A tecnologia veio para facilitar nossas atividades. E, com os profissionais do meio judiciário, não seria diferente. Hoje, contamos com as lawtechs para otimizar a rotina e solucionar os principais problemas da área de Direito.
Já conhece o termo ou tem familiaridade com alguma dessas soluções? Caso não, aproveite a leitura para conhecer esta novidade, revolucionando o seu trabalho e agregando valor.
Afinal, o que são lawtechs?
As lawtechs são startups que atuam dentro do universo jurídico. O termo surgiu da fusão de duas palavras em inglês. Law, que significa “lei” ou “jurídico”; e tech, que representa “tecnologia”. Este conceito também é conhecido no Brasil como legaltech.
O foco das lawtechs está em identificar deficiências do meio jurídico e as principais dores de mercado enfrentadas por profissionais do ramo jurídico. Isso vai desde questões próprias da área até atividades rotineiras, comuns a todos.
O importante é usar a tecnologia para otimizar o trabalho de advogados e outras profissões jurídicas em todos os aspectos possíveis.
Hoje, podemos contar com uma série de funcionalidades nas lawtechs. O próprio processo eletrônico adotado pelo Judiciário é um exemplo utilizado no Brasil. Além, é claro, de todas as alternativas de softwares que auxiliam na tarefa de:
- Controlar prazos e intimações dos processos;
- Consultar e vigiar informações públicas;
- Cruzar dados e informações relevantes;
- Ter uma comunicação facilitada;
- Proteger dados legais de ataques.
Algumas delas servem até mesmo para auxiliar os próprios clientes no acompanhamento de processos e demais necessidades da área.
O desempenho das lawtechs no Brasil
Apesar de ser um fenômeno recente no Brasil, as lawtechs estão se desenvolvendo rapidamente. Isso pode ser observado no relatório da Associação Brasileira de Lawtech e Legaltech (AB2L).
Segundo os dados, atualmente, já contamos com mais de 50 startups lawtechs no país. Um número que cresce a cada dia seguindo o mesmo fenômeno no mundo inteiro. Essa rápida adesão se dá pelo fato das lawtechs serem soluções confiáveis e eficientes na transformação da atividade jurídica.
Ainda conforme a AB2L, as lawtechs no Brasil são divididas em:
- Analytics e jurimetria;
- Automação e gestão de documentos;
- Compliance;
- Conteúdo jurídico, educação e consultoria;
- Extração e monitoramento de dados públicos;
- Gestão jurídica;
- Inteligência artificial;
- Redes profissionais;
- Regtech;
- Resolução de conflitos online;
- Taxtech.
Cada uma delas possui suas particularidades e soluções próprias. Se quiser se aprofundar e conhecer alguns exemplos, clique aqui.
Como você pode ver, a área de atuação das lawtechs é ampla. Elas atuam em quase todos os problemas que profissionais jurídicos enfrentam em seus modelos de negócios. Além disso, têm potencial para ser o braço direito de qualquer jurista em busca de otimização.
5 motivos para aderir às lawtechs
Fora os dados anteriores que mostram o impacto das lawtechs no judiciário brasileiro, temos mais 5 motivos para você investir nessas tecnologias. Confira!
1- Aumento na produtividade
Um escritório de advocacia é uma empresa como qualquer outra. Logo, precisa considerar métodos que otimizem a produtividade interna e, assim, aumentem o faturamento.
Adotar lawtechs é uma forma de pensar em produtividade e melhorar o potencial de lucro da sua empresa. A tecnologia elimina ações rotineiras que demandam tempo e traz assertividade para uma série de tarefas.
Dentre as atividades que podem ser otimizadas com o uso de lawtechs, podemos citar:
- Automatização do encaminhamento de informações entre setores;
- Gestão modernizada de agendamento de compromissos e reuniões;
- Controle de processos e atualização em tempo real da situação jurídica.
A assertividade conquistada nessas tarefas aumenta a qualidade do serviço oferecido pelo escritório. Isso gera mais confiança por parte dos seus clientes e facilita o trabalho dos advogados, gerando uma experiência positiva para todos os envolvidos.
Como se já não bastassem estas vantagens, o tempo poupado através de tarefas automatizadas pode ser usado no desenvolvimento de questões mais relevantes. Tudo isso, graças à eficiência da tecnologia adotada.
2- Redução de custos
Você certamente já ouviu falar que “tempo é dinheiro”. Nos negócios, é impossível discordar! Por isso, além de diminuir o tempo gasto com funções automatizáveis, também há uma diminuição dos custos com a adoção das lawtechs.
Basta considerar que, no Brasil, as empresas costumam gastar, em média, 2% do faturamento com litígios.
Se há vantagens para o cliente, certamente também há para o advogado. Os softwares jurídicos fazem com que empresas economizem e aumentem sua margem de faturamento.
Isso acontece através da otimização dos processos, como citado acima. A agilidade trazida para o escritório faz com que os advogados possam trabalhar mais e com qualidade. Assim, entregando uma experiência positiva aos seus clientes, que se tornam divulgadores do trabalho. Atraindo, dessa forma, novos clientes e criando um grande ciclo de produtividade.
3- Cibersegurança
Cada vez mais documentos e processos são realizados no meio digital. Isso faz crescer também a necessidade de adoção de plataformas de cibersegurança atualizadas.
Este é um fantasma que assombra o meio jurídico há tempos, pois os ataques para roubar dados são bastante comuns. Nos Estados Unidos, 80% das bancas foram alvo de tentativas de ciberataques, segundo a Forbes.
Consequentemente, investir em segurança digital é um ato de responsabilidade de quem trabalha com informações sigilosas. Isso pode ser feito através de encriptação de dados, softwares com políticas de segurança mais robustas, entre outros recursos.
Veja como a Transformação Digital está afetando os sistemas de segurança das empresas.
4- Pesquisa jurídica e acesso à lei
Este é um exemplo no qual as lawtechs fizeram toda a diferença. Quem trabalhou com advocacia antes delas, ou ainda não as utiliza, sabe como é demorada a pesquisa legal.
Basta pensar que o processo de uma petição inicial, em que o advogado poderia demorar até 30 horas, é feito em 4 minutos por um software especializado. É uma grande economia de tempo e esforço, facilitando o acesso e a análise de documentos.
5- Melhor atendimento ao cliente
Por mais que algumas empresas tentem resistir à tecnologia, é provável que seus clientes não o façam. Pelo contrário: de modo geral, a população está mais conectada do que nunca. As novas gerações são ambientadas com esses recursos desde que nascem. Logo, a tendência é que a demanda cresça sem precedentes.
Hoje, a maioria das pessoas espera resolver seus problemas com tecnologias inteligentes, móveis e práticas.
Um bom exemplo disso é uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sobre o assunto. Cerca de 50% dos entrevistados disseram que preferem contratar um advogado por pagamento eletrônico. Enquanto 40% disseram que jamais contratariam um profissional que não aceitasse esta modalidade.
Além disso, qual advogado não gostaria da comodidade de acompanhar as horas trabalhadas em um caso? Ou ainda, atualizações dos processos através de portais e ferramentas online?
Negar o uso de lawtechs é negar ao melhor dos tempos atuais. A eficiência que a tecnologia trouxe para nossas atividades melhora a qualidade dos serviços prestados.
É tempo de investir em inovação e entrar de vez na era do Direito 4.0. Essa é a verdadeira forma de inserção do meio digital para auxiliar a tomada de decisões. E, também, o oferecimento de um serviço mais completo para todos os seus clientes.
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