O rápido desenvolvimento tecnológico está transformando todos os setores da sociedade. Com a área da educação, tanto a oferecida nas escolas como nas empresas, não é diferente.

O ensino convencional, baseado no quadro negro e giz, é cada vez mais questionado diante das possibilidades que a tecnologia tem oferecido, e as edutechs são a prova de que a educação só tem a ganhar e avançar investindo nessa área.

Ficou curioso para saber o que são edutechs e como elas podem revolucionar o ensino no país? No post de hoje, você vai descobrir a importância das edutechs para educação e, ainda, algumas das tecnologias utilizadas por grandes startups brasileiras. Confira!

O que são edutechs?

As edutechs são startups que inserem a tecnologia na educação. A junção dessas duas áreas acontece com o objetivo de facilitar a aprendizagem e, como consequência, potencializar o desempenho na relação ensino/aprendizado.

Para tanto, as edutechs desenvolvem a mistura de teorias da aprendizagem e pedagógicas com a realidade virtual e a realidade aumentada, plataformas online e muitas outras formas de tecnologia.

A cada ano, o número de startups na área de educação só aumenta. Na era da Transformação Digital, novas tecnologias são inseridas nos projetos desses empreendimentos, com o intuito de potencializar o ensino oferecido, mas também pela capacidade que as edutechs tem de atingir um grande de número pessoas com baixo custo.

As tecnologias utilizadas pelas startups de educação são variadas e muito eficientes. Aqui, vamos apresentar 3 tecnologias utilizadas pelas principais edutechs brasileiras: as plataformas online, a realidade virtual e a aumentada. Continue lendo para saber mais!

Como funcionam as plataformas online?

As plataformas online são locais virtuais em que alunos ou funcionários podem ter acesso a materiais, informações adicionais (por meio de textos, vídeos, desenhos, áudios e ainda outras formas), comunicação com professores ou outros alunos, fórum de discussões etc.

Essas plataformas são interessantes, principalmente, pela possibilidade de serem acessadas em qualquer lugar, a qualquer hora, por meio de um dispositivo eletrônico, como tablet, computador ou smartphone.

Elas podem ser desenvolvidas de várias formas para potencializar o processo educativo, como veremos nos 4 casos a seguir:

01. Gama Academy

A Gama Academy teve aquela ideia genial e, ao mesmo tempo, simples, que nos traz a sensação de “como eu não pensei nisso antes?”.

A ideia da empresa é educar profissionais para os novos desafios do mercado de trabalho, criando talentos digitais. Não é uma escola, muito menos um curso intensivo. Uma mistura de instituição de ensino digital e cursinho para conseguir cargos profissionais, em vez de vagas em universidades? Mais que isso!

Além de oferecer aprendizados nas áreas de desenvolvimento web/mobile, designers, vendas e marketing digital através de aulas práticas e encontros com grandes nomes do mercado, a Gama Academy ainda serve como um espécie de “marketplace” para que empresas encontrem o profissional ideia para assumir suas vagas em aberto.

Mas também não entenda que o serviço prestado é de Head Hunter. Segundo a própria empresa, “nós criamos programas educacionais para profissões do futuro, atraímos, selecionamos e transformamos talentos nas áreas de design, marketing, programação e vendas e conectamos esses profissionais a oportunidades reais de trabalho”.

Ligar pontos através da educação não é o futuro, é o presente!

02. Árvore de Livros

Árvore de Livros é uma startup carioca que oferece aos alunos uma biblioteca digital com milhares de títulos. Os livros podem ser lidos em qualquer dispositivo eletrônico, a qualquer hora. O acervo atende desde a educação infantil até o ensino médio.

Além disso, o professor pode acompanhar o processo de leitura, descobrir o gênero mais lido e preferido de cada aluno e ainda pode sugerir livros e atividades para os estudantes.

Hoje, são mais de 700 escolas em todo o Brasil que utilizam o serviço, e mais de 100.000 alunos impactados por essa ação. Para manter o acervo atualizado e atraente para os alunos, o empreendimento possui um relacionamento com mais de 200 editoras.

03. QMágico

Lançada em 2011 por alunos do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), a startup Qmágico oferece uma plataforma que pode ser acessada por alunos e professores, funcionando como um caderno de aprendizagem inteligente onde são disponibilizados materiais complementares sobre o que vai ou está sendo ensinado.

A empresa incentiva o desenvolvimento da sala de aula invertida, na qual o aluno estuda previamente a matéria e chega à sala de aula para esclarecer dúvidas e também para apresentar e debater as suas pesquisas com os outros alunos e com os professores.

O acesso à plataforma pode ser feito de qualquer dispositivo, como computadores, smartphones, tablets e outros. Por meio dela, o professor pode acompanhar a interação e desempenho do aluno, propondo atividades online.

Os cadernos podem ser compartilhados com outros professores e até com outras escolas do Brasil. O ensino híbrido, que é a mistura das tecnologias com as práticas educacionais, é a proposta da startup.

04. Veduca

Em parceria com professores de instituições como USP, UFSC, UFC, Delft (Holanda), DTU (Dinamarca) e outras renomadas instituições, a startup Veduca oferece conteúdo online gratuito.

O site é uma plataforma de ensino à distância, com videoaulas gratuitas de diversos cursos, tais como matemática financeira, engenharia econômica, gestão de projetos, gestão de pessoas e vários outros conteúdos. O faturamento da empresa vem com a venda do certificado dos cursos disponibilizados.

Fundada em 2012, a plataforma começou com mais de 5 mil cursos com professores de 13 universidades pelo mundo, entre eles estão as principais universidades americanas Harvard, Yale, Stanford e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).

Hoje, a Veduca também ainda oferece planos de cursos personalizados para empresa com a mesma qualidade dos cursos oferecidos gratuitamente.

Como funcionam a realidade virtual e aumentada?

A realidade virtual e aumentada possibilitam a imersão total na aprendizagem pelo estudante. Por meio dos óculos virtuais ou até mesmo de um smartphone (no caso da realidade aumentada), é possível realizar passeios virtuais em museus ou cidades que ficam do outro lado do mundo ou visualizar e interagir com personagens históricos, que explicam a sua época ou sua obra, em museus ou até na sala de aula.

Isso tudo parece coisa de ficção científica, não é mesmo? Mas essa tecnologia já é utilizada por startups no Brasil e também pode ser acessada em alguns museus do nosso país. Confira alguns exemplos:

01. Engset

A startup Engset, em parceria com os pesquisadores do laboratório Lamce, que está no Parque Tecnológico da UFRJ, conseguiu unir com êxito a tecnologia e a história.

Essa parceria levou interatividade ao Museu de História Nacional do Rio de Janeiro (MHN). A galeria de carruagens do Museu ganhou a realidade aumentada e holografias.

Após a instalação do aplicativo gratuito no tablet ou smartphone é possível ver através do dispositivo, em detalhes, o interior das carruagens expostas na galeria. Além disso, permite visualizar elementos virtuais tridimensionais sobre os painéis e também sobre cartazes desse espaço.

02. Eruga

startup curitibana Eruga oferece treinamento imersivo para empresas. O serviço oferecido só é possível por meio da realidade aumentada, com conteúdo interativo e a gamificação.

A realidade aumentada possibilita o treinamento na prática por meio dos óculos com fones de ouvido, tornando-se possível ver e interagir virtualmente com o material imprescindível para a realização do curso dentro do ambiente real.

Hoje, a empresa oferece treinamento imersivo em normas regulamentadoras, como brigada de incêndio, segurança do trabalho (CIPA, NR6 – EPI) e ainda segurança na manipulação de grandes máquinas.

O material do curso vai desde um maquinário virtual, que poderá ser manipulado por meio da realidade aumentada ou ainda, em situações hipotéticas que reforçaram o conteúdo das normas regulamentadoras, oferecendo um treinamento na prática sem riscos, deslocamento de pessoal ou custos.

A Eruga garante que essa forma de treinamento pode reduzir em até 300% os custos com treinamentos se comparado com as formas de educação convencional.

E aí? Gostou de saber o que são edutechs e como essas startups estão se desenvolvendo? Então, leia o nosso artigo sobre a transformação digital na educação, que já está em processo. É uma questão de tempo para que a educação e a tecnologia não estejam mais desassociadas!

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