:
- para quem a empresa cria valor;
- o nível de ambição em criar valor — por parte do setor de tecnologia;
- o nível de priorização da manutenção da eficiência operacional;
- o relacionamento da visão de tecnologia com a estratégia corporativa: atritos e pontos em comum.
Em seguida, busque oportunidades de negócios em que a tecnologia pode criar soluções potenciais com valor diferenciado e sustentável. Ela pode ajudar a reinventar a cadeia de suprimentos ou criar novas experiências de clientes, por exemplo.
Leve em consideração o exemplo das empresas aéreas. Não faz muito tempo que elas inovaram o modelo de negócios com base na oportunidade gerada pela tecnologia, operando comercialmente a partir de plataformas de venda de passagem. Uma tecnologia simples para os dias atuais, mas que criou um grande impacto no valor gerado para o consumidor ao ponto de potencializar a compra de passagens.
Por isso, para determinar como vencer, identifique as tecnologias necessárias para alcançar oportunidades específicas e, finalmente, identifique os recursos necessários e habilite os sistemas de tecnologia.
Estratégia conjunta de negócios e tecnologia
A agenda de transformação pode desbloquear muitas oportunidades potenciais interessantes, mas a liderança pode reconhecer a falta de recursos ou o alinhamento com as metas de negócios abrangentes. Assim, eles podem priorizar oportunidades baseado no conhecimento do processo.
A confiança na capacidade da tecnologia de liberar um valor de negócios provavelmente deve ser conquistada e está enraizada na excelência operacional. Talvez a estratégia inicial precise focar em coisas como custo, estabilidade e na construção de credibilidade e confiança.
Mas não há nada demais em criar uma base para o futuro. Muito pelo contrário, depois de alcançar esses objetivos prioritários, a empresa poderá buscar ambições mais ousadas e estará em melhores condições para isso.
Lembre-se que uma estratégia combinada de tecnologia e negócios deve gerar um roteiro para alcançar cada oportunidade, totalmente alinhada com os recursos, sistemas e investimentos em tecnologia.
O roteiro ajuda a limitar a proliferação de iniciativas voltadas para a tecnologia que drenam recursos sem ampliar os objetivos da empresa. Desse modo, as bases para a visão tecnológica da organização serão criadas com uma nova perspectiva.
Em resumo, podemos dizer que a tecnologia deve ser vista como uma oportunidade para criar vantagem competitiva sustentável. Por isso, os profissionais do setor devem assumir o papel de identificar essas oportunidades e de estimular a inovação. Eles precisam reconhecer que o impacto da tecnologia vai além da função tradicional da TI e fazer dela o coração do desenvolvimento e da execução das estratégias de negócio.
Qual deve ser o papel de TI?
Nesse processo de mudança que mencionamos podemos identificar uma transformação profunda no setor de TI. Aliás, esse será um desafio para quem tem um perfil mais técnico, voltado exclusivamente para o desenvolvimento.
Tradicionalmente, a equipe de TI é procurada para resolver problemas práticos e técnicos, não para ser consultada sobre o que ela pode fazer para gerar valor. Mas as expectativas de mercado estão mudando, levando muitas organizações a repensarem o papel da tecnologia, os modelos operacionais tradicionais e as estruturas organizacionais.
É preciso encontrar um modo de alinhar estratégias e gestão tecnológica para inovar e criar novas fontes de valor de maneira mais eficaz. Em princípio, perseguir esse objetivo pode ser incompatível com o papel tradicional da TI de garantir excelência operacional.
Historicamente, as funções de negócios e tecnologia eram separadas, o que frequentemente reduzia a colaboração 08 e levava à execução em silos, projetos atrasados e processos inflexíveis.
Para maximizar o valor dos investimentos em tecnologia, operar com agilidade, prever e responder às necessidades de clientes e funcionários e manter a competitividade, as empresas devem unir estratégias de negócios e tecnologia. Com a tecnologia como catalisadora, as organizações têm a oportunidade de romper e transformar.
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