Quem está em crise ? O mercado, as empresas, os líderes ou nós, profissionais?

Não é o mercado que está em crise: nós todos estamos em crise. A tecnologia está mudando completamente as relações das empresas com os consumidores.

As mudanças necessárias em uma empresa digital
O que isso significa? Significa que a crise começa nos profissionais, que são formados em uma realidade que já muda antes mesmo deles terminarem sua graduação. A crise está nos líderes das empresas, que tomam decisões embasados na sua experiência ao invés de entenderem as transformações da economia, do mercado e do comportamento do seu público. E está nas empresas, que tem medo de mudar, de mexer nos processos, de criar soluções diferentes.

Profissionais diferentes, com soluções disruptivas, são aceitos onde? Somos aceitos, geralmente, em startups – empresas que por natureza estão desafiando o mercado com soluções fora da caixa.

Nunca entendi porque eu não conseguia ficar mais de um ano trabalhando em uma empresa, as mudanças que eram para ser implementadas demoravam muito para acontecer, ou eram vetadas sem ao mesmo entender quais seriam os resultados. Mas hoje, dentro de uma cena mais “acolhedora”, entendo que os gestores e profissionais mais experientes tem medo de pensar diferente.

Estamos a todo momento recorrendo às nossas experiências, nos voltando para decisões, projetos e estratégias que já foram testadas, aprovadas e consolidadas.

Faz sentido. Precisamos cuidar para realizar investimentos, inclusive buscamos sempre comprovar ROI em todos os projetos, mas isso não significa que precisamos nos fechar para novas oportunidades de buscar retorno nos projetos.

Algumas semanas atrás, lendo o blog do Tomasz Tunguz, sócio da Redpoint – um dos maiores fundos de investimento em startup no Brasil, me deparei com uma frase do mestre Zen Shunryu Suzuki:

“Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito”

Quando nos colocamos como experts, fechamos nossa mente para novas alternativas. Soluções disruptivas não são pensadas com base em experiência, mas imagine como seria bom fazer com que os nossos negócios mudassem antes de termos a experiência com uma crise. Será que isso é possível?

SIM.

Transformação em uma empresa digital

As pessoas são a solução. Se nós, gestores, entendermos como podemos criar a cultura de “Mentes Principiantes” em nossas equipes, conseguiremos alcançar propostas de soluções diferentes e, consequentemente, resultados diferentes. O principal ponto da transformação está em vivenciar e incentivar a mudança, ao invés de reagir às transformações.

Outros pontos que influenciam na transformação das empresas e podem antecipar a crise, ao invés de esperá-la acontecer, são:

1. Todos na empresa são atores e observadores
A transformação das empresas precisa ser mais profunda, só a gestão abraçar a causa não é suficiente. A diretoria e os sócios precisam acolher a causa ativamente e cobrar a evolução da mudança. É essencial que toda a empresa enxergue a necessidade de troca de mindset e que os diretores e gestores deem o exemplo de que, sim, as atividades do dia a dia são importantes, mas que precisam ser questionadas sempre. Para que a empresa se mantenha à frente da crise, todos devem estar remando para o mesmo lado.

2. Cada pessoa tem seu tempo
É necessário entendermos que, independente do seu negócio, temos as pessoas que aderem rápido às mudanças – os chamados Early Adopters – e os que têm mais dificuldade de abraçar o novo. Temos visto que nas empresas existem departamentos que naturalmente são o estopim das mudanças, mas é um erro mantermos a transformação só no marketing, por exemplo. Todas as áreas devem aderir à mudança, ainda que em ritmos diferentes.

3. Teste a mudança
Crie uma equipe que possa implementar e testar a mudança de uma forma mais rápida.
a. Você pode compor esta equipe com pessoas de diversas áreas e que podem conciliar seus trabalhos originais com as demandas dos “testes de mudança”.
b. Mude a equipe de tempos em tempos. De 6 meses ou 1 ano, por exemplo, para que as pessoas da equipe não se viciem no processo.

Quando falamos em transformação, sempre precisamos entender que novas tecnologias precisam ser testadas, assim como novos processos e entregas. É comum que novas lideranças apareçam neste momento, criando a oportunidade descobrirmos talentos incríveis durante as transformações.

4. Equilibre o controle de processos e a cobrança de resultados
Quando temos um grande desafio como este, é necessário mudar o comportamento implementando novos processos e tecnologias. Entender que, além do controle de ritmo, o objetivo do processo de transformação tem que estar claro para os que estão encabeçando o projeto.
a. Crie um processo de acompanhamento e KPI’s de desenvolvimento do projeto para garantir que haja um progresso, mas também que a mudança esteja no caminho certo.
b. Garanta a liberdade, mas mantenha o foco dos líderes do projeto. Como estamos falando de projetos de transformação, uma mudança de curso pode ser a solução para o progresso e sucesso do nosso desafio.

A mudança começa de dentro pra fora

A evolução de sua empresa está na capacidade que ela tem de aumentar suas habilidades de transformação e/ou na sua capacidade de absorção e renovação de processos. Não é à toa que nós, como pessoas e empresas, temos dificuldade de acompanhar a velocidade que a tecnologia está impondo em nossas vidas.

A evolução do comportamento do consumidor frente à sociedade e tecnologias se desenvolve mais rapidamente do que as habilidades individuais e das empresas em explorar essas evoluções. É o Darwinismo Digital e todos nós somos vítimas dele.

Em uma pesquisa com 500 transformadores digitais que estão liderando os processos de mudança dentro das empresas, entendemos que a experiência do consumidor é o ponto que mais influencia a transformação das empresas, como mostra o gráfico:

Empresa digital
Clique para ampliar.

As pessoas são o coração e a alma da transformação. A faísca que faltava é justamente entender e investir na experiência do seu cliente para que o fogo continue acesso. Para isso, seus diretores, gestores e colaboradores precisam estar engajados e dispostos para fazer qualquer transformação acontecer.

“Se você quer algo novo, você precisa parar de fazer algo velho.”
– Peter Drucker

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Patrik Castilho

Director of Sales na Pipz Com mais de 8 anos atuando em marketing e vendas, possui experiência como gestor e empreendedor em agência de marketing 360°, atuou como Channel Account Manager na Resultados Digitais e já coordenou processos de estruturação de Inside Sales em empresas de São Paulo e Santa Catarina.

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