A técnica de gamificação vem sendo cada vez mais aplicada dentro das empresas. Utilizando dinâmicas de jogos para motivar comportamentos esperados, a gamificação é capaz de incentivar o aprendizado e o desempenho em determinadas tarefas de forma descontraída.

Pensando nisso, a Amazon, do bilionário Jeff Bezos, implementou uma nova estratégia para que os trabalhadores de cinco armazéns possam se divertir e melhorar a produtividade. A novidade consiste em tornar a rotina de trabalho menos exaustiva e estimular a performance dos colaboradores no dia a dia através de gamificação.

De acordo com as informações, desenvolvidos pela própria Amazon, os jogos são exibidos em telas nas estações de trabalho dos funcionários. Neles, cada vez que os trabalhadores realizam alguma atividade, como embalar algum produto ou mover caixas, progridem no jogo acumulando pontos. Os games registram simultaneamente a conclusão das tarefas, que são rastreadas por dispositivos de monitoramento, podendo criar competições entre diferentes equipes.

Cada vez que ganham pontos nos games, os trabalhadores recebem moedas da empresa que podem ser trocadas por mercadorias da Amazon. Vale destacar, no entanto, que, segundo a Amazon, a participação no programa de gamificação é totalmente voluntário e que não há planos para torná-lo obrigatório aos funcionários.

Para os analistas, esse tipo de jogo possui efeitos importantes, podendo tornar tarefas repetitivas mais significativas. Gabe Zichermann, especialista em gamificação, disse ao The Washington Post que “transformar o trabalho em jogo traz melhores resultados em tarefas tediosas”. “Qualquer coisa para reduzir a monotonia, mesmo a menor delas, trará aos funcionários mais felicidade”.

Apesar dos efeitos positivos, alguns especialistas consideram que a competição entre colaboradores se mantém divertida por um curto período de tempo. Quando os funcionários começam a apresentar menor desempenho que os colegas, o jogo tende a se tornar menos divertido, podendo ser, inclusive, contraproducente.

A Amazon já foi alvo de denúncias de condições de trabalho complicadas em seus armazéns. Nos últimos oito anos, por exemplo, foram movidos sete processos contra a companhia por mulheres que alegam terem perdido seus empregos pela recusa da empresa em atender suas necessidades durante a gravidez. Uma pesquisa recente também constatou que as metas de produtividade são rígidas, constatando que 74% dos funcionários evitavam ir ao banheiro durante o expediente por medo de não cumprir os objetivos impostos.

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