De acordo com informações da Ars Technica, a engenharia neuromórfica, ou seja, a construção de máquinas que imitam a função de cérebros tanto em hardware como em software, está se tornando cada vez mais promissora. O campo vem progredindo rapidamente desde os princípios conceituais iniciados no final da década de 1980.

Recentemente, a Intel avançou com a estreia de um sistema neuromórfico de maior escala, o Pohoiki Beach, que integra 64 de seus chips Loihi. Jon Tse, da Intel, relata que um único chip Loihi é apto a identificar novos objetos em apenas alguns segundos.

A computação tradicional trabalha executando números por meio de um pipeline otimizado. Já o hardware neuromórfico realiza cálculos utilizando neurônios artificiais que se comunicam entre si. Esse é um fluxo de trabalho altamente especializado para determinadas aplicações, muito parecido com os neurônios humanos.

Segundo Tse, não se deve comparar as tecnologias, pois não se  substitui computadores convencionais por sistemas Pohoiki Beach, pelas mesmas razões que não se substitui uma calculadora de mesa por um mestre de matemática.

O reconhecimento visual de objetos é uma das tarefas realizadas destacando as redes neurais, mas outros exemplos, como jogar bola de pebolim, adicionar inteligência cinestésica a próteses de membros e até mesmo entender o toque da pele estão sendo abarcados neste modelo.

Loihi, o chip do qual a Pohoiki Beach é integrada, consiste em 130.000 análogos de neurônios – em termos de hardware, isso é aproximadamente o equivalente a metade da capacidade neural de uma mosca-das-frutas. A Pohoiki escala até 8 milhões de neurônios sobre a capacidade neural , mas o que talvez seja mais interessante que o poder computacional da nova rede é o quão bem ela é dimensionada.

Chris Eliasmith, co-CEO da Applied Brain Research e professor da Universidade de Waterloo, destaca que a Pohoiki Beach parece ser a segunda etapa do modelo de desenvolvimento de otimização de arquitetura de processos da Intel. O terceiro passo, uma integração maior de chips Loihi a ser chamado de Pohoiki Springs, está programado para estrear ainda neste ano. O projeto neuromórfico ainda está em fase de pesquisa, mas esse e outros projetos semelhantes de concorrentes como IBM e Samsung devem abrir caminho para a comoditização e uso comercial da tecnologia.

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