As transformações digitais estão mudando o ambiente de trabalho. Com as automações, a produção tem se tornado cada vez mais ágil e eficiente, o que representa uma ameaça potencial para diversas funções. Com as mudanças, surge a necessidade dos trabalhadores se adaptarem às novas tecnologias, investindo em novas habilidades para continuarem relevantes para o mercado.
Segundo a Época Negócios, pensando em mapear quais profissões estarão em alta nos próximos quatro anos, o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) fez um levantamento sobre o trabalho industrial. De acordo com a pesquisa, até 2023 as funções que mais crescerão estarão ligadas à tecnologia.
Com as novas demandas, cerca de 10,5 milhões de trabalhadores brasileiros que ocupam cargos industriais precisarão de capacitação até 2023. Isso vale para os níveis superior, técnico, qualificação profissional e aperfeiçoamento. Conforme apontado pelo estudo, os setores que precisarão de aprimoramento são transversais (1,7 milhão), metalmecânica (1,6 milhão), construção (1,3 milhão), logística e transporte (1,2 milhão), alimentos (754 mil), informática (528 mil), eletroeletrônica (405 mil), energia e telecomunicações (359 mil).
O levantamento aponta ainda que a necessidade de adaptação serve tanto para pessoas que já estão no mercado de trabalho, quanto para quem ainda vai ingressar. “É importante que as pessoas conheçam as tendências para que possam adequar seus projetos de vida às necessidades do mundo do trabalho”, diz Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI.
Para os próximos quatro anos, a previsão é de que as seguintes ocupações apresentem maior taxa de crescimento: condutores de processo robotizados (22,4%), técnicos em mecânica veicular (19,9%), engenheiros ambientais e afins (19,4%), pesquisadores de engenharia e tecnologia (17,9%) e profissionais de planejamento, programação e controles logísticos (17,3%).