Finalmente, a Apple desceu do seu trono, onde só vendia tablets e laptops luxuosos, para caminhar por entre os seres comuns. A empresa promoveu um evento hoje (27/03), em Chicago (EUA), focado na indústria da educação, e mostrou uma nova linha de iPads mais baratos com software e serviços direcionados para a sala de aula. É uma clara resposta ao Chromebook, do Google, que vem ganhando espaço nesse setor.

O novo tablet, com 9,7 polegadas de tela, câmera traseira de 8MP, frontal HD e promessa de até 10 horas de bateria vai custar US$ 299 (para escolas) e US$ 329 (para consumidores) nos EUA – ainda não há informações sobre os valores praticados no Brasil. Ele suporta cerca de 200 mil aplicativos otimizados para fins educacionais.

O evento deu um grande foco nos apps que utilizam realidade aumentada, e também nos apps que tiram proveito da Apple Pencil – a stylus da Apple. Com ela, estudantes e alunos podem fazer anotações direto na tela, o que pode ser bastante útil em sala de aula.

A Apple também mostrou um novo sistema de desenvolvimento com foco no mercado educacional, chamado Classkit. Esse sistema vai permitir a desenvolvedores criar apps específicos para uso em sala de aula, deixando a interação entre professor e aluno um pouco mais divertida – e transformando em realidade a Transformação Digital na educação.

E será que vai funcionar?

Já houve uma época nos EUA em que a Apple dominava as salas de aula. Mas, com o lançamento, principalmente, dos Chromebooks – laptops baratos que permitiram a algumas escolas fornecer uma máquina por aluno – esse quadro mudou. As equipes de TI das instituições acharam muito mais fácil administrar vários perfis e máquinas ao mesmo tempo com laptops que rodavam Android.

A Apple pode até oferecer uma linha de iPads mais barata, ou até lançar no futuro uma nova linha de laptops mais em conta, mas as escolas não podem simplesmente mudar toda a sua infraestrutura de TI para um novo ecossistema.

Aqui no Brasil, onde a maior parte das escolas ainda é desprovida de tecnologia, talvez tenhamos um mercado virgem para a Maçã explorar, mas a marcação do Google – e também da Microsoft – certamente serão cerradas. Quem levará a melhor nessa disputa?

Realidade brasileira

Aí você pode se perguntar: mas as escolas brasileiras têm condições de investir em algo assim? Não estamos a anos-luz de distância das instituições americanas? A nossa resposta é: PRECISAM ter, pelo menos as melhores que querem se manter à frente.

Educação é a base de uma sociedade, e a única coisa que os professores precisam é de ferramentas evoluídas em mãos para transmitir o melhor conhecimento para seus alunos. Ter tecnologia na sala de aula é luxo para alguns – ainda mais em nossa realidade brasileira -, mas se falamos de escolas que têm o objetivo de se destacar, a tecnologia é necessidade.

É este o mundo em que os estudantes de hoje estão crescendo. Google, Apple e Microsoft, certamente, vão lutar por market share nesse mercado que valoriza ecossistemas acessíveis e convenientes para permitir que estudantes se loguem em segundos.

A Apple já tem programas focados na indústria de educação no Brasil e, em breve, é possível que o novo iPad também chegue por aqui.

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