Esta semana, o Portal TD entrevistou Matheus de Souza – empreendedor, escritor, profissional de marketing digital e Nº 3 LinkedIn Top Voices 2016 – sobre os novos caminhos abertos para o empreendedorismo digital através da Transformação.

Confira agora sua visão sobre as mudanças do mercado e quais oportunidades ele consegue visualizar neste novo cenário:

01. Como você enxerga a Transformação Digital?

Pra um cara formado em Relações Internacionais e que trabalha de forma remota, vejo que a Transformação Digital eliminou as fronteiras físicas e gerou novos modelos de trabalho.

E não enxergo mais isso como uma questão de tecnologia — não existe mais a separação do online e do offline. Estamos conectados o tempo todo.

02. Como você definiria os impactos da transformação para o mercado?

O digital hoje é questão de sobrevivência — e não falo, necessariamente de tecnologia, mas de experiência do usuário. Independente do segmento, produto ou serviço.

Veja os exemplos de Uber e Nubank.

Eu nunca gostei de pegar táxi. E falo isso pensando na experiência do usuário. Geralmente, você se desloca até um ponto, pode ter sua corrida rejeitada se for um local próximo (já aconteceu comigo) e, raramente, os taxistas tem troco — além de tudo, você perde dinheiro. Aí aparece um aplicativo onde você tem a opção de chamar um carro para o local onde está e fazer o pagamento pelo próprio aplicativo — com meu cartão de crédito que é outro aplicativo: o Nubank.

Ir numa agência bancária não é uma experiência das mais legais. Você demora pra ser atendido, sempre rola alguma burocracia, documentos, papéis, etc. Os caras tornaram algo totalmente quadrado num negócio cool.

O que aconteceu com os dinossauros desses mercados?

Ao invés de melhorarem seu serviços, fizeram lobby pra barrar Uber e Nubank. Se eles serão extintos como os animais do período Jurássico, só o tempo dirá…

03. Neste cenário, quais oportunidades você enxerga como empreendedor?

As oportunidade estão, justamente, em mercados quadrados. Quem conseguir ser pioneiro e desburocratizar um setor ou profissão, certamente terá sucesso. Facilitar processos e transformá-los em negócios digitais é a bola da vez no empreendedorismo.

04. O que muda na vida de um empreendedor dadas as disrupções digitais?

A verdade é que hoje está muito mais fácil empreender do que na década passada, por exemplo. E digo isso porque venho de uma família de empreendedores.

Nunca fomos tão produtivos. Existe um app pra agilizar cada atividade do nosso dia a dia.

E, por mais que o país esteja em crise e essa coisa toda, através da Transformação Digital você consegue atingir um número gigantesco de pessoas. Mais pessoas = mais oportunidades.

05. Você também está traçando uma jornada pela Transformação Digital?

Estou vivendo a Transformação Digital como modelo de trabalho através do nomadismo digital. Essa jornada começou com o home office, trabalhando como freelancer. Hoje, estabelecido no mercado e trabalhando de forma remota com clientes ao redor do globo, tenho total liberdade geográfica.

Ou seja, posso realizar meu trabalho de qualquer lugar do mundo! Seja num chalé na Patagônia ou num bangalô em Chiang Mai, tudo o que preciso para executar minhas demandas é meu notebook e uma conexão com a internet. Isso só é possível graças a Transformação Digital que estamos vivendo.

06. Qual dica você daria para quem está começando a se transformar?

Tenha seu próprio canal.

Ser ativo nas mídias sociais é obrigatório, mas ter um canal próprio é pensar além.

Veja meu exemplo: construí uma audiência considerável no LinkedIn através da publicação de artigos por lá. Esses textos, porém, são republicados do site que mantenho com meu nome — faço as publicações primeiro no site para não ser punido pelo Google quanto ao SEO e me “autocredito” no LinkedIn.

Já tive artigos no LinkedIn que alcançaram 1 milhão de pessoas, enquanto meu blog tem uma média de 20 mil acessos mensais. Por que ainda mantenho o site? O LinkedIn é uma “plataforma alugada”.

Uma mudança em seu algoritmo no que diz respeito ao alcance das publicações pode ter sérias consequências para o meu trabalho. Já vimos esse filme com o Facebook, Instagram e YouTube.

O que quero dizer é que você não pode ser refém de canais onde não tem o total controle. Se hoje uma rede social lhe gera leads e clientes, não sabemos do amanhã.

Invista num canal próprio e lembre-se: mobile first!

 

Gostou? Então não deixe nenhuma dúvida para trás entendendo o que é Transformação Digital desde o início.

Georjes J. Bruel

Head of Content no TD - TransformacaoDigital.com

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