Em uma nova atualização do iOS e macOS (a partir de 25/09), a Apple dá os primeiros passos em impedir o rastreamento de usuários para exibição de propaganda.

Esse tipo de rastreamento é feito através dos chamados cookies first-party, ou dados proprietários, que são as informações de comportamento e interesse coletadas através de visitas em páginas, dados de logins, buscas no navegador, etc.

Entendendo que, aproximadamente, 14,9% dos usuários de internet utilizam o Safari como navegador (StatCounter), imagine o impacto deste bloqueio para os anunciantes.

Contra-ataque

É exatamente por isso que, nesta semana, um consórcio de seis empresas de publicidade e de desenvolvimento de software dos EUA acusou a Apple de sabotagem ao modelo econômico da internet.

Em uma carta aberta, o consórcio afirma que este novo feature dos sistemas passa por cima de regras já estabelecidas de rastreamento e privacidade, substituindo-as por um conjunto de normas que muda a todo tempo, piorando e experiência dos usuários.

Vale ressaltar que a Apple não é a única empresa que está avançando em direção ao fim deste rastreamento de informações. O Google também está colocando em teste um recurso que bloqueia anúncios que atrapalhem a experiência do usuário – como banners por cima do conteúdo de uma página, por exemplo.

Em resposta às reclamações, a Apple diz que muitos dados são coletados sem permissão dos usuários, além de afirmar que a tecnologia que as seis organizações em questão usam é capaz de analisar dados de comportamento – e até prevê-los – sem a necessidade deste tipo de rastreamento.

Ao que tudo indica, a empresa está firme em sua decisão e não parece querer voltar atrás, iniciando o que pode ser o maior desafio dos anunciantes desde o surgimento da internet.

Prepare-se para rever a forma como sua empresa faz anúncios e se relaciona com o consumidor na era da Transformação Digital.

Fonte: AdWeek

Mercado As 5 principais aquisições de empresas de tecnologia
Mercado Streaming: o renascimento da indústria musical