Nos últimos dias, o Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou um relatório que analisa a situação da energia eólica no país. De acordo com informações do ARS Technica, os resultados mostram que construir e operar um parque eólico já é mais barato do que o gasto com a compra de combustíveis para uma usina de gás natural de mesmo porte.
A energia eólica está ainda mais barata por conta de um crédito fiscal ofertado para a geração de energia renovável. No entanto, a medida está em processo de desvanecimento, levando a incertezas de longo prazo.
Segundo o relatório, em 2018 a rede norte-americana apresentou cerca de 7,6 GigaWatts de nova capacidade eólica, o que dá a esse tipo de energia o terceiro lugar no país, ficando atrás do gás natural e energia solar. No geral, o crescimento eleva a capacidade dos Estados Unidos para quase 100 GW, deixando apenas a China à frente, que tem o dobro da capacidade instalada.
Ainda sobre o cenário norte-americano, os preços da energia eólica subiram até 2009, quando os contratos atingiram o pico de cerca de US$ 70 por megawatt-hora. Desde então, houve declínio constante, com a média nacional caindo para US$ 20 / MW-h pela primeira vez.
Essa mudança coloca o consumo de energia eólica em posição bastante competitiva. O relatório usa uma estimativa dos preços futuros do gás natural, mostrando um aumento gradual de cerca de US$ 10 / MW-hora até 2050. Mas o gás natural, sem considerar o custo de uma usina para gerarr eletricidade, já ultrapassou os US$ 20 / MW-h, o que significa que a energia eólica já é mais barata do que o abastecimento de uma usina de gás natural.
Segundo os especialistas, a energia eólica ficou mais barata do que o esperado, em partes, por conta do aprimoramento da tecnologia. O relatório observa que, em 2008, não havia turbinas instaladas nos EUA com rotores acima de 100 metros de diâmetro. Em 2018, 99% deles já tinham mais de 100m, com tamanho médio de 116m. Dessa forma, o país está gerando mais energia por turbina.