Fintech, termo formado pela união dos prefixos de financial e technology, é um tipo de startup direcionada apenas para o serviços financeiros. A ideia é oferecer soluções que, tradicionalmente, são realizadas por bancos e outras instituições, mas sem se tornar um. 

Suas principais vantagens competitivas são a simplicidade, rapidez, transparência e o maior controle dos processos por parte dos usuários.

O surgimento das fintechs tem relação direta com o avanço da internet e a necessidade de desburocratizar a forma com que são oferecidos pacotes de serviços pelos bancos tradicionais. É por essa razão que o termo “desbancarização” está sendo amplamente difundido na rede.

Não ter um intermediador para operações financeiras é um grande avanço, pois elimina gargalos e pode reduzir até mesmo a cobrança de taxas tão abusivas, motivo pelo qual essas startups fazem tanto sucesso: em geral, são mais baratas em relação aos bancos e, muitas vezes, oferecem serviços melhores do que os mesmos.

A desbancarização não significa a mudança total no relacionamento com os bancos. Há quem diga que esse processo ainda vai demorar para acontecer. Porém, a liberdade de substituição de alguns serviços financeiros de recebimento, pagamento e investimento estão transformando o mercado que conhecemos.

Conheça as soluções que vem revolucionando o mercado e suas vantagens entre os modelos tradicionais:

Pagamentos digitais

Trabalhadores de carteira assinada ou profissionais liberais: a difusão do home office como plataforma de trabalho é viabilizada pelo surgimento de empresas que terceirizam a folha de pagamento e possibilitam maior liberdade de movimentação financeira, disponibilizando o pagamento digital das contas do cliente.

Nesse ponto, receber valores ou realizar pagamentos está se tornando, cada vez mais, uma tarefa simples e ágil. O Paypal, que inovou esse ramo há mais de 15 anos, já encontra várias soluções parecidas e modernas – muitas vezes até melhores – em um mercado que não para de crescer.

Mesmo as empresas gigantes e que atuam em outro ramo, como a Apple e Samsung, já olham para esse mercado há um bom tempo, oferecendo meios de utilizar seus dispositivos como uma verdadeira carteira virtual.

No entanto, além delas, há diversas opções para os muitos tipos de públicos encontrados no mercado. E, como sabemos, essa concorrência é muito benéfica para os usuários.

Empréstimos entre pessoas

Peer-to-peer, P2P lending ou empréstimo ponto a ponto é uma transação realizada por plataformas digitais especializadas, nas quais investidores disponibilizam seu dinheiro para outras pessoas ou empresas que precisam de crédito.

Por não ter intermediários, o processo fica mais barato para quem adquire o empréstimo e mais rentável para quem investe.

Essa modalidade, além de atrair investidores que desejam aplicar seu dinheiro com alta rentabilidade, também fomenta a economia do país ao disponibilizar crédito às micro, pequenas e médias empresas de maneira mais justa e desburocratizada.

Administração de carteiras de investimento

Esse serviço que, antes das startups, era oferecido apenas a quem possuía valores superiores a 1 milhão de reais, foi possibilitado pela criação de um algoritmo que automatiza a sua aplicação.

A administração é direcionada para clientes que não cuidam de forma eficiente de suas economias ou não conhecem um jeito seguro de fazê-lo. As reservas são aplicadas de maneira equilibrada e de acordo com o perfil do cliente. São distribuídas entre renda fixa e variável.

Gestão financeira

Mais uma categoria que tem ganhado popularidade nos últimos anos, os serviços de gestão financeira chegaram para ajudar pessoas físicas e jurídicas com propostas eficientes e flexíveis de trabalho.

Neste conceito, contabilidades online, plataformas de conciliação de cartões e ferramentas para controle financeiro pessoal e empresarial vêm se destacando no mercado, pois oferecem planos acessíveis financeiramente e uma disponibilidade de atendimento diferenciada – quando comparamos os serviços modernos com os tradicionais.

Independente do público alvo, essas plataformas têm crescido bastante e concorrido diretamente – de forma justa – com os grandes players do mercado.

Cartões de crédito e débito

Possivelmente o mais famoso dos serviços, pela popularidade de empresas como Nubank, Neon e Banco Inter, o cartão de crédito e débito é disponibilizado sem a necessidade de que o cliente possua conta bancária vinculada, que não cobra anuidade e outras taxas e tem atendimento eficiente e digital. Essas são as características que garantem às fintechs desse segmento a conquista tão rápida dos consumidores.

E esse tipo de empresa têm atraído um público heterogêneo: jovens antenados que já começam a sua movimentação financeira usando e abusando dos recursos tecnológicos, mas também pessoas que nunca possuíram conta em banco ― cerca de 29% da população adulta do Brasil ou 45 milhões de pessoas.

O grande desafio das fintechs é promover a mudança de comportamento de um consumidor mais exigente, que tem muito acesso à informação, mais encontra dificuldades em aceitar mudanças tão significativas.

À medida que esse desafio for superado, as fintechs proporcionarão maior diversificação de negócios. Com a internet possibilitando livre acesso às soluções e melhores alternativas, o mercado se comportará possivelmente segregando aqueles que não acompanharem a evolução. Os benefícios com a competição estarão disponíveis principalmente para os clientes.

Renato Pires

Head of Growth na IOUU, é formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela FATEC de Itu, interior de São Paulo. Após anos atuando como desenvolvedor de software, migrou para o Marketing Digital, onde usa a tecnologia em conjunto com o marketing para ajudar no crescimento de empresas. Redator nas horas vagas, gosta de conteúdos bem escritos e que geram grande valor para os leitores.

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