Uma pesquisa realizada pela Deloitte garante que os robôs não roubarão os empregos dos seres humanos. De acordo com as informações divulgadas pelo CIO.com, os países que vêm investindo em novas tecnologias não apresentam evidências de que as máquinas estejam gerando desemprego.
Para os especialistas, os avanços tecnológicos farão com que os trabalhos sejam modificados, mas não extintos. “Não enfrentaremos um futuro distópico de aumento do desemprego, carreiras sem direção e escritórios vazios. Sim, a tecnologia está impulsionando a mudança na forma como trabalhamos e no trabalho que fazemos, mas não é um substituto para as pessoas”, explicou o principal autor do relatório, David Rumbens.
Apesar das previsões animadoras do relatório, outros estudos recentes mostram o contrário. Uma pesquisa do Department of Industry, Innovation and Science e outra do Committee for Economic Development of Australia (CEDA), ambas de 2015, estimam que cerca de 40% dos empregos serão totalmente automatizados. Além disso, em 2017, a consultoria AlphaBeta afirmou que três milhões de empregos australianos (cerca de um terço de todos os empregos) estarão em risco até 2030.
Segundo a Deloitte, esses estudos não consideram parte importante das novas tecnologias: o que se vê é a automatização de certas tarefas, e não de setores inteiros. Como exemplo, a companhia cita a área de construção civil, que, apesar do aumento do número de equipamentos e máquinas, continua sendo uma das maiores empregadoras do mundo. Sobre o assunto, a Deloitte afirma, ainda, que ainda que haja perda de emprego, outras funções serão criadas. “Podemos usar a tecnologia a nosso favor para criar empregos mais significativos e produtivos, envolvendo trabalho mais relevante e bem remunerado”, ressaltou Rumbens.
Mesmo com as estimativas otimistas, a população continua apresentando receio de ser substituída por automações e inteligência artificial. Por isso, especialistas orientam que as empresas que estejam passando pelo processo de transformação digital conscientizem os trabalhadores sobre os benefícios da digitalização, tornando-os aliados da tendência mundial.
