De acordo com o Harvard Business Review, todas as organizações têm a capacidade de se tornarem mais inteligentes do que a soma do talento de seus membros. Mas para aumentar a inteligência coletiva das empresas, algumas práticas devem ser adotadas.

Criar ferramentas que permitam a comunicação estratégica sobre inovação

Segundo os especialistas, boas ideias podem vir de qualquer setor de uma empresa, mas pessoas com projetos inovadores em potencial podem precisar de ajuda para desenvolvê-los. A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), agência inovadora do governo norte-americano focada em avanços transformacionais em segurança nacional, usa um conjunto de perguntas simples para pensar e avaliar os programas de pesquisa propostos:

Qual é o seu objetivo?
Como isso pode ser feito e quais são os limites?
O que há de novo na sua abordagem e por que você acha que será bem-sucedido?
De que forma essa ideia contribuirá para as pessoas?
Quais são os riscos?
Quanto vai custar?
Quanto tempo vai demorar?
Como você vai medir o sucesso?

Essa abordagem pode ser ajustada de acordo com a necessidade da maioria das organizações, permitindo que qualquer pessoa possa propor novas ideias.

Refinar ideias de forma coletiva e contínua

As empresas que valorizam a inovação costumam ter processos constantes de revisão e refinamento de ideias. Nessas organizações, o objetivo é que apenas os melhores projetos sobrevivam, e para isso são realizadas avaliações coletivas baseadas em diretrizes claras para julgar inovações propostas. Além disso, diversas partes interessadas, como equipes de manufatura, P & D, vendas e marketing, são convidadas frequentemente para ajudar a refinar a ideia.

Segundo os especialistas, essa cultura permite que os colaboradores entendam que o trabalho coletivo tem como meta identificar projetos ruins o mais rapidamente possível e acelerar os que se mostram como as melhores promessas.

Contar com diretrizes facilita o julgamento do valor das inovações propostas, mas também é necessário o monitoramento do trabalho. Pensando nisso, os líderes seniores devem revisar periodicamente os projetos, utilizando sua expertise em capacidades organizacionais e tendências de mercado para criar estratégias.

Liderar para facilitar a inovação

A maioria das organizações tem procedimentos regulares para que os líderes determinem quais projetos devem ser financiados e quais colaboradores serão responsáveis pelas iniciativas. Por outro lado, empresas com cultura de inovação apresentam uma liderança invertida, com o trabalho dos principais líderes ficando focado na abertura de caminho para novos projetos promissores, garantindo que as equipes recebam os recursos necessários.

A NASA, por exemplo, está buscando eliminar barreiras para a inovação. Na agência espacial, os líderes têm pedido ajuda para os colaboradores, e a prática já resultou em quase 300 recomendações. Algumas delas visam incentivar mais geração de ideias, dando às pessoas mais tempo, dinheiro, reconhecimento e espaço físico dedicado à inovação. Outros se concentraram na redução dos requisitos dos processos para inovações, como dar prioridade para tecnologias de alto potencial.

Com essas três práticas, as empresas podem aproveitar os insights e o engajamento das pessoas. A cultura de inovação coletiva estimula o exame, aprimoramento e promoção de novas ideias compartilhadas entre todos. Dessa forma, as organizações agregam a inteligência dos seus colaboradores para prever os projetos de sucesso para o futuro.

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