Esqueça Hugo Gloss, Jout Jout, Christian Figueiredo, Niina Secrets ou Kéfera. Eles são todos ótimos, mas já existem – e existem bem.

Vamos falar de você, a próxima estrela, o novo hit, a futura febre.

Hoje você vai aprender, de uma só vez, como se destacar em um oceano cada vez mais azul, livre do sangue dos tubarões que se tragam vivos, uma terra onde todos vivem, mas poucos querem estar: a vida real.

Sim, ela mesma.

Passei os últimos seis dias navegando por perfis de alguns influenciadores digitais para me alimentar de insights para esse artigo.

Saí com fome.

Nem tanto pelo conteúdo deles, bem feito, mas pelos “influenciados”. Refletir me deprimiu. O que as pessoas estão, de fato, buscando ali? O que elas fazem com as informações que recebem? Como e o quê estão passando adiante?

Procurei um velho amigo, o espelho, e lhe perguntei quais são as minhas influências. Quem são aqueles que realmente conseguem me direcionar quando estou em dúvida, que me fazem mudar de ideia ou de caminho, que me indicam a direção certa?

E a conclusão foi: quem me influencia são seres ordinários, num mundo que busca desesperadamente ser extraordinário.

Provavelmente por isso eu os ache tão incríveis, exemplos a serem seguidos. Porque o digital é um meio para sua comunicação, e não a atividade fim.

Sim, irmã e irmão, existe um outro caminho. Como presente, reuni 8 dicas infalíveis para você se tornar essa pessoa rara – aquela que faz a diferença na vida de quem realmente precisa:

01. Não defina a sua persona

Para que definir persona? Para que definir aquilo que você gostaria de ser, em vez de ser apenas o que é? Claro que se você estiver ranqueado na vida como o chato, o grosso, o misógino, aquele que maltrata e apunhala pelas costas, nem se atreva a querer aparecer. Melhor mudar e depois você volta. Só que nada – nada – é mais ultrapassado neste século do que se vender como aquele que você não é.

02. Mantenha-se desconectado

Existe alguém mais desinteressante do que aquele que passa o dia postando? Que nos importuna com seus 27 registros diários comendo, malhando, fazendo compras, abrindo as compras, dando palestra, assistindo palestra, comentando palestra, e por aí vai?

Manter-se desconectado te humaniza e ainda te concede uma áurea de mistério.

03. Crie conteúdo só quando estiver a fim

Tornar qualquer post seu a última maravilha da web exige um esforço sobre-humano. Perde-se tempo com coisas importantes da vida e soa fake: ninguém faz coisas incríveis o tempo todo nem tem as sacadas mais geniais.

Com o tempo e o volume de postagens, invariavelmente, suas interações soarão forçadas. E chatas.

04. Não escolha nicho nem público-alvo

Nicho? Público-alvo? Na rua, você também só responde para quem curte música, comida vegana, literatura, cinema, fintechs ou videogame?

Quando te disserem que “é muito mais prático falar sobre um assunto só”, fique atento: pode ser um evangelizador digital. Quem é analógico fala de tudo um pouco para ter assunto nas rodinhas, inclusive, nas virtuais.

Informação é poder.

05. Promova a qualidade total

Português legítimo, imagens super trabalhadas, inbound, outbound, branding… A qualidade digital tem um limite. A qualidade analógica, não. Está em todos os elos da corrente, do bom dia que se dá ao porteiro do prédio à entrega do post.

A qualidade total e absoluta, como mãe/pai, irmã/irmão, filha/filho, cidadã/cidadão reverbera na rede. Sendo bom – ou tentando ser – em todos os espectros, faz suas recompensas triplicarem.

06. Fique, sim, no lugar comum

Fugir, se o pote de ouro está justamente no lugar onde ninguém quer estar? Que pensamento é esse? Nunca te disseram que o fácil, muitas vezes, é o certo?

Você não precisa atravessar um oceano para buscar um posicionamento forte. Basta ter conteúdo e coragem para trazer a sua visão (ou visões) sobre o mesmo debate.

07. Não escolha um canal

Como assim, um canal? Canais nada mais são do que plataformas para receber o mais importante: o seu conteúdo. Já que você vai registrar pensamentos que você tem em vida, comece pelo caderno, bloco de notas do celular, aplicativos. Se achar que mais pessoas devem saber, use uma rede social ou mais.

Mas lembre-se que rede social é vida pública e que você não fica abordando as pessoas nas ruas para discorrer sobre tudo que pensa. Ninguém aguenta.

08. Não promova o engajamento

Engaje-se você. Seja você o exemplo. Em vez de se preocupar em ser um megafone virtual, arregace as mangas, faça acontecer.

Se achar que vale registrar isso um dia (eu sempre registro), motivando outras pessoas, ok. Mas engajar um grupo sem estar engajado genuinamente, é desonestidade intelectual. A palavra convence, o exemplo arrasta.

Seguindo esses passos, você irá:

  • Bombar na vida real
  • Dar valor a quem importa
  • Ganhar muitos beijos no rosto
  • Ser reconhecido como alguém de valor
  • Ter orgulho daquilo que plantou
  • Dormir tranquilo com a sua consciência

Afinal, é importante lembrar que a Transformação Digital é sobre pessoas, não tecnologia.

Eu testei e deu certo.

Sucesso!

 

 

 

Marc Tawil

#1 LinkedIn Top Voices / Head na Tawil Comunicação Jornalista, radialista e escritor. É head da Tawil Comunicação, agência que fundou em 2010, em São Paulo. É comentarista da Rádio Globo (94,1 FM), SAP Marketing Influencer e diretor de Comunicação do Instituto Capitalismo Consciente Brasil. Atua como coordenador na Câmara de Comércio França-Brasil e participa ativamente de instituições, como conselheiro e embaixador, ligadas às causas do Refúgio, Educação, Igualdade Racial e Comunicação.

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